Peixe em Lisboa 2019
Manuel Manso
Manuel Manso

Tanto peixe puxa carroça: dez pratos para comer no Peixe em Lisboa

Fazemos-lhe um menu de dez pratos para a 12.ª edição do Peixe em Lisboa, que acontece no Pavilhão Carlos Lopes entre 4 e 14 de Abril

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Aqui, tudo o que vem à rede é peixeO evento gastronómico Peixe em Lisboa estará 11 dias no Pavilhão Carlos Lopes com uma boa montra de restaurantes, chefs portugueses e internacionais, debates e provas de pastéis de nata ou pataniscas. Para alimentar isto tudo há dez restaurantes a servir o que vem do mar. Há cinco estreantes: a chef Marlene Vieira, que tem o seu espaço no Time Out Market e o Panorâmico no Tagus Park; o Monte Mar, referência na linha e também na zona ribeirinha, no Cais do Sodré; o Porto Santa Maria, que tem Miguel Laffan como novo chef; o Tágide, outro clássico de Lisboa que foi renovado há um par de anos; e uma semi-novidade, André Magalhães, repetente neste festival, estreia a sua Taberna Macau, do Mercado Oriental. O Arola, de Sergi Arola, o IBO, Paulo Morais com o Kanazawa, o Ritz Four Seasons e a Casa da Bacalhau marcam presença novamente. Os preços dos pratos vão estar entre os 4€ e os 10€. Pescámos estes dez pratos imperdíveis.

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Tanto peixe puxa carroça: dez pratos para comer no Peixe em Lisboa

Camarão crocante, Marlene Vieira

Marlene Vieira traz alguns dos seus bestsellers do restaurante no Time Out Market para o Peixe em Lisboa, como este camarão crocante com um piso de gengibre, manjericão e maionese de caril, ou o arroz de berbigão à Bulhão Pato. Mas a chef acredita que uma das mais-valias do festival é a oportunidade de testar novos pratos e conceitos, por isso criou três pratos novos que, se correrem bem, entram para a carta – um mexilhão com voluté (5€), num regresso às suas bases de cozinha francesa, vieiras com topinambur (12€), a juntar o mar e a terra, e uma sanduíche quente de robalo (10€). “É quase um croque monsieur de peixe. É delicioso. Tem as texturas todas, desde o crocante de fora até à textura do pão, a cremosidade e firmeza do peixe.” 

Preço: 9€

Caril do mar, IBO

Mesmo que quisesse fugir ao caril, João Pedrosa não podia – o prato do IBO, um restaurante com raízes moçambicanas, é um dos mais pedidos pelos clientes. “Tentámos tirar proveito do encontro com algumas famílias goesas e dos sabores mais caramelizados das especiarias. Trazemos isso para os nossos caris”, explica. Há ainda croquetes de sapateira e chamuças de peixe, um prato de vieiras que é novidade no restaurante, e uma nova sobremesa, um gelado de embondeiro (3€), uma das árvores mais emblemáticas de África. “Tem um sabor muito particular e é considerado um superalimento”, destaca. 

Preço: 12€

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Bacalhau de 12 meses com puré de cítricos, A Casa do Bacalhau

A instituição clássica do bacalhau em Lisboa vai servir alguns dos pratos bandeira da casa, como este bacalhau de 12 meses com puré de citrinos. Têm também bacalhau à Brás e o confitado com broa, uma feijoada de sames de bacalhau ou, para quem prefere arriscar em algo mais exótico, um caril de bacalhau com risoto de espargos verdes. Passe por aqui para comer também uma fatia do Pudim do Abade, de Miguel Oliveira, prestes a abrir a sua própria casa dedicada a esta receita de pudim Abade de Priscos em Lisboa. 

Preço: 9,50€

Foie gras com chocolate branco e ostras, Tágide

Depois de participar várias vezes no Peixe em Lisboa pelo Eleven, Gonçalo Costa está ao leme do clássico Tágide e aconselha a começar a refeição com estas bolinhas de foie gras com uma capa de chocolate branco. Esta entrada é finalizada com a água das ostras para um “toque de mar” e pepino, leva a ostra fumada e avelã. À escolha tem também espadarte rosa (6€), pescado nas águas açorianas na última semana, com uma cura simples em sal e laranja, de um total de seis pratos que o chef leva a este evento. 

Preço: 8€

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Cocktail de camarão, Porto Santa Maria

Laffan trocou o L’AND Vineyards, em Montemor-o-Novo, no Alentejo, pelo emblemático Porto Santa Maria, no Guincho, no início do ano, e já começou a fazer alguns updates, que mantêm todo o ADN do restaurante – e que mostra no Peixe em Lisboa. “Este cocktail de camarão foi o prato mais vendido do Porto Santa Maria nos anos 80. É icónico. Mas hoje em dia ninguém quer comer maionese com camarão”, aponta. Está “mais elegante, mais leve e muito mais intenso”, diz. A base é igual mas o molho é feito com o bisque, envolto na maionese caseira. Pode escolher ainda uma massada de peixe (6€) ou o bacalhau com xerém de chouriças (6€). 

Preço: 4€

Salada de polvo e lagosta, Monte Mar

O restaurante clássico de peixe e marisco está pela primeira vez no evento a mostrar que os clássicos sabem sempre bem. Durante os onze dias do evento vão ter uma montra bem recheada de frios, como as saladinhas de polvo e de lagosta ou a sapateira com torradas (7€), mas também robalo ao sal (8€), filetes de polvo (7€, uma novidade no restaurante) e outros petiscos clássicos, das amêijoas à Bulhão Pato às gambas al ajillo.

Preço: 6€

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Vieiras à cantonesa, Taberna Macau

André Magalhães é já um habitué no Peixe em Lisboa mas desta vez vem a representar a sua mais recente taberna, que fica no Mercado Oriental, no Martim Moniz, e é o primeiro restaurante macaense de Lisboa. Além da sopa de lacassá (8€), um prato festivo de Macau, apresentam aqui uma novidade que entra no menu nas próximas semanas: vieiras marcadas com noodles, molho feito com o coral da vieira e flor de grelo. São dez pratos – “alguns petiscos, outros mais complexos”, referem –, entre os quais três sobremesas que não fogem ao mote do festival e também têm peixe ou algas, caso do arroz doce sem ovo mas com algas (4€).

Preço: 10€

Maguro no tataki, Kanazawa e Tsukiji

Paulo Morais está prestes a abrir um novo restaurante japonês e no Peixe em Lisboa vai já dar um cheirinho do que por lá se vai comer. Há dois tatakis, um de toro e outro de vieira, ambos com um arroz feito com vinagre envelhecido e envoltos em folha de capucha. Para a sobremesa há os tradicionais dorayaki, que serve nos lanches às sextas e sábados no Kanazawa, mas em vez de recheados com doce de feijão, estes têm curd de limão e creme de matcha (4€). 

Preço: 7€

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Rissino à Bulhão Pato, Sergi Arola

Em 2018 apresentaram um falso arroz, que é na verdade uma massa riso, de milho e trigo, com camarão. Este ano trocaram por amêijoa e apresentam uma dose generosa. A massa é tostada, para impedir que cresça muito e para ficar com a textura do arroz. Depois abrem a massa com o caldo de Bulhão Pato. Mais fresco é o ceviche de atum fumado com frutos vermelhos (8€).  

Preço: 9€

Éclair de cassis, Ritz Four Seasons

É díficil não falar das sobremesas perfeitinhas do Ritz Four Seasons, da autoria do chef pasteleiro Fabien Ngyuen e do sous chef Diogo Lopes, que para o Peixe em Lisboa trazem o maior ex-líbris das suas sobremesas, o mil-folhas (que vai estar disponível também para take-away num carrinho de sobremesas), e o éclair de cassis. Mas ataque primeiro os pratos principais: há um polvo confitado com molho shizu, puré de batata doce e sponge cake de coentros (8€), um bacalhau confitado com coulis de agrião (8€), e um cuscuz alentejano com gamba rosa (7€). 

Preço: 5€

12.º Peixe em Lisboa

  • Comida
É primeira vez que a chef Marlene Vieira participa no concurso do Peixe em Lisboa que há três anos elege as melhores pataniscas da capital. Na apresentação dos finalistas, viajámos de eléctrico e conversámos sobre o festival gastronómico e o bê-à-bá de uma receita popular que “é simples, mas não é fácil”. Marlene Vieira inaugurou o dia com uma animada sessão fotográfica, junto à porta verde-escura de um eléctrico conhecido como Arraiolos. A chef de cozinha, que tem um restaurante no Time Out Market e outro no Taguspark, estreia-se este ano no Peixe em Lisboa com as suas pataniscas. A apresentação foi esta quinta-feira numa viagem pelas zonas mais emblemáticas da cidade. As provas de pré-selecção para esta terceira edição do concurso ocorreram em Março do ano passado, mas a lista de finalistas ainda não está completa. Para além de Marlene Vieira, confirma-se outra novidade: a participação do Panorama, do Hotel Sheraton. A estas presenças juntam-se as da Casa do Bacalhau e do Restaurante D’Bacalhau, vencedores da primeira e segunda edição respectivamente. Numa prova totalmente cega, vão ser avaliadas as pataniscas em aspecto, sabor e consistência, com especial atenção ao equilíbrio dos ingredientes e à ausência de gordura em excesso.   Pataniscas da Chef Marlene Vieira Fotografia: Duarte Drago   Mãozinha e sensibilidade A Praça do Comércio encheu-se de vida logo pela manhã. Um turista corre até ao eléctrico 744, cujo forro do tecto é uma réplica de um tapete de
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