Em época alta, nesta casa na Quinta Grande, em Câmara de Lobos, vendem-se em média 200 a 500 ponchas por fim-de-semana. A bebida acompanha bem com uns tremoços temperados e amendoins. Está de portas abertas há mais de 70 anos e mantém a decoração, com armários de loiças antigas, notas de escudos e fotografias autografadas pelas muitas celebridades portuguesas que por aqui já passaram.
A dinâmica da noite na Madeira tem uma característica particular, acontece maioritariamente em dois ambientes distintos: nos bares de rua e nos bares de hotel, acabando invariavelmente numa das muitas discotecas do Funchal. E do mesmo modo que se sabe quase sempre onde vai acontecer o último copo, há também que saber que o primeiro da noite será a famosa poncha, a bebida criada por pescadores para aquecer noites frias. Entretanto, e por motivos que envolvem a saúde do fígado, rapidamente se percebeu que uma noite inteira regada a aguardente podia ser contraproducente, pelo que locais e turistas começaram a explorar formas mais ligeiras (e menos imprevisíveis) para aproveitar a noite. Daí apareceram os bares de cocktails e os bares de hotel abertos ao público, no mesmo registo dos estabelecimentos de rua, com a grande vantagem de a maior parte oferecer vista para o mar.
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