Tanto para escolher e não sabe por onde começar? E umas pataniscas e peixinhos da horta para início de conversa? Amêijoas à bulhão pato a seguir e um bacalhau à brás para continuar, sem esquecer o clássico do prego para terminar. Por fim, um docinho: o pastel de nata da Manteigaria, cujas fornadas estão sempre a sair. Debaixo do mesmo tecto, o Time Out Market reúne muito do melhor de Lisboa. Mas há uns pratos que são mais alfacinhas do que outros. São esses que aqui destacamos.
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Pensa-se que os pastéis de bacalhau terão surgido no Norte do país, onde se chamam bolinhos de bacalhau, com a introdução da batata em Portugal. Mas é nas tascas de Lisboa que a sua receita se transformou num clássico. No Sea Me, este prato foi resgatado e é agora servido com um belíssimo arroz de tomate.
Preço: 12,50€
Não menosprezando a História, em vez de um corvo, Lisboa poderia ter um pastel de nata como símbolo. Lisboetas e estrangeiros reconhecem-no e veneram-no igualmente. Será eterna a discussão sobre onde se comem os melhores, mas nós já fizemos a nossa escolha: é na Manteigaria.
Preço: 1,10€ a unidade
Eis a prova de que os pratos mais simples, feitos com os ingredientes mais frescos, são quase sempre vencedores. Raimundo António de Bulhão Pato (1828-1912) foi escritor, poeta e político, mas o seu nome ficou mais conhecido por algumas receitas que criou, como é o caso das famosas amêijoas com alho, coentros e azeite. Na Marisqueira Azul, as amêijoas são do Algarve e a receita é feita sem invenções.
Preço: 14,50€
Das mil e uma maneiras de fazer bacalhau, esta é uma das mais famosas em Lisboa. E tal como muitos pratos da cidade, também deve o seu nome a um alfacinha, desta feita um taberneiro do Bairro Alto de seu nome Braz (ou Brás), que se terá um dia lembrado de misturar bacalhau desfiado, batatas fritas e ovos mexidos. Tal foi o sucesso da receita que se tornou um clássico obrigatório. Miguel Castro e Silva fez desta receita um dos seus pratos mais conhecidos e no Time Out Market é um dos bestsellers.
Preço: 12,50€
O mundo inteiro conhece a tempura japonesa, mas poucos sabem que esta terá tido origem nos peixinhos da horta (feijão-verde envolto em polme frito), receita levada pelos missionários portugueses para o Japão em 1543. Antes disso terá surgido como forma de os católicos evitarem o consumo de carne ou mesmo devido ao preço elevado do peixe. No Pap’Açôrda são um clássico – e podem ser servidos como entrada ou petisco.
Preço: 7,50€
As pataniscas são um dos petiscos mais lisboetas, presente em dezenas de tascas e restaurantes da cidade. Normalmente chegam à mesa bem acompanhadas de arroz de tomate ou de feijão. Vieram parar à carta do restaurante da chef Marlene Vieira no Time Out Market depois da edição do Rock in Rio onde o mercado marcou presença. São um petisco em forma de sonho, acompanhado por um aioli de pimentos para mergulhar as ditas cujas.
Preço: 7€
É uma das mais típicas sandes nacionais, a par da bifana e da sandes de leitão. O prego é servido desde sempre em muitas tascas e snack-bars da cidade, de preferência com uma imperial a acompanhar. Junta uma fatia de carne de vaca, fina e tenra, com pão e mostarda – e teve um upgrade n’O Prego da Peixaria, onde é servido em bolo do caco e com manteiga de ervas.
Preço: 9€
Uma revista que se come e bebe. Consegue imaginar uma coisa assim? O Time Out Market Lisboa, no Cais do Sodré, é a Time Out Lisboa em 3D, para comer e beber em vez de folhear e ler. Para não se perder entre as páginas do Mercado da Ribeira – perdão; os balcões e os restaurantes – fazemos-lhe uma visita guiada pelo espaço, que reúne o melhor da cidade debaixo do mesmo tecto.
Esplanadas são das melhores invenções para manter os níveis de convívio social em segurança e escusado será dizer que no Time Out Market não faltam boas opções – não é por acaso que passamos a vida a dizer que é o lugar que reúne o melhor da cidade.
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