Mamma Mia!
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Brinkhoff Moegenburg

Das distopias aos musicais. Este é o teatro a não perder nos próximos meses

A agenda de artes performativas está cheia de bons motivos para fazer do palco a sua segunda casa nos próximos tempos.

Beatriz Magalhães
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Não tenha dúvidas: a agenda da cidade está cheia de peças apetecíveis que surgem tanto pela mão de companhias já com provas dadas como à boleia de novos talentos. Para não ficar perdido no meio de tanta oferta, fomos à procura das peças de teatro e de todos os outros espectáculos performativos, desde a dança contemporânea ao bailado clássico, que não deve mesmo perder nos primeiros meses do ano em Lisboa. Alguns ficam apenas alguns dias em cena e outros esgotam num ápice, por isso há que ser rápido.  

Recomendado: As peças de teatro para ver esta semana em Lisboa

As peças de teatro (e não só) que tem de ver

  • Avenidas Novas

Uma rapariga está sozinha em casa quando, do nada, dez corpos entram a dançar na sala. Ela bem tenta expulsá-los, mas eles permanecem naquele espaço e é então que um pesadelo começa. O espectáculo é de Mário Coelho e o elenco conta com nomes como Lúcia Moniz, Alice Azevedo, Rita Rocha Silva e Leonardo Garibaldi.

Culturgest. 23-25 Jan. Qui-Sáb 20.00. 14€

  • Avenidas Novas

A peça imagina o livro que o pai do encenador, Tiago Rodrigues, terá querido escrever nos últimos dias da sua vida. E é depois da sua morte que Teresa, uma voluntária que o visitava regularmente e que passava tempo com ele, fala a Tiago acerca deste livro, que combinaria a experiência do pai no hospital com as memórias dos tempos enquanto jornalista.

Culturgest. 19-23 Fev. Qua-Sex 21.00, Sáb 19.00 e Dom 17.00. 20€

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  • Belém

O clássico da literatura é apresentado pelos Artistas Unidos, numa adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan. Neste futuro distópico, o Grande Irmão está sempre a observar todos e o individualismo e o pensamento livre são proibidos pelo partido totalitário que está no poder. Mas há quem sonhe com um mundo diferente.

CCB – Centro Cultural de Belém. 21-23 Fev. Sex 20.00, Sáb 19.00 e Dom 17.00. 12€-15€

  • Chiado

Depois de se apresentar, pela primeira vez, no Teatro della Pergola, em Florença, a peça de Robert Wilson chega a Lisboa. Ao evocar as várias atmosferas da obra de Fernando Pessoa, o dramaturgo norte-americano procura homenagear esta figura incontornável e olhar para a sua poesia “como uma busca e uma interrogação profunda da linguagem como existência.”

São Luiz Teatro Municipal. 6-8 Mar. Qui-Sáb 20.00. 12€-15€

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É dos musicais mais conhecidos da Broadway, já foi premiado com um Pulitzer e um Tony e, agora, ganha uma adaptação portuguesa – é o Rent. Com texto, música e letra originais de Jonathan Larson e dramaturgia de Lynn Thomson, é encenado por Sissi Martins e conta com a direcção artística de Michael Greif, encenador da versão original. A história passa-se em Nova Iorque dos anos 90 e centra-se num grupo de artistas e activistas que, mesmo sofrendo com dificuldades económicas e problemas de saúde, cantam acerca do amor e da superação.

Teatro Variedades. 26 Mar-27 Abr. Qua-Sáb 21.00, Sáb-Dom 16.00. 20€

  • Dança

Depois de 15 anos desde a última apresentação, a CNB recupera este bailado, que conta com coreografia de John Auld segundo Arthur Saint Léon, Marius Petipa e Enrico Cecchetti e música de Léo Delibes. Em palco, encontramos Swanilda e Franz que, prestes a casar, se vêem envoltos numa série de mal-entendidos – e tudo por causa de uma boneca mecanizada.

Teatro Camões. 11-29 Abr. Ter, Qui e Sex 20.00, Qua 15.00 e 20.00, Sáb 18.30 e Dom 16.00. 15€-30€

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  • Xabregas

Protagonizado por João André e encenado por Carolina Picoito Pinto, o espectáculo surge no seguimento de Próxima Personagem, série criada também por André e que está disponível no Youtube. Centra-se na história de Juanitta, que luta para acabar com o preconceito, ao mesmo tempo que procura expressar aquilo que sente.

Teatro Ibérico. 15, 22 e 29 Abr. Ter 21.00. 15€

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A partir de Breves Entrevistas com Homens Hediondos de David Foster Wallace, Patrícia Portela quer confrontar o público com os momentos em que somos apanhados a tolerar um sistema que condenamos. A peça trata os "homens hediondos", aqueles com quem nos cruzamos no dia-a-dia, aqueles que perpetuam os mesmos comportamentos e relações de poder.

Teatro Variedades. 3-4 Mai. Sáb 19.00, Dom 16.00. 12€-17€

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  • São Sebastião

Ao som de canções incontornáveis dos ABBA, seguimos a história de Sophie que, na véspera do seu casamento, procura saber a identidade do pai, acabando por trazer de volta à ilha grega os três homens do passado da mãe Donna. O musical, escrito por Catherine Johnson, dirigido por Phyllida Lloyd e coreografado por Anthony Van Laast, tem música e letras de Benny Andersson e Björn Ulvaeus.

Sagres Campo Pequeno. 20-25 Mai. Ter-Sáb 21.00, Dom 16.00 e 21.00. 35€-80€

  • Lisboa

Ao partir da teoria da performatividade de género de Judith Butler, Sónia Baptista procura analisar como se constrói a masculinidade. Daí, surge um jogo de desidentificação, em que as performances drag contemporâneas se confrontam com os códigos de representação de género nas artes performativas.

Sala Estúdio Valentim de Barros – Jardins do Bombarda. 6-15 Jun. Qua-Qui 20.00, Sex 21.00, Sáb 19.00 e Dom 16.00. 12€

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  • Avenidas Novas

Raquel André e Tonan Quito falam-nos sobre o nascimento. Com base nos seus próprios nascimentos e a partir de conversas com quem já deu à luz e com quem ajudou outros a dar à luz, os artistas dão a conhecer histórias que, ao começar no mesmo ponto, navegam por vários temas, geografias ou condições sociais diferentes.

Culturgest. 25-28 Jun. Qua-Sex 21.00, Sáb 19.00. 14€

 

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Nesta nova criação, Marco Mendonça quer pôr-nos a pensar sobre as reparações do período colonial. Assistimos à estreia de um concurso de televisão em que, pela primeira vez, participam apenas concorrentes negros. As perguntas vão desde a teoria anti-racista à cultura pop luso-africana e trivia colonial. Apesar da polémica que gera, espera-se que as audiências sejam altas.

Teatro Variedades. 9-27 Jul. Qua-Qui 20.00, Sex 21.00, Sáb 19.00, Dom 16.00. 12€-17€

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  • Lisboa

O regresso do Teatro Praga aos Jardins do Bombarda (espaço do qual foram obrigados a sair há quase 20 anos) serviu de mote para esta peça. Descrita como um “casting onde só pode haver engano”, Audição constrói-se a partir do desencontro entre o presente e a expectativa, e o passado e o futuro.

Sala Estúdio Valentim de Barros – Jardins do Bombarda. 11-20 Jul. Qua-Qui 20.00, Sex 21.00, Sáb 19.00 e Dom 16.00. Preços a divulgar

  • Dança
  • Chiado

É mais de dez anos depois do seu último solo – A Sagração da Primavera – que Olga Roriz nos traz O Salvado. Do que viveu nestes 70 anos de vida e 50 de carreira que celebra em 2025, a bailarina e coreógrafa agarra-se ao que consegue salvar e liberta-se do resto. Tal e qual um náufrago.

São Luiz Teatro Municipal. 9-12 Jul. Qua-Sáb 20.00. 12€-15€

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