No espaço de poucos meses, Luís Gaspar abriu dois restaurantes – o Pica-Pau, no Príncipe Real, e o Brilhante, no Cais do Sodré, onde já tem a Sala de Corte. Não há trabalho que o assuste, nem projecto que faça por pouco.
Antes de fazer furor além-fronteiras, quando conquistou o programa televisivo Top Chef, em França, a luso-francesa Louise Bourrat já dava nas vistas em Lisboa. Louise é, desde 2018, a responsável pela cozinha do restaurante BouBou’s, no Príncipe Real.
Chef ou cozinheira?
Cozinheira. Tenho dificuldades em fazer o que um chef de cozinha tem de fazer, porque gosto mais de cozinhar do que dizer "tu tens de fazer isto".
Actividade favorita quando não está a cozinhar?
Fazer yoga e cuidar das minhas plantas.
O melhor prato tipicamente português?
Há muitos. Adoro cozido à portuguesa, bacalhau à Brás ou sopa de borrego alentejano.
Livro de cozinha favorito?
O Maido, do chef Mitshuaru Tsumura, que é o chef do Maido, no Peru.
Se tiver amigos de fora em Lisboa, onde é que os leva a jantar?
Ao restaurante Sem, em Alfama.
Se só pudesse fazer uma refeição por dia, qual é que seria?
Sushi todos os dias, sem problema.
O que é que não suporta comer?
Francesinha. Para mim, é uma abominação. Se fosse feita com ingredientes de qualidade talvez conseguisse comer, mas a salsicha com fiambre, e em cima o pão bimbo meio seco, meio mole...
Para quem gostaria de cozinhar?
Para a minha avó. Ela não gosta que eu cozinhe para ela. Vive no Minho e quando vou lá para tentar ajudar, ela pensa que eu não sei fazer nada, mas é o meu trabalho [risos].
O que é que prepararia?
Um arroz de cabidela, porque o meu é melhor que o dela [risos].
Programa de culinária favorito?
Top Chef 2022 [risos].
Palavrão favorito quando se entorna o caldo?
Porca madonna.
Sobremesa predilecta?
Profiteroles au chocolat.
Colher de pau ou de borracha?
Aqui tem de ser de borracha, em casa é a de pau.
O que é que nunca pode faltar no frigorífico?
Limão. É o meu ingrediente favorito, ponho limão em tudo.
Qual foi a coisa mais estranha que já comeu e onde?
Ovos de tartaruga na selva amazónica e uma larva grande branca que se come grelhada no Peru.
E qual foi a coisa mais surpreendente?
Gafanhotos salteados com alho, chili, sal e lima, e formigas. Foi no México. É óptimo.
A melhor bebida enquanto cozinha?
Água ou café.
Condimento favorito?
Miso. É possível usá-lo em sobremesas, entradas, snacks, ou até barrar no pão.
O que é que faz se só tiver dois ovos?
Uma omelete.
Qual foi o primeiro prato que serviu?
Quando era pequena, tinha quatro anos, fiz ovos cocotte. É só um ovo com uma colher de nata fresca, óleo de trufa, sal, pimenta, e que se come depois com pão. Esse foi o primeiro prato que cozinhei, com a minha mãe.
Qual é a pergunta que mais lhe fazem sobre comida?
Tem sal?
Onde janta quando está de folga?
Janto um peixe grelhado no Cabrita, em Cacilhas.
Petisco favorito?
Pão, queijo, azeite.
Um sítio para comer bom e barato?
O Cabrita é superbarato. Em todas as tascas, com vinho e com muita comida, não se paga mais de 20 euros por pessoa. E há tantas tascas boas.
O que come ao pequeno-almoço?
Todos os dias é diferente, mas algo salgado. O pequeno-almoço é sagrado. Ovos com alho francês e queijo feta é o que gosto mais.
Qual seria a sua última refeição?
Raclette. Para nós, em França, não é uma refeição, é uma actividade. Como sempre com a família e amigos. O objectivo é comer mais que toda a gente e ser a última pessoa a acabar [risos]. Ao mesmo tempo, bebemos vinho branco. É delicioso. Queijo derretido, batatas e charcutaria.
O que leva para um jantar para o qual foi convidada?
Se não forem portugueses, levo um prato português. Um bacalhau à Gomes de Sá ou algo assim. Se forem portugueses, levo um prato francês. Um pato com laranja ou uma boa sobremesa.
Melhor região de vinhos em Portugal?
Eu gosto muito dos vinhos do Alentejo. Para os vinhos brancos prefiro os do Alentejo, para os tintos o Douro.
*Este artigo foi originalmente publicado na edição de Outono 2022 da revista Time Out Lisboa
No espaço de poucos meses, Luís Gaspar abriu dois restaurantes – o Pica-Pau, no Príncipe Real, e o Brilhante, no Cais do Sodré, onde já tem a Sala de Corte. Não há trabalho que o assuste, nem projecto que faça por pouco.
Marlene Vieira quis fugir ao óbvio, mas fazer-se representar. Ovos são um essencial, em casa e no restaurante, e um ingrediente cardeal.
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