Que o Kanazawa tem os jantares japoneses mais exclusivos da cidade, já toda a gente sabe. Agora, Paulo Morais, que herdou a casa das mãos de Tomoaki Kanazawa, acaba de estender as suas minuciosas refeições à hora do lanche, com um conjunto de doces feitos pelo próprio e pela respectiva equipa. Da apresentação à preparação do chá, da explicação de cada um dos doces ao serviço, à boa moda nipónica, aqui nada é deixado ao acaso.
O doroyaki com chá matcha
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O menu do lanche vem no seguimento do estilo kaiseki do restaurante. “O que fazemos aqui ao jantar é único. Pensámos em abrir almoços, mas a cozinha não iria ter o mesmo cuidado. Então seguimos aquilo que já servíamos no fim dos jantares, os doces”, explica o chef, enquanto prepara um matcha, o chá verde em pó conhecido pelas propriedades digestivas, com um pincel de madeira. Este é apenas um dos vários produtos do completo menu de chás. Há também o genmai, um chá verde com pipoca de arroz, o sencha, chá verde em folha, o de jasmim e, em breve, conta, vão trabalhar com a Companhia Portugueza do Chá, com loja no Poço dos Negros.
Preparação do matcha
A escolha da bebida, servida numa taça de cerâmica, para agarrar com as duas mãos, marca o ponto de partida deste ritual do lanche. “Na cerimónia sempre se deu muita importância às cerâmicas. A primeira coisa que se deve fazer é admirar a loiça.” Depois apresentam os vários doces, em tabuleiros de madeira – tal e qual como apresentam o sashimi nos vári