Quinta da Lixa
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De Amarante a Melgaço, na rota dos Vinhos Verdes

Comer, beber, passear e descansar na rota dos Vinhos Verdes

Mariana Morais Pinheiro
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"Comer e beber, ó tirim-tim-tim, passear na rua". O Malhão era sem dúvida o mais epicurista dos seres. Fizemos como ele e fomos de Melgaço a Amarante, pela rota dos Vinhos Verdes, à procura dos melhores sítios para comer, beber e dar bons passeios. Tudo para que este possa ser o Verão mais verde das nossas vidas.

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De Amarante a Melgaço, na rota dos Vinhos Verdes

Melgaço

A vila de Melgaço, o município mais a norte de Portugal, no Alto Minho, é um destino perfeito para rumar num dia de Verão. Pode e deve ficar por lá mais tempo, porque descanso nunca é demais e porque há ainda muito para descobrir e explorar por estes lados.

Além de construções seculares, como o Castelo de Melgaço – Torre de Menagem, que alberga nos dias que correm um núcleo museológico destinado a preservar o património arquitectónico e arqueológico da vila, desde a Pré-história até à Idade Contemporânea (Rua do Castelo, 30. Ter-Dom 10.00-17.00), tem outras mais actuais, como o Museu de Cinema de Melgaço – Jean Loup Passek. Inaugurado em 2005, o espaço acolhe o espólio coleccionado ao longo da vida pelo famoso crítico de cinema francês. Além de exposições temporárias, há uma permanente, que faz as delícias de visitantes de todas as idades. É dedicada ao período que antecedeu o cinematógrafo dos Irmãos Lumière, por isso, conte com lanternas mágicas e as suas caixas e placas de vidro pintadas à mão; fenacistoscópios e os seus discos, dispositivos com vários desenhos sobre um mesmo motivo, mas em posições ligeiramente diferentes, distribuídos por uma placa circular lisa; zootropos, mecanismos com o formato de tambores que reproduzem pequenas animações; e ainda vários cartazes que ilustram a evolução da sétima arte (Beco das Muralhas, 15. Seg-Dom 10.00-18.00).
Por fim, não se esqueça de meter água, com mais ou menos adrenalina. Prefere uma aventura de rafting com descida de rio em botes insufláveis, com a ajuda da empresa de desportos radicais MelgaçoWhitewater (40€/pessoa), ou uma tarde nas Termas de Melgaço? Com duas nascentes de água mineralizada, gasocarbónica, bicarbonatada, cálcica/magnesiana e ferruginosa, este complexo possui um circuito termal que inclui piscina terapêutica, sauna e banho turco (13€/ uma hora, 16€/ duas horas). À parte, pode ainda desfrutar de massagens e tratamentos no spa. Bom proveito (Parque do Peso, Paderne. Seg-Sex 09.30-12.30/ 14.00-18.30, Sáb-Dom 09.30-12.30/ 14.00-19.30).

Onde comer?
Depois de um passeio pelo bonito e bem cuidado centro histórico e quando a barriga começar a dar horas, procure a Adega Sabino, um dos mais emblemáticos restaurantes da vila. Se houver lugar na esplanada, fique por lá. Prove os queijos dos Prados de Melgaço, uma marca da região, a chouriça de sangue assada e refresque-se com um copo de Alvarinho. Depois, peça o naco de carne, servido com batata, salada e arroz, e o incontornável cabrito no forno, com um toque de laranja e alecrim. Por 25€ por pessoa, come e bebe à maneira (Largo Hermenegildo Solheiro, 46. Seg 12.00-15.00, Qua-Dom 12.00-15.00/ 19.00-22.00). Se quiser mais opções, tome nota: o bacalhau assado na brasa, as sobremesas caseiras e a simpatia do pessoal da Adega do Sossego também valem bem a viagem (Avenida do Peso, 1179. Seg-Ter e Qui-Sáb 12.00-15.00/ 19.00-22.00, Dom 12.00-15.00).

Ponte de Lima

Bem-vindo a uma das mais bonitas vilas de Portugal. Ponte de Lima é vaidosa e gosta de impressionar quem a visita. Exibe o seu centro histórico castiço como um dos seus maiores trunfos, mas guarda outros na manga, para que ninguém se canse de a adorar. A Ponte Romana, com o Lima a correr-lhe aos pés, tem, por exemplo, o enquadramento perfeito para quem procura aquela fotografia para animar as redes sociais. Além dela, há muito mais para descobrir por estes lados, das torres de São Paulo e da Cadeia Velha, ao Museu do Brinquedo, que conta a história de alguns dos mais importantes fabricantes nacionais de brinquedos. Rocas, flautas, baldes de praia em madeira, bonecas feitas em pasta de papel, barcos, comboios ou triciclos são algumas das coisas que poderá encontrar por lá (Largo da Alegria. Ter-Dom 10.00-12.30/ 14.00-18.00. 3€). Se lhe apetecer um passeio pela fresca, a cerca de quatro minutos a pé fica o Parque Temático do Arnado, com jardins que recriam diferentes épocas da História. O Jardim Romano é inspirado na Casa dos Repuxos de Conímbriga. Já o Jardim Renascença aposta na geometria, nos jogos de água e nas esculturas, enquanto no Jardim Barroco dá-se formas mais trabalhadas a árvores e arbustos (Caminho da Oliveirinha). E por falar em jardins, é em Ponte de Lima que acontece um dos mais importantes festivais relacionados com esta arte e motivo de grande orgulho para o município. Entre Maio e Outubro é possível visitar o Festival Internacional de Jardins, onde não há limites à criatividade (Lugar de São Gonçalo, Arcozelo). Mas se é a natureza em estado selvagem que o fascina, as Lagoas de Bertiandos e São Pedro d’Arcos são o local ideal para desacelerar e dar bons passeios ao longo dos passadiços de madeira. Admire a impressionante diversidade de fauna e flora que o rodeia, já que nesta paisagem protegida há peixes de água doce, anfíbios, répteis, mais de 40 espécies de mamíferos, centenas de aves e foram ainda contabilizados mais de 500 tipos de plantas (Rua da Lagoa de São Pedro d’Arcos, 476. Ponte de Lima).

Onde comer?
Dona de uma rica gastronomia, Ponte de Lima sabe servir e maravilhar quem se senta à sua mesa. Na Casa Alameda, a poucos metros da Ponte Romana, com uma decoração rústica e um serviço à moda antiga, comem-se bons pratos de rojões com papas de Sarrabulho e, à sobremesa, tacinhas de leite-creme queimado na hora (Alameda de São João. Ter-Sáb 11.00-15.00/ 19.00-21.00, Dom 11.00-15.00). Já o Petiscas, no Largo da Alegria, mesmo em frente ao Albergue de Peregrinos e ao Museu do Brinquedo, é também uma boa opção se lhe apetecer picar qualquer coisinha a meio da tarde. Além de pratos com queijo e presunto, pataniscas e chouriças assadas, têm também bons nacos de carne e generosas postas de bacalhau, para ficar mais composto (Ter-Dom 12.00-22.30).

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Viana do Castelo

Habituada a que lhe chamem “Princesa do Lima”, Viana do Castelo enche-se de chieira (que é como quem diz ‘vaidade’ para estes lados) e mostra sobranceira, da altivez do seu monte, a linda cidade que tem aos pés. Para isso, apanhe o funicular na Avenida 25 de Abril, perto da estação de comboios, em direcção ao Santuário de Santa Luzia, que o leva numa viagem que lhe permite ver Viana de cima (3€ ida e volta). Lá, suba ao zimbório, a cúpula do edifício, e aprecie a paisagem no seu máximo esplendor. Esta vista inigualável, que concilia o rio Lima, o mar e as montanhas em redor, foi considerada pela National Geographic como uma das mais bonitas do mundo, a par do Corcovado no Brasil, onde mora o Cristo Redentor. Descendo à cidade, conheça o Museu do Traje e descubra toda a história dos trajes populares, de domingar, de festa, de trabalho, de dó e de noiva, que tão bem identificamos no Alto Minho (Praça da República, 58. Ter-Sex 10.00-18.00, Sáb-Dom 10.00-13.00/ 15.00-18.00). Não parta sem antes embarcar numa aventura a bordo do Navio Gil Eannes, ancorado no porto de pesca. Este navio-hospital, construído em 1955, deu assistência durante muitas décadas à pesca do bacalhau na Gronelândia e nos bancos da Terra Nova. Em 1998, recuperado, lançou âncora na foz do Lima, de onde não se mexeu mais. Além da ponte de comando, casa das máquinas, cozinha e camarotes, também pode visitar a sala de tratamentos, o gabinete de radiologia, a enfermaria e o bloco operatório (Doca Comercial. Seg-Dom 10.00-18.30. 4,50€).

Onde comer?
Na Tasquinha da Linda, num antigo armazém de pesca, servem-se bons pratos de peixe e marisco da nossa costa, como amêijoas à Bulhão Pato, arroz de peixe com tamboril e gambas, espetadas de lulas e camarão, ou polvo grelhado, e ainda sobremesas de autor feitas pela filha dos donos. Para acompanhar há uma generosa garrafeira com mais de 350 referências, dos vinhos de mesa aos fortificados e espumantes (Rua dos Mareantes, 84. Seg-Sáb 12.15-15.00/ 19.15-22.30). Se estiver com vontade de petiscar, a Taberna do Santiago convida a provar pratinhos de moelas, de caracóis ou de pimentos Padrón, as asinhas de frango, os rissóis de carne ou as pataniscas da Dona Alice. Tudo caseiro, bem servido e a preços simpáticos (Rua Prior do Crato, 68. Ter-Qui e Dom 11.00-01.00, Sex-Sáb 11.00-02.00). Para encerrar a refeição, já sabe, tem de comer a mítica bola de Berlim. Assim que saem quentes da cozinha da Confeitaria Manuel Natário – em duas fornadas diárias, às 11.30 e às 16.30 (ao domingo só há neste último horário) –, a fila forma-se à porta deste pequeno estabelecimento perto da Praça da República (uma das mais bonitas do Minho, diga-se). Com uma fritura impecável, um bom creme de ovo e polvilhadas com açúcar, desaparecem enquanto o diabo esfrega um olho. São maravilhosas, por isso, prepare-se para esperar (Rua Manuel Espregueira, 37. Seg-Sáb 09.00-19.00, Dom 09.00-13.30/ 15.30-19.00).

Braga

Já foi uma das cidades mais jovens da Europa, mas sem nunca esquecer a ancestralidade que a caracteriza. Cidade bimilenar, Braga pensa o presente em espaços como o Gnration, onde a criação, a performance e a exposição (na música contemporânea ou na relação entre a arte e a tecnologia) não tem limites. Mas também preserva o passado, mostrando locais tão emblemáticos como as Termas Romanas do Alto da Cividade (Rua Dr. Rocha Peixoto, 13. Seg-Sex 09.30-13.00/ 14.00-17.30, Sáb 11.00-17.30. 1,90€), a Sé de Braga (Rua Dom Paio Mendes. 2€) ou o menos conhecido, mais muito encantador, Museu dos Biscainhos. Integrado no Palácio dos Biscainhos, construído em 1712, o museu retrata a vida da nobreza desde o século XVII até inícios do século XIX. Nesta casa barroca, que chegou a acomodar o rei D. Luís I, vai encontrar mobiliário, ourivesaria, têxteis e cerâmica da época, bem como instrumentos musicais, gravuras e meios de transporte. Se o céu brilhar lá fora, dê um passeio pelos bonitos jardins (Rua dos Biscainhos. Ter-Dom 10.00-12.30/ 14.00-17.30. 2€). A visita à cidade não fica completa sem ver Braga por um canudo e isto só é possível através do óculo de longo alcance instalado no topo do Bom Jesus do Monte. Para tornar a visita ainda mais especial, suba a bordo do mais antigo elevador do mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água, ainda em funcionamento (2,50€/ida e volta).

Onde comer?
Também na gastronomia, o passado e o presente convivem lado a lado. O cabrito pingado do Arcoense é digno de reverência e atrai, há já algumas décadas, verdadeiros adeptos deste prato. Percebe-se: é assado em forno a lenha e vem para a mesa numa grelha e a pingar sobre o arroz. Mas reserve uma travessa, não diga que não o avisámos (Rua Eng. José Justino de Amorim, 96. Seg-Sáb 12.00-15.00, 19.30-22.00; Dom 12.00-15.00). Menos tradicional, mas mais viajado é O Filho da Mãe. Instalado numa das artérias mais movimentadas da cidade no que à comida diz respeito, aqui servem-se ostras aos pares, baos de caranguejo, tártaros, ceviches de corvina, guacamole com chips de mandioca, ovos rotos e muitas outras coisas de fazer crescer água na boca (Rua D. Afonso Henriques, 25. Seg 19.30-22.30, Ter-Sáb 12.30-15.00/ 19.30-23.00). Para rematar em beleza, não há como um clássico intemporal: o Pudim Abade de Priscos. Manuel Joaquim Machado Ribeiro tinha uma mão para a cozinha sem igual. Mais conhecido como Abade de Priscos (freguesia de Braga), deixou-nos um legado de receitas que perduram até hoje, como este famoso pudim. Faz-se na Doçaria Cruz de Pedra, segundo a receita original, onde entram muitos ovos, vinho do Porto, toucinho, canela e manteiga. Peça a dose individual, que vem com uma aguardente velha fresquinha (Rua Beato Miguel de Carvalho, 156. Seg-Sex 08.00-19.00, Sáb-Dom 09.00-12.30. Preço: 2,50€; 15€, pudim inteiro).

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Barcelos

Planeie a sua entrada em Barcelos através da Ponte Medieval sobre o rio Cávado, mesmo de frente para o imponente Paço dos Condes de Barcelos, característico dos finais da Idade Média e que parece saudar majestosamente quem visita a sua cidade. É uma visão e pêras. Depois, deambule pelo centro (cruzar-se-á, seguramente, com uns quantos galos de Barcelos gigantes) e antes de chegar ao Campo da Feira, onde todas as quintas-feiras acontece uma das melhores feiras do Minho, com banquinhas de queijos e enchidos, muita loiça, cestaria, bordados e cerâmicas, passeie pelo Jardim das Barrocas, construído no século XVIII em estilo rococó provincial, numa impressionante obra de jardinagem. E, já que está na capital do artesanato, dê um salto ao Museu da Olaria. Tem entrada livre e mais de nove mil peças nacionais e estrangeiras para admirar (Rua Cónego Joaquim Gaiolas. Ter-Sex 10.00-17.30, Sáb-Dom 10.00-12.30/ 14.00-17.30).

Onde comer?
O Largo do Apoio é um dos mais bonitos da cidade e o local onde vai querer passar o dia. Sente-se numa esplanada à sombra e aprecie a arquitectura que o rodeia: as casas medievais, entre elas a do Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira; o chafariz renascentista bem no centro; e os cafés contemporâneos apinhados de barcelenses e turistas. O Historial Café é um deles. Além das diárias, serve pratinhos de pica-pau, asinhas de frango com batatas fritas, sandes de pernil, tábuas de queijos e enchidos, entre muitas outras coisas boas para forrar o estômago. Para matar a sede, há gins, sangrias e cervejas frescas (Seg-Sex 10.00-00.00, Sáb 14.00-02.00, Dom 14.00-00.00). O Bira dos Namorados, com a sua decoração marcadamente minhota e um menu onde os hambúrgueres avantajados enchem o olho e a barriga de quem os come, é também uma boa opção. Na carta há ainda pregos em bolo do caco, bowls com quinoa e salmão para opções mais saudáveis, e sobremesas gulosas servidas em frascos, onde aparecem mousses de bolacha Oreo, babas de camelo e cheesecakes de diferentes sabores (Rua Padre Alfredo da Rocha Martins, 9. Qua-Sex 12.00-15.00/ 19.30-22.30, Sáb-Dom 12.30-15.30/ 19.30-22.30). Se for de comida típica que o seu corpo precisa, então dirija-se à afamada Casa dos Arcos. Entre paredes de pedra comem-se travessas de rojões à minhota, papas de sarrabulho, bacalhau com broa e polvo no forno (Rua Duques de Bragança, 185. Qua-Seg 12.00-15.30/ 19.00-22.30).

Amarante

Cidade do amor, da doçaria e da arte, Amarante tem na Igreja de São Gonçalo o seu ex-líbris (Praça da República). Erguida em 1540 a mando de D. João III, a igreja foi construída no lugar onde se acredita que São Gonçalo, o santo com fama de casamenteiro, foi sepultado. Com um interior bem ao estilo barroco, coberto de talha dourada, sobreviveu às Invasões Francesas: há ainda quem diga que tudo ardeu, menos a igreja. E os efeitos dos franceses também se podem ver no exterior, nas marcas das balas de canhão nas paredes. Num registo bem diferente, o Museu Amadeo de Souza-Cardoso, num antigo convento, é, desde os anos 60, casa de muitas obras de artistas amarantinos e tem exposições temporárias e permanentes que vale a pena conhecer. Além das obras do artista que deu nome ao museu, espalhadas por duas salas, há ainda uma outra dedicada ao fotógrafo Eduardo Teixeira Pinto (Alameda Teixeira de Pascoaes. Ter-Dom 09.30-12.30/ 14.00-17.30. 4€). Com este calor, refresque as ideias no Parque Aquático de Amarante, o maior parque aquático de montanha da Península Ibérica com 44 mil metros quadrados, preenchidos com piscinas de ondas, piscinas de crianças, piscinas de adultos, pistas rápidas ou pistas múltiplas, túneis e muito mais (Rua do Tâmega. Seg-Dom 10.00-19.00. Entre os 8,90€ e os 18,50€).

Onde comer?
Atravessando a ponte, na Rua 31 de Janeiro, fica a Confeitaria da Ponte. Aberta desde 1930, tem dois espaços exteriores onde pode usufruir de uma vista privilegiada: de um lado o rio Tâmega, do outro a Ponte de São Gonçalo. Na montra encontra pastelaria variada, mas os doces conventuais dominam as atenções. Foguetes, lérias, brisas do Tâmega, São Gonçalos e papos de anjo (os mais vendidos) são os cincos doces típicos da região que tem mesmo de provar (​​Rua 31 de Janeiro, 186. Seg-Dom 08.30-20.00). Se seguir em frente, encontra a luxuosa Casa da Calçada, um hotel boutique de cinco estrelas, onde mora o Largo do Paço, o restaurante com estrela Michelin comandado pelo chef Tiago Bonito. Aqui pode experimentar dois menus de degustação: o Descoberta (155€) e o Lés a Lés (130€). A ambos é possível adicionar um pairing de infusões ou de vinhos, muitos deles produzidos pela casa (Largo do Paço, 6. Ter-Sáb 19.30-22.30). Se optar por descer a rua, encontra a Taberna Don Rodrigo, um espaço dedicado ao fumeiro da região, aos queijos da Serra da Estrela e ao vinho de produção própria. As sandes à Don Rodrigo, um pão de trigo de quatro cantos com presunto ou outros enchidos, são o pedido mais popular. Para acompanhar, as duas marcas de vinho verde que aqui se vendem são a Toninho e a Pardos, que, se quiser, também pode levar para casa (Rua 31 de Janeiro, 186. Seg-Dom 09.00-20.00).

Passeios que valem a pena

  • Viagens

Desde sempre que o cinema nos empurrou o imaginário para viagens marcantes. No deserto, no campo, em falésias, em velocidade ou em passeio. Mas para isso, e mesmo que não nos tivéssemos apercebido, foi necessário escolher uma estrada, um troço de circulação que enchesse as medidas, que cativasse, que se tornasse inesquecível, como um pano de fundo perfeito para nos fazer ler a história. Felizmente, para si e para nós, Portugal não tem falta desse tipo de estradas; abertas, em altitude, semi-desertas, costeiras, as opções multiplicam-se e a vontade é de nos fazermos à pista. Como Jack Kerouac disse, "nada atrás de mim, tudo à minha frente, tal como na estrada", e este é o mote para que parta em busca destas sete.

Do Minho ao Algarve, há restaurantes que valem um desvio no caminho, independentemente do destino. O caminho pode ser longo e demorado, mas estas escapadinhas gastronómicas valem muito a pena. Há restaurantes com estrelas Michelin e chefs com ambições astronómicas, há comida de conforto e fine dining surpreendente. Passámos o país a garfo fino para lhe dizer as mesas que justificam cada quilómetro. Prepare o estômago e o palato – se for bem planeado, em poucos dias consegue fazer bingo. Se entretanto descobrir outras maravilhas gastronómicas, faça-nos chegar. Somos fãs de boas mesas e estamos sempre à descoberta.

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  • Atracções
  • Atracções turísticas

A moda de baloiços panorâmicos foi adoptada pelos portugueses no Verão de 2020 e o número continua a crescer. Têm vista para o rio, para a serra ou para o campo e têm uma resistência acima da média. Uma excelente notícia para adultos que assim já se podem sentar e baloiçar sem ter medo de rebentarem com toda a estrutura, enquanto se recordam de uma infância leve e solta. E estão espalhados um pouco por todo o país, à espera dos visitantes que aproveitam para alimentar de imagens as suas redes sociais. Conheça alguns dos melhores baloiços do país e comece a planear a sua visita.

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