Australia
Photograph: Tourism Australia
Photograph: Tourism Australia

Os melhores destinos para 2018

Sempre dissemos que o que faz em casa é consigo, o
 que faz na rua é connosco – seja aqui, ou nos antípodas. Tem aqui um roteiro para todos os meses do ano escrito por editores Time Out de todo o mundo.

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A Time Out tem família em 108 cidades e já elaborou guias sobre todo o mundo, dificilmente encontrará melhor conselheiro para as suas viagens. Chateámos gente em todos os fusos horários e pusemos meio mundo a trabalhar para si. O resultado é um roteiro de grandes destinos para cada mês do ano, todos recomendados por quem melhor os conhece. Deixamos Janeiro para 2019 porque uma viagem à Austrália requer tempo e planeamento. Faça boa viagem e quando chegar lá mande saudades nossas.

Os melhores destinos para 2018

Fevereiro

Miami e Nova Orleães
Por Virginia Gil Time Out Miami e Scott Gold Time Out Nova Orleães

Aventure-se pelo Sul dos Estados Unidos. Comece em Miami no mês onde tudo parece acontecer e aproveite a praia longe das confusões de outras estações. Siga depois para Nova Orleães, cidade que celebra este ano os 300 anos da sua fundação.

Um dia
 em Miami 
Quando faz frio em quase todo
 o lado, em Miami passeia-se na praia. Em Fevereiro quase não chove, está sol a maior parte dos dias, a humidade é pouca e a praia é absolutamente perfeita. Mas há mais: vários festivais a acontecer. Entre no espírito de Miami no Broken Shaker.

Escondido no pátio do hostel hipster Freehand, rodeado 
de palmeiras e decorado com mobília a contrastar, este é o bar que serve as melhores bebidas 
de Miami. Se o que lhe apetece é um geladinho, então procure o Azucar Ice Cream Company, especialista em sabores cubanos, como o Abuela Maria (goiaba, creme de queijo
e bolachas maria) ou o Café 
con Leche, que por acaso sabe
 a um delicioso cafecito gelado. Encontrar o melhor peixe e marisco fresco em Miami pode não ser uma tarefa fácil, mas não se perca, aponte ao Mignonette (210 NE 18th St).

E não se esqueça, é em Miami que vai abrir o segundo Time Out Market, um mercado construído à imagem do de Lisboa. Ainda não tem data de abertura oficial, mas é quase certo que só acontecerá no segundo semestre de 2018.

O que não pode mesmo perder em Miami
O Bairro Francês, passe a tarde nas galerias da Royal Street, como a M.S. Rau Antiques (630 Royal St) – peça para ver a sala secreta repleta
de pintura, escultura e mobília extravagante. Pare para comer no Antoine’s (713 St Louis St), onde as ostras Rockefeller foram inventadas. Mas se o que lhe apetece é mais uma sandes e uma bebida, procure o Killer Po-boys no Erin Rose Bar, um pequeno pub irlandês, escuro mas convidativo, com um balcão de sandes gourmet nas traseiras.

Música? 
É na Frenchmen Street

É um segredo muito mal guardado de Nova Orleães: para ouvir música a sério ignore o Bairro Francês e vá para Faubourg Marigny. Aqui, encontrará
 a Frenchmen Street, um repositório de bares, discotecas 
e restaurantes como não há nos Estados Unidos para jazz e funk. Para música ao vivo, daquela que vale a pena, acompanhada por boa comida e cocktails, vá ao Three Muses (No. 536) – gostamos do West Bank Daiquiri (rum, sumo de lima e xarope de ananás e limão) pineapple-lemongrass syrup). Para uma experiência de jazz mais íntima, entre no sempre cheio Spotted Cat (No. 623). Até lugares como o Yuki Izakaya (No. 525), que serve alguma da melhor cozinha japonesa na cidade e tem um sake e um soju incríveis, é palco de óptima música ao vivo.

Ida e Volta
Miami
A partir de 415€* pela TAP
A companhia voa todos os dias para Miami (10.50) e os preços nunca vão muito além dos 400€ (ida e volta). Em Miami, alugue um carro a faça-se à estrada. Nova Orleães fica a 1300 km pela mítica estrada I 10.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Março

Cidade do Cabo, África do Sul
Por editores Time Out Cidade do Cabo

Está em quase todas as listas como um destino a não perder este ano, especialmente porque passam 100 anos do nascimento de Nelson Mandela (1918-2013). O país está em festa ao mesmo tempo que a Cidade do Cabo tem cada vez mais uma nova vida.

Uma vez aqui, não há como fugir. Subir a Table Moutain é obrigatório porque a vista vale tudo, como pode perceber pela fotografia acima. Se estiver numa de aventura – mas aventura a sério –, suba trilho acima e desça de rapel. É programa para um dia. A Abseil Africa tem várias propostas do género. Para os menos aventureiros, há sempre o clássico teleférico, que parte do centro da cidade e leva cerca de 5 minutos a chegar ao cume da montanha. E sabia que também pode acampar por aqui? Descendo à terra, à cidade, sugerimos um mergulho com tubarões, ou não tivesse a África do Sul uma das mais incríveis
e diversificadas populações de tubarões. Um quarto das espécies de tubarão (98 para sermos mais precisos) passeiam-se por águas sul-africanas e 40 destas andam à volta da Cidade do Cabo. Os viciados em adrenalina vão querer fazer uma viagem de 175 km a Gansbaii, a capital mundial do tubarão branco. O mergulho em jaulas é um negócio a sério, há várias empresas a fazê-lo. A maioria cobra cerca de 74€, mas há pacotes para todos os gostos, alguns com a viagem da Cidade do Cabo incluída. Experimente
a Great White Shark Tours, a Marine Dynamics ou a White Shark Ecoventures. Em alternativa, visite o Two Oceans Aquarium e não perca o tanque dos predadores.

Por fim, não pode deixar de ir
a Robben Island, a ilha onde Nelson Mandela esteve preso
 18 anos. É tanto um símbolo da cruel opressão como do triunfo da esperança. Uma autêntica lição de história sobre o período mais negro que a África do Sul viveu. Visite ainda o District Six Museum, peça fulcral
 para entender o apartheid. O museu conta a história de como o Governo declarou a zona “apenas para os brancos”, obrigando 
os mais de 60 mil habitantes
 do bairro a abandonarem as 
suas casas, que acabaram por
 ser destruídas. Para celebrar o centésimo aniversário de Nelson Mandela, a fundação do Nobel da Paz preparou um programa com exposições, conferências, exibições de filmes e ainda programas literários.

Ida e Volta
Cidade do Cabo
A partir de 780€* pela KLM
De Lisboa há várias opções para a Cidade do Cabo, todas elas com escala. Esta que lhe apresentamos faz escala em Amesterdão, Holanda. Para lá são cerca de 15 horas de espera, enquanto no regresso é um pouco mais. Mas não se deixe ficar no aeroporto, nem 20 minutos demora a chegar ao centro da cidade. Saiba como aproveitar o melhor de Amesterdão em www.timeout.com/amsterdam.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

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Abril

Região Centro
Por Cláudia Lima Carvalho  Time Out Lisboa

Em 2017, a região Centro esteve nas notícias pelas piores razões.
Os incêndios de Junho e Outubro devastaram a zona que merece ser explorada por tudo o que oferece: montanha, rio e uma gastronomia rica. Damos-lhe três sítios chave para ficar: Sertã, Lousã e Oliveira do Hospital. Bem planeado, não deixa nada de fora.

Convento da Sertã
Este hotel de charme de quatro estrelas fica na vila da Sertã. Construído no século XVII, 
foi um antigo convento de 
frades franciscanos tendo sido reconvertido para hotel em 2013. É a opção ideal para conhecer as zonas de Pedrógão Grande e Pequeno, a cerca de 18 kms, Figueiró dos Vinhos, a 30 kms, e Castanheira de Pêra, a 35 kms.

Não perca a zona de Moinho das Freiras, onde poderá por exemplo subir o Zêzere de canoa e descubra a pé o túnel ao longo do Vale do Cabril e a Ponte Filipina. Conheça ainda Casal de São Simão, uma pequena aldeia do Xisto que tem apenas uma rua e um restaurante que tem de provar: Varanda do Casal (Qua- Dom 12.30-21.30). Se tiver sorte com o tempo – em Abril, nunca se sabe –, pode ser que ainda consiga dar um mergulho na praia fluvial
 das Fragas de São Simão. Se se quiser aventurar, há um trilho que liga a aldeia à praia fluvial, são cerca de 15 minutos a pé. (Alameda Carvalha, Sertã. 27 460 8493.)

Cerdeira Village
Toda a gente devia pelo menos uma vez na vida ter a experiência de dormir numa tradicional casa de xisto com vista para a serra da Lousã (no foto). A Cerdeira Village tem nove casas, todas elas integradas de tal forma na natureza que 
até fica com a sensação de estar
a dormir numa casa na árvore. Imaginamos que abandonar a aldeia será tarefa difícil, mas acredite que vai valer a pena, especialmente se for para 
comer no restaurante O Burgo (Ter-Sab 12.30.15.00 - 19.30-22.00. Dom 12.30-15.00). Temos a certeza
 que provará a melhor comida tradicional da zona, como por exemplo um cozido servido numa broa. Destaque para as entradas e para as sobremesas: vem sempre para a mesa uma amostra de cinco. Ideal para partilhar. E ainda não lhe falámos da zona envolvente. O restaurante fica no alto da Praia Fluvial da Senhora da Piedade com vista para o Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce. Não se esqueça de marcar antes de ir, uma vez que costuma ser difícil arranjar mesa. E se quer outra dica: não leve o carro até lá baixo, é raro haver lugares e o sítio é apertado para dar a volta. Mais vale ir a pé. Se quiser ir a mergulhos, recomendamos antes da Praia Fluvial da Bogueira, em Casal de Ermio, ali mesmo ao lado. Tem muito menos gente, o que torna o sítio mais agradável. Tem ainda um pequeno bar de apoio e se andar um pouco junto ao rio Ceira encontrará ao fundo, bem resguardadas, umas mesas de piquenique e um parque infantil. Aí mesmo consegue também mergulhar através das escadas de apoio. (Lugar da Cerdeira, Lousã. 239 160 799.)

Aqua Village Health & Resort

Perfeitamente enquadrado com a natureza, este hotel, que abriu portas há pouco mais de um ano, fica na pequena aldeia de Caldas de São Paulo. Para aqui chegar, é preciso descer uma estrada apertada e cheia de curvas. O hotel fica lá em baixo, mesmo na margem do Rio Alva. É para o rio e para a montanha em frente que o hotel está virado. Depois
 dos incêndios, que tornaram a paisagem à volta negra e despida, o hotel tem vindo a promover a reflorestação da zona, convidando os hóspedes a plantar a sua árvore. Ao mesmo tempo, esta unidade hoteleira de cinco estrelas tem oferecido várias promoções para motivar as pessoas a visitarem o centro do país, ajudando assim a economia local. O Aqua Village Health & Resort tem uma praia fluvial privativa, mas se sair do hotel, ali mesmo ao lado encontra o rio com pequenas cascatas. Para comer, procure o restaurante
 O Tunel, mesmo no centro de Oliveira do Hospital (Largo Ribeiro do Amaral 8B. Ter-Dom, 11.30-22.00). É o ideal para comida tradicional de prato cheio. Os pratos do dia vão variando, mas com sorte pode 
ter cabrito assado ou bacalhau à lagareiro e não pagará mais do que 15€.

Se quiser passear, aventure-se por Piódão, que este ano entrou para a lista das Maravilhas de Portugal, dedicada às aldeias. Premiada na categoria de aldeia remota, Piódão, em Arganil, fica a cerca de 30 kms.
 (Caldas S. Paulo, Oliveira do Hospital. 23 824 9040)

Recomendado: Luxo em família

Maio

Georgia
Por Will Milner Time Out Bahrain

Entre toda a família Time Out não estamos em todo o lado, mas dificilmente haverá lugar que não tenhamos explorado em guias. Para falar da Georgia, um destino unânime em todas as listas especializadas, encontrámos um especialista Time Out nos Emirados Árabes Unidos.

A cada dois anos, os editores especializados em viagens apontam a Georgia como um destino a descobrir com urgência – e a Time Out não é excepção. Invariavelmente, o país é descrito como um fascinante ponto de fronteira entre a Europa e
 a Ásia e a conversa passa sempre por uma descrição da deslumbrante capital Tbilisi. Fala-se da cidade velha, pontuada pela dramática fortaleza de Narikala, lá no topo, e tecida por séculos de uma mistura cultural única, legado de invasões árabes, mongóis, gregas e russas, chama-se a atenção para ruas onde antigas igrejas bizantinas convivem com monumentos de arte moderna (espreite a rua Sioni. Descreve-se uma cidade e país que ainda são uma espécie diamante em bruto, um ponto de passagem entre mundos, cruzamento único de novo e o antigo, ponto de encontro de paisagens surpreendentemente familiares e outras de uma estranheza quase alienígena. E é tudo verdade. Para lá da capital, damos-lhe quatro sugestões de paragens únicas para fazer no país.

Mtskheta 
Comecemos por perto. A cidade tem a particularidade de se escrever com cinco consoantes seguidas e de ficar a apenas 20 quilómetros da capital, Tbilisi. É um importante centro do Cristianismo nesta parte
 do mundo desde o ano 335 e continua a ser a sede da Igreja Ortodoxa da Georgia, que a declarou cidade santa em
 2014 – por isso sim, espere ver muitas igrejas. Mas também uma paisagem fascinante, no lugar onde os se encontram os rios Kura (que atravessa Tbilisi) e Aragvi. A cidade velha foi declarada Património Mundial da Unesco em 1994.

Distância de Tblilisi: 20 km.

Uplistskhe
Mais um nome fácil, que significa “Fortaleza do Senhor”. Tem mais de três mil anos de história, fica a uns 10 km da cidade de Gori (que também merece uma visita, mais que não seja por ser onde nasceu Estaline e ter lá um museu dedicado ao homem) e é um acumulado fascinante de tradições religiosas. A cidade foi esculpida na rocha e tem uma intrincada rede de túneis subterrâneos. De Tbilisi aqui leva uma hora de comboio e paga entre 6 a 9€.

Distância de Tblilisi: 99 km.

Vardiza
É outro fascinante ponto de história acumulada e compete com Uplistsikhe pela sua atenção. Um mosteiro escavado na rocha durante o século XII. O complexo estende-se por 500 metros montanha adentro e depois distribui-se por 13 níveis de montanha acima.
 O ponto central é a Igreja da Dormitação, um santuário esculpido em rocha que exibe uma montagem apaixonante de murais que fundem estilos orientais, bizantinos e românicos.
Distância de Tblilisi: 207 km.

Ushguli 
É uma comunidade de quatro aldeias localizada 2100 metros acima do nível do mar na província de Svaneti. É uma das mais altas povoações continuamente habitadas de toda a Europa (vivem aqui cerca de 200 irredutíveis) e mantém-se mais ou menos intocada pela sua localização de difícil acesso. É daqueles lugares onde só vai querer ir no Verão. Mas que nunca mais há-de esquecer.
Distância de Tblilisi: 365 km.

Ida e Volta
Tbilisi
A partir de 271€*, 
pela Baltic Airlines
Uma das coisas que faz da Georgia um grande destino é
 o preço. Desde logo, no voo. O mês de Maio está longe de ser o mais barato e mesmo assim consegue facilmente um voo por menos de 300 euros. Seja pela Baltic Airlines (com escala em Riga), seja pela Turkish Airlines (com escala em Istambul). Em ambos os casos, demora umas oito horas.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Sochi
Já que aqui está, aproveite, e de um pulo até à cidade russa onde Portugal começa a disputar o Mundial.

Vá a banhos no Mar Negro e depois vá ver a selecção. Da fronteira da Geórgia a Sochi, onde a selecção portuguesa começa a disputar a fase de grupos do Mundial a 15 de Junho, vão apenas 40 km. O clima na costa georgiana do Mar Negro tende a passar de uma Primavera curta para um Verão de temperaturas ao estilo mediterrânico. Em início de Junho, pode facilmente contar com 25 a 30 graus. Pasar, Kobuleti and Ureki são nomes que surgem em qualquer pesquisa por férias na região. Mas apontemos um pouco mais a norte, para Anaklia, um resort relativamente recente, mais moderno, sobre uma praia coberta de areia amarela. Conta já com vários hotéis de padrões europeus – o que não é necessariamente garantido em todo o país. O mais importante é que fica a apenas 200 km por estrada de Sochi.

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Junho

Açores
Por Luís Leal Miranda Responsável pela edição anual Time Out Açores

Elegemos os Açores como um dos destinos do ano 2017. Voltamos a elegê-lo para 2018. Não é falta
 de imaginação, é excesso de conhecimento e de paixão pelo lugar. Eis oito razões para o convencer.

Oito razões para ir aos Açores em 2018 

1. A comida
Ainda não é um destino de foodies e talvez nunca venha a ser. A gastronomia açoriana é feita para conseguir likes do nosso estômago, não do Instagram. A fraca fotogenia dos pratos das ilhas é compensada com muito sabor. Eis uma lista rápida dos essenciais: cozido do Parque
 de Campismo das Furnas, chicharros fritos do Mané Cigano, peixe fresco da Caloura, bife do Alcides (todos em São Miguel), alcatra de peixe do Boca Negra, alcatra de carne no Ti Choa (Terceira) e todos os pratos do Pôr do Sol, nas Flores, o melhor restaurante do meio do Atlântico.

2. Os vulcões

Não só pela maneira como moldam a paisagem – qual moldar, os vulcões criaram os Açores, são um projecto de autor das entranhas da Terra – criando as magníficas caldeiras, montes e vales. Mas também porque é graças a eles que existem piscinas de água quente que fazem do arquipélago um dos poucos destinos europeus onde podemos ir a banhos o ano inteiro. Senão vejamos: Termas da Ferraria, Poça da Dona Beija, Parque Terra Nostra (São Miguel) e Termas do Carapacho (Graciosa).

3. As fajãs

São pequenas línguas de terra 
junto ao mar, no final de uma 
arriba, normalmente ocupadas 
por pequenas aldeias onde, por breves instantes, planeamos viver para sempre. São uma das mais encantadoras idiossincrasias das ilhas e o nosso acidente geográfico preferido. Não há duas fajãs iguais, mas as mais emblemáticas estão
 em São Jorge: Fajã dos Cubres, da Caldeira de Santo Cristo e dos Vimes.

4. As praias
Não é a primeira coisa que vem
 à cabeça quando pensamos em Açores, mas devia ser. Afinal estamos a falar de nove ilhas rodeadas por mar. O “fazer praia” nos Açores é diferente do “fazer praia” do continente. Implica menos areia, mais pedras, um mar frio e um clima imprevisível. No entanto, desafiamo-lo a encontrar uma praia mais bonita do que a do Varadouro, no Faial.

5. As pessoas

É um lugar comum, claro que é. Ah, “as gentes” dos Açores. Essa expressão normalmente designa um povo simpático 
e subserviente, dependente 
do turismo e, por isso, extremamente afável. Ora os açorianos não são nada disso. São, sobretudo, generosos, curiosos e fascinados pelo sítio onde vivem. Se o tratam muito bem não é porque o querem impressionar. É só porque querem partilhar um pouco do tanto e tão bom que têm.

6. As surpresas
Há um deserto em Santa Maria 
(o Barreiro da Faneca), um rio de água gaseificada em São Miguel (as Lombadas), uma descendente de uma árvore que sobreviveu à bomba atómica de Nagasaki no Faial (Jardim Botânico), uma plantação de café perdida numa fajã em São Jorge (Café Nunes), a maior montanha de Portugal no Pico, vulcões por onde podemos entrar na Terceira (Algar do Carvão) e na Graciosa (Furna
do Enxofre), um wallpaper do Windows em versão real nas Flores (Poça da Alagoinha) e 
um paraíso do birdwatching no Corvo. É difícil dar com isto tudo, mas felizmente existe um guia Time Out Açores.

7. As festas
Há muitas festas religiosas durante o Verão (as Sanjoaninas na Terceira, a Semana do Mar
no Faial, etc.) e a Páscoa traz as Festas do Santo Espírito para todas as ilhas. Mas se precisa de uma desculpa para apanhar um avião veja o cartaz do Festival Tremor, de 20 a 24 de Março, um dos melhores pequenos festivais da Europa.

8. A língua
Sim, fala-se português, o que para os viajantes monoglotas pode 
ser uma grande vantagem. Mas não é um português qualquer. É
 a língua de Camões refrescada pelos ares do atlântico, que deu
 à luz uma série de expressões deliciosas: uma corrente de ar é “vento encanado”, uma camisola é uma “suera”, um gorro é um “pirata”, uma pessoa feia é um “chaprão” e as molas da roupa chamam-se “pregos”.

Ida e volta
Ponta Delgada
A partir de 50€* pela Ryanair
A esta distância, as simulações dão este valor apenas pela companhia low cost. Mas mantenha-se atento às campanhas e promoções da TAP, que também lhe podem trazer boas supresas entretanto. Tem ainda voos directos diários da Sata para a Terceira e três vezes por semana para o Faial. Tudo depende do plano que tiver para explorar o arquipélago. Em caso de dúvida, consulte o guia Time Out Açores, numa banca perto de si.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Julho

Singapura e Hong Kong
Por Tiffany Chow e editores Time Out SingapuraHolly Graham Time Out Hong Kong

E que tal umas férias gastronómicas? Em Singapura e Hong Kong pode comer o mundo sem nunca sair desiludido – as duas cidades juntas têm quase uma centena de estrelas Michelin, inclusive uma banca de rua. Não se perca.

Apesar de Singapura estar no top das cidades mais caras, há várias coisas em conta e até grátis que pode fazer sem que esteja a perder o melhor da cidade. Comece por descobrir as sete estátuas do Merlion, a mascote criada pelo Turismo de Singapura em 1964, um híbrido de leão e peixe que encontrará em qualquer souvenir.

Há apenas sete estátuas oficiais e descobri-las pode ser uma forma divertida de conhecer a cidade. Nós dizemos-lhe as três obrigatórias. Comece pelo Merlion Park. É
aqui que está a primeira estátua, construída em1972. Esta é provavelmente a zona mais turística da cidade e não é por acaso: é altamente instagramável. Passe também por Mount Faber, mas escolha o final do dia – é o melhor spot para ver o pôr-do-sol. E acrescente ainda à lista o Merlion em Sentosa (33 Allanbrooke Road). É a mais alta de todas as estátuas (37 metros de altura), de tal forma que nesta é possível subir à boca do animal para ter uma vista de Singapura. A subida de elevador custa cerca de 7,5€.

Singapura é ainda provavelmente a cidade com mais restaurantes com estrelas Michelin – são 38 –, mas saiba que é possível também comer bem sem gastar muito. Aliás, sabia que em Singapura uma banca de comida rua foi premiada com uma estrela Michelin? Não se espante por isso com a longa fila (às vezes com mais de duas horas de espera), mas acredite que vale a pena. Falamos do Liao Fan Hong Kong Soya Sauce Chicken Rice & Noodle (#02-126 Chinatown Food Complex, 335 Smith St). Prove a galinha com molho de soja. A pele estala assim que lhe põe os dentes e dá lugar a uma carne macia e suculenta. Não pagará mais de 10€ pela refeição. Tire ainda um dia para conhecer a ilha de Kusu (a viagem de barco custa cerca de 11€ e leva cerca de 45 minutos). Peça um desejo no templo (na foto ao lado) e conheça o santuário das tartarugas.

E já que aqui está, descubra Hong Kong através destes bairros 

1. Esqueça o caos do bairro vizinho de Lan Kwai Fong, conhecido pela vida nocturna – o Soho é que é o coração da noite de Hong Kong. Com bares de cocktails estelares como o The Old Man (37 Aberdeen Street, Central), inspirado em Ernest Hemingway. Aqui, nenhum canto do planeta é deixado de fora no que à cozinha diz respeito. Destacamos a comida neo-cantonesa do Happy Paradise (52-56 Staunton Street, Central).

2. Tai Hang é o mais recente bairro da moda para os foodies em Hong Kong, com restaurantes incríveis a delinear as suas
ruas pitorescas. Adoramos o subestimado Mustard (12 King
St, Tai Hang), com raízes locais: a comida é europeia, mas as noites de karaoke improvisado são claramente Hong Kong.

3. A margem do rio em Tsim Sha Tsui é o melhor lugar para ver a vista espectacular do horizonte de Hong Kong. Para uma vista ainda melhor, suba ao Hutong (28/F, 1 Peking Rd, Tsim Sha Tsui) e prove a comida do Norte da China – alguma espectacularmente picante.

Ida e Volta
Singapura, a partir de 488€* pela Lufthansa
Se planear com tempo, encontra vários voos abaixo dos 500€, conte é com uma escala com mais de 15 horas. Estes voos que lhe sugerimos param em Frankfurt. Uma vez em Singapura, não perca a oportunidade também de conhecer Hong Kong. Há voos diários e a diferentes horas e gastará pouco mais de 100€ numa viagem de ida e volta de Singapura.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

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Agosto

Croácia
Por editores Time Out Croacia

Na Croácia há ilhas para todos os gostos. São 1200. Todas elas verdejantes e de água cristalina. Procura uma ilha para passar uma semana de férias ou uma ilha para passar o dia? Prefere uma ilha quase deserta ou uma repleta de bares e restaurantes? Estas são as melhores.

1. Hvar

Provavelmente já ouviu falar de Hvar, destino escolhido por muitas celebridades. Mas fique a saber que apesar da reputação, Hvar é muito mais do que um destino para pessoas ricas. Fuja do centro da cidade e procure as cidades costeiras modestas de Stari Grad e Jelsa. Aqui vai encontrar história, património e cultura – além de 2724 horas de sol por ano.

2.Vis
A grande atracção aqui não é a ilha propriamente dita – apesar de como seria de esperar da Croácia, ser de sonho –, mas a gruta azul de Biševo, ao estilo de Aladino, que se esconde fora da costa. É a ilha mais distante da Croácia continental e entre 1950 e 1980 serviu de base militar às forças jugoslavas, não podendo então ser visitada. Talvez por isso ainda tenha o ar de paraíso intacto.

3. Rab

Foi em 1936 que o Rei Eduardo VIII pôs esta ilha no centro das atenções, quando a escolheu para levar a sua mulher Wallis Simpson. O rei não demorou a tirar a roupa e a atirar-se para água. Consta a história que foi assim que começou a tradição nudista na zona. Às praias impressionantes não chegam os ventos turbulentos da montanha.

4. Korčula
É conhecida pelo vinho branco e pelas florestas. É a segunda ilha mais populosa na região do Adriático, um misto de aldeias sossegadas e vinhas que se confundem com os bosques
e vilas piscatórias ao longo 
da costa. A cidade de Korcula 
é muitas vezes apelidada de “Pequena Dubrovnik”.

5. Brač
A uma pequena viagem de ferry da cidade de Split, Brač é a maior das ilhas centrais de Dalmácia com quase 14 mil habitantes, o seu próprio aeroporto e a maior montanha de qualquer ilha do Adriático. Esta ilha atrai visitantes menos ostensivos do que Hvar e sua principal oferta é a sua história rica – é habitada desde o Neolítico.

6. Cres
É o modelo arquetípico de uma ilha croata: florestas de carvalho nas colinas, penhascos imponentes
ao longo de toda a costa e cidades com a dose certa de antiguidade capazes de nos levar para outro tempo. É provável que descubra o ornitólogo que existe em si – Cres é conhecida pela sua população de grifos.

7. Murter
Ao contrário da maioria das ilhas nesta lista, a magia de Murter não está na tranquilidade mas na atmosfera efervescente de festa. Desde que Tisno se tornou a casa do Garden Festival, o festival de música electrónica que acontece anualmente em Julho, que a 
ilha se tornou a sede de uma série de festivais como o Love International, Electric Elephant, Soundwave e o SunceBeat.

8. Mljet

Uma das ilhas mais idílicas de 
todo o arquipélago, Mljet é casa de uma série de criaturas marinhas. Os dois lagos de água salgada – Veliko and Malo Jezero – atraem nadadores para as águas tranquilas e uma especialidade local de queijo de cabra atrai os visitantes para os restaurantes.

Ida e Volta
Split
A partir de 248€* pela KLM
Para viajar para as ilhas, pelo menos para grande parte destas que lhe sugerimos, o ideal é viajar para Split, a segunda maior cidade da Croácia. É a cidade que fica mais perto das ilhas, apresentando as melhores opções para lá chegar. Não existem, no entanto, voos directos. Estes fazem escala em Amesterdão, mas não espera mais de seis horas.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Setembro

Douro
Por Mariana Duarte Time Out Porto

É outro destino que se repete este ano e nós repetimos o que já lhe dissemos lá atrás sobre os Açores: quanto mais conhecemos, mais razões encontramos para voltar a este paraíso de beleza sem prazo. Damos-lhe uma sugestão para três dias de fuga no tempo das vindimas.

Três dias no Douro podem ser sinónimo de um retiro num hotel de cinco estrelas, com piscina, restaurante, bons vinhos e uma vista de tirar o fôlego – até porque há poucas regiões em Portugal que têm tantos e tão bons hotéis como o Douro. Mas aconselhamo-lo a não se ficar por aí. Há todo um mundo à sua espera, e esse mundo inclui muita comida
 e uma grande variedade de paisagens (é fundamental levar carro). Um bom local de boas-vindas é o Talho Qualifer, à entrada do Pinhão (Rua António Manuel Saraiva, 45 A, Pinhão) – pode não comprar nada mas vai levar com muitas provas de enchidos em cima e histórias mirabolantes. Em Lamego não falhe o arroz de salpicão da Adega Matos (Rua de Trás da Sé. Encerra Dom ao jantar. 25 461 2967. Preço Médio 10€) e as epifanias vegetarianas de Ljubomir Stanisic, no restaurante Terroir (Quinta de Vale Abraão, Samodães, só jantares Ter-Sab no Verão. Preço médio 50€). Em Sabrosa faça uma visita guiada à Quinta do Crasto (Gouvinhas, Sabrosa. Marcações 25 492 0020) com prova de vinhos incluída. Para um passeio de barco a sério, que nos leva aonde os cruzeiros turísticos não vão, siga até Barca d’Alva e fale com Dário Arrepia (Largo das Faias, Barca d’Alva, Seg a Dom, 5-15€. Marcações
 96 366 3829) De resto, vale a pena investir numa road-trip para perceber o quão ricas e distintas são as paisagens do Douro (não, não são só encostas). Faça o troço da N222 entre Peso da Régua e Pinhão, que foi eleito pela Avis como a melhor estrada do mundo para conduzir; explore o incrível Parque Natural do Douro Internacional, que abarca os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro e Mogadouro (tem momentos em que parece algo entre o deserto americano e o Alentejo); passe por miradouros como o de Penedo Durão; e não perca o Parque Natural do Alvão, que tem formações graníticas únicas.

Onde dormir 

No Douro abundam lugares incríveis para dormir. Dois deles estão aqui. São duas estadias 
de luxo tornado um pouco mais acessível pelas campanhas 2por1 da Time Out. Com a nossa caixa 10 Grandes Hotéis de Portugal, tem uma segunda noite de oferta nestes dois refúgios paradisíacos.

Casas do Côro
Ficam em Marialva, numa das aldeias históricas mais bonitas do país e são um conjunto de 13 casas – oito delas são suites com lareira – decoradas num estilo cosy chic e muito confortável. À localização única, perto de outras aldeias
que merecem a visita, junta-se um Eco-Friendly Concept Spa, virado para o castelo, com piscina interior e exterior aquecida, com jacuzzi duplo, sauna e banho turco. Há ainda possibilidade de alugar bicicletas para um passeio, de embarcar numa viagem pelo Douro Superior ou de sair a pé para explorar a natureza. (Largo do Côro, Marialva. 91 755 2020. Suítes a partir de 235€. www.casasdocoro.pt)

Moinhos de Ovil
Chamam-lhe o paraíso perdido
 e não estão longe da verdade. Situados em Baião, no Douro, são dois moinhos transformados em casas para alugar em exclusivo (são três quartos, dois deles com possibilidade de cama extra). Decorados numa linha rústica mas cheia de pinta, os quartos têm um charme único, incluem uma salamandra e uma varanda em cima do rio Ovil, que dá para uns mergulhos. Mas é sobretudo ideal para ajudar a desligar de tudo e aproveitar o melhor da natureza.
 (Encontro no centro da aldeia,
Estrada Nacional 108, 139, Eiriz, Baião. 96 763 9211. Aluguer da quinta em exclusivo a partir de 245€ por noite, por casal. www.moinhosdeovil.pt.)

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Outubro

Cidade do México
Por Ale Villegas e Melissa Moreno Time Out Cidade do México

Este ano, todas as atenções se viram para a Cidade do México, nomeada Capital Mundial do Design. Aventure-se por aqui, mas escolha Outubro para aproveitar a maior festa do país: o Dia dos Mortos. Não vão faltar programas para ocupar dia e noite.

Quatro jóias arquitectónicas

Museu Soumaya
Podia levar o prémio de museu
 com a arquitectura mais peculiar.
 A brilhante e assimétrica fachada, formada por 16 mil hexágonos de alumínio, é uma marca particular
 do edifício desenhado por Fernando Romero. Mas deslumbra ainda mais entrar no museu e dar de caras com O Pensador, de Auguste Rodin, escultura que integra a colecção de 6200 obras. (Miguel de Cervantes Saavedra 303, Ampliación Granada, Saída do metro: Polanco ou San Joaquín)

Edifício Aristos
Uma obra-prima da arquitectura contemporânea. Tem uma fonte no centro que evoca Gaudí. (Av. Insurgentes, Roma)

Escuela Normal de Maestros
O maravilhoso deste lugar é um 
mural de José Clemente Orozco, que funciona como fundo do teatro ao ar livre da escola. (Mexico-Tacuba 75, Un Hogar Para Nosotros. Saída do metro: Normal)

Pabellón Rayos Cósmicos
Foi um dos primeiros edifícios
 com estrutura parabólica. Serviria para estudar os raios cósmicos e a desintegração nuclear. Hoje funciona como um armazém. (Circuito Interior, Ciudad Universitaria. Saída do metro: Copilco)

Seis destinos turísticos aqui perto

1. Las Pozas, Xilitla
Foi na selva que o coleccionador milionário Edward James materializou os seus sonhos com
um jardim surrealista. São mais de 36 formas dispostas de maneira labiríntica: portas que levam a nada, um palácio de bambu ou flores artificiais que se confundem na terra.
Distância: 425 km

2. Real de Catorce
As antigas minas da Sierra de Catorce são hoje um lugar de devaneio que lhe dará a impressão de estar num set cinematográfico.
Distância: 653 km

3. Nevado de Toluca

Uma viagem curta desde a Cidade do México que o fará sentir nos Himalaias
Distância: 133 km

4. Oaxaca
Caminhar em Oaxaca é uma experiência em si mesmo: a arquitectura e o verde não têm igual.
Distância: 464 km

5. Prismas basálticos

É uma das paisagens naturais 
mais surpreendentes do centro do México, uma das atracções mais famosas do povo mágico de Huasca de Ocampo, em Hidalgo. As cascatas de 30 metros de altura são altamente instagramáveis.
Distância: 126 km

6. Guanajunato
Museus, restaurantes, lojas, taquerias. A diversão em Guanajunato nunca morre.
Distância: 330 km

Ida e Volta
Cidade do México
A partir de 733€*,
 pela Iberia
Não existem voos directos, este que sugerimos faz escala em Madrid, onde terá de esperar cerca de 13 horas pela ligação. Pode sempre aproveitar para dar um passeio pela cidade espanhola. Uma sugestão: explore a lista das 20 coisas que tem de fazer em Madrid. Está tudo em timeout.com/madrid.


*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Novembro

Tóquio
Por Megan Waters e editores Time Out Tóquio

O Outono pode muito bem ser uma das melhores alturas para visitar Tóquio. As paisagens ganham novas cores e há muitos festivais a acontecer na cidade, mas não só. Se há coisa boa em Tóquio é que é fácil chegar a todo o lado. Ora descubra.

É muitas vezes apontada como uma cidade cara, reputação pouco merecida, talvez por falta de conhecimento. A pensar nisso, damos-lhe sugestões em conta para que possa vir e aproveitar à grande e de forma autêntica.

Ora, é impossível falar de Tóquio e não pensar em sushi. Procure o Sakaezushi (1-18-5 Tateishi, Katsushika-ku), um restaurante de sushi sem lugares sentados, onde uma refeição para dois rondará os 30€. Dificilmente encontrará melhor relação qualidade/preço. À procura de um bom ramen? Então, vá ao Afuri (1-1-7 Ebisu, Shibuya-ku) – está aberto até às cinco da manhã e não gastará mais de 10€ por pessoa. Entre refeições, não perca a oportunidade de ver
um espectáculo de kabuki, um género dramático japonês, que mistura dança, canto e teatro. Habitualmente tem três actos, mas no Teatro Kabukiza (4-12-15 Ginza, Chuo-ku), o principal teatro de kabuki, pode comprar bilhetes para apenas um acto (vendidos no próprio dia e cujo preço varia entre 6€ e os 15€). Conheça ainda o Museu do Sumo (Kokugikan 1F, 1-3-28 Yokoami, Sumida-ku), a entrada é grátis. Para dançar até de manhã sem esvaziar a carteira, escolha a discoteca Oath (Aoyama Bldg. 1F, 4-5-9 Shibuya). Há bebidas a partir dos 4€. Outra dica? No último andar da Louis Vuitton – não se deixe intimidar pelas grandes portas da loja – há uma galeria de arte. A entrada é gratuita e além das exposições que acolhe, tem uma vista sobre a cidade de Tóquio muito instagramável.

E agora duas escapadinhas

Uma das melhores coisas de Tóquio é a facilidade com que conseguimos sair da cidade e explorar os arredores, como é o caso de Karuizawa – cidade onde muitos dos habitantes de Tóquio têm uma segunda casa. Comece o dia na parte antiga da cidade, repleta de lojas, cafés e restaurantes tradicionais, e aventure-se depois no parque natural Karuizawa Taliesin. Aprecie o lago Shiozawa, com vista para o vulcão do Monte Asama.

Como ir: Karuizawa fica a cerca de uma hora de Tóquio no comboio de alta velocidade Hokuriku Shinkansen. Compre o bilhete JRTOKYO Wide Pass (74€) para viagens ilimitadas durante três dias na área de Tóquio e Kanto.

Kamakura é uma pequena cidade costeira, apontada muitas vezes como a Quioto
 do Japão Oriental pelos seus muitos templos, santuários e monumentos históricos. No topo da lista deve estar uma visita ao Grande Buda de Kamakura. Esta estátua de bronze é a segunda mais alta do Japão. Feita em 1252, este buda tem observado pacificamente os seus visitantes desde 1495. Se for com tempo, visite ainda o Tsurugaoka Hachimangu, o maior santuário xintoísta de Kamakura.

Como ir: Kamakura fica a menos de
uma hora de Tóquio a partir da estação
 de Shinjuku via JRYokosuka ou Shonan- Shinjuku. A opção mais barata,mas mais lenta (90 minutos), é usar o passe Enoshima Kamakura (11€) – ida e volta da estação de Shinjuku para Kamakura, bem como uso ilimitado da linha Enoden durante o dia.

Ida e Volta
Tóquio, a partir de 579€* pela Lufthansa
Não existem voos directos, estes que sugerimos vão para o aeroporto de Haneda, a uns 20 km do centro da cidade (Shinjuku). A escala faz-se em Frankfurt e esperará 17 horas pela ligação. Aproveite e vá passear pela cidade alemã. Também lá temos família que o pode ajudar a fazer um plano para estas horas. Ora anote aí a morada: www.timeout.com/frankfurt.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

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Dezembro

Londres
Por Matilda Egere-Cooper Time Out Londres

Londres ganha uma magia maior no Natal. As luzes multiplicam-se pela cidade, tal como as decorações natalícias, que parecem cenários de qualquer filme. Já para não falar nas muitas lojas onde vai querer comprar todos os presentes.

Nove razões porque adoramos o Natal na cidade

1. As pistas de gelo na Somerset House e no Museu de História Natural
É um clássico da cidade em Dezembro. Patinar e ouvir todos os hits de Natal.

2. As montras da Fortnum & Mason
É uma das lojas históricas da 
cidade, conhecida pela sua oferta
gourmet e pelas montras que são
 tantas vezes autênticas obras de
arte–ainda mais no Natal.

3. O Borough Market
Não é apenas pelas luzes e a árvore de Natal, mas também pelo no vinho quente e toda a oferta de comida festiva.

4. As luzes de Seven Dials
A iluminação natalícia é bem mais discreta aqui do que em Oxford Street ou Regent Street, mas ainda assim é dos sítios mais bonitos nesta altura do ano.

5. As montras vivas no Selfridges
São autênticos contos de Natal, com pessoas de carne e osso. Difícil é conseguir arranjar lugar para apreciar.

6. Assistir a um concerto Royal Albert Hall
Acontece todos os anos. Todas as canções de Natal pelo Royal Choral Society nesta mítica sala.

7. Os muitos mercados
 de Natal

São o local ideal para as compras que a data exige. Dos ingredientes mais frescos às prendas mais originais.

8. Passar pela Trafalgar Square na véspera de Natal
Deve ser a única altura do ano 
em que não se vê praticamente ninguém na rua, uma oportunidade única para apreciar a praça.

9. Aquecer num pub

Já se sabe que para os londrinos, os pubs são uma extensão de sua casa. Só por isso, esta lista não pode fechar sem uma menção a isso, seja para uma cerveja ou um vinho quente.

Ida e Volta
Londres, a partir de 84€* pela TAP
Viajar nesta altura costuma ficar sempre mais caro, mas se seguir as nossas dicas e aproveitar agora para marcar, ainda encontra voos muito em conta, seja de manhã ou de tarde.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Janeiro

Sydney e Melbourne 
Por editores Time Out Sydney e Time Out Melbourne

Na Austrália, os editores de Sydney e Melbourne já disputam a sua atenção. Já que vai viajar para o outro lado do mundo, o nosso conselho é que aceite o convite de ambos. Já agora, fique a saber que também temos família em Adelaide, Perth e Brisbane.

Sydney 

Quando a Time Out Sydney
 tem visitas, a primeira coisa que recomendamos é uma caminhada de seis quilómetros junto à costa, entre Bondi e Coogee. Pode começar com um mergulho. A piscina oceânica mais fotografada da Austrália chama-se Bondi Icebergs Pool e fica na Bondi, a praia mais famosa de Sydney. Por 4,50€ tem acesso à piscina de água salgada de 50 metros, à sauna e ao ginásio. O resto do caminho vale todo a pena – passa as praias de Tamarama, Bronte e Clovelly – mas preste especial atenção
 a Gordon’s Bay, um recanto fantástico para snorkeling mesmo aqui nos subúrbios de Sydney (90 minutos por 100€). Se conseguir chegar à praia de Coogee, parabéns: recompense-se com uma cerveja gelada no obrigatório Coogee Pavilion.

Outro passeio obrigatório, o Royal National Park. Fica a menos de uma hora do centro da cidade e estende-se por 
16 mil hectares de vegetação intocada ao longo da costa a
sul de Sydney. Ideal para quem quer nadar, fazer trekking, piqueniques, andar de bicicleta ou simplesmente para se pirar de Sydney e passar um dia ao ar livre. Aconselhamos carro até Cornulla e daí apanhar o ferry. Não é o caminho mais rápido, mas é o mais pitoresco.

No centro da cidade duas dicas. A primeira, não deixe de subir à Harbour Bridge. Custa-lhe uns 170€, mas é mesmo um local que tem de fazer pelo menos uma vez na vida. É uma experiência difícil de descrever e incrível de testemunhar. A outra, claro, é uma dica para comer. Jante no Hubert (15 Blight
Street), o restaurante francês underground que venceu a edição 2017 dos Time Out Sydney Food Awards. A decoração é incrível – uma espécie de bunker ao estilo Belle Époque – e a comida ainda melhor. O nosso conselho? Frango. Sim, parece vulgar, mas vá por nós, peça-o de fricassé. E não conte pagar mais que 35€ por cabeça.

Melbourne 

Se é um visitante da bela cidade de Melbourne, a Federation Square é um bom ponto 
de partida. Além de todos os eventos gratuitos que acontecem regularmente na praça (mercados, concertos, exposições, e por aí fora), está
a curta distância do parque Birrarung Marr e dos Royal Botanic Gardens, da National Gallery of Victoria (a mais antiga e visitada galeria de arte do país) e da Flinders Street Station (a estação mais Instagrammada da Austrália). Além disso, o Melbourne Visitor Center também
está aqui, caso precise de informações.

O que fazer à noite? Facto: Melbourne tem uma colecção de bares escondidos como nenhuma outra cidade. E sim, estamos prestes a trair todos os melburnianos e a revelar os nossos melhores segredos subterrâneos. 
Temos um bar que parece um laboratório localizado abaixo de uma viela minúscula – Croft Institute (21 Croft Alley); um atrás da porta de um frigorífico – Jungle Boy (96 Chapel St); outro atrás de uma estante de livros – Loch and Key (34 Franklin St); um no telhado de um restaurante chinês – Goldilocks (4/264 Swanston St); e um bar estilo armário que mal encaixa dez pessoas – Bar Americano (20 Presgrave Pl ).

E agora duas escapadinhas, a Ilha de Philip fica a uma hora e meia de Melbourne. É um pequeno pedaço de céu costeiro com uma costa escarpada e salpicada de praias perfeitas para natação, surf e observação de focas: a ilha tem mais focas do que gente. Mas a grande atracção são os pequenos pinguins que, todas as noites, como um relógio, desembarcam para pernoitar em terra na praia de Summerland.
Distância: 120 km


Noutra direcção, o Yarra 
Valley é 
um dos principais destinos gastronómicos de toda a província de Victória. Este 
vale verdejante é uma célebre região vinícola e fica a pouco mais de uma hora do centro de Melbourne. A oferta de passeios 
e provas em adegas é incrível – aconselhamos as casas De Bortoli, Rochford Wines, Kellybrook e Coldstream Hills.
Distância: 144 km

Ida e Volta
Sydney, conte com 1100€* 
pela British Airways
Será sempre o destino mais barato no país. Se planear com bastante antecedência, vai seguramente conseguir negócio bem melhor. Esta tarifa implica 30 horas e duas escalas (Londres e Hong Kong). Encurtar uma escala (e umas seis horas) significa mais 200€.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Já que voou até aqui, não perca estas águas

Whitsundays (na foto principal)
A partir de 266€*, pela QANTAS a partir de Sydney 
Se está a pensar atravessar o globo para se aventurar na Austrália, então planeie bem e acrescente as ilhas Whitsundays à sua lista – escolha Janeiro para a viagem, mas só para 2019, para ter tempo de marcar tudo o que precisa. Um paraíso tropical com praias de areia branca e água azul turquesa. Mergulhe na Grande Barreira de Coral e nade com as tartarugas, descubra as muitas ilhas (são 74) de avião e aventure-se de barco à procura da melhor praia.
*Valores calculados em Janeiro. Podem variar

Porta de Embarque Time Out

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