Olhe, desculpe, pode-me dizer que é o skrei?
Skrei é bacalhau fresco da Noruega.
Mas não há muitos outros que são da Noruega?
Bom, se quer mais detalhes, aqui vai: é o bacalhau no auge da vida, que faz parte da reserva de bacalhau no mar de Barents, onde vive a maioria dos anos. Quando atinge a maturidade sexual, por volta dos cinco anos, passa os meses de Inverno, entre Janeiro e Abril, em migração até à costa da Noruega para desovar, altura em que é pescado de forma artesanal.
Artesanal tipo à linha?
Exactamente. A tradição vem desde o século IX, ainda na altura dos vikings, e sempre teve um peso importante na Noruega. Só está disponível entre 1 de Janeiro e 30 de Abril e, para ser considerado Skrei com marca registada, tem de ser embalado até 12 horas depois da pesca e guardado a uma temperatura entre os 0 e os 4º.
E é assim tão especial?
Sim, graças às águas onde cresce, ricas em nutrientes, à alimentação que tem e à velocidade a que nada, 20 a 40 quilómetros por dia (que o faz desenvolver musculatura superior à do bacalhau convencional), é considerado uma das iguarias da cozinha – também o chamam de rei-bacalhau. É conhecido por ser firme e desfazer-se em lascas brancas.
Ok, estou convencido. Quanto ao festival, conte-me tudo.
Tal como nos últimos anos, o Skrei invade algumas cozinhas portuguesas durante os primeiros quatro meses do ano. O SkreiFest acontece até Abril em 47 restaurantes de Lisboa e do Porto, que têm receitas especiais feitas com skrei. Algumas mais elaboradas – que isto do skrei requer toques de chef – outras apenas com o skrei grelhado.
E como é que eu escolho a que sítios devo ir?
Basta ler o artigo em baixo. Só tem de fazer scroll.