Arquitectura
O projecto do arquitecto Camilo Rebelo visou principalmente as acessibilidades, o que se nota através da renovação da loja, da recepção, das instalações sanitárias e da instalação de um elevador.
Cenografia
Como se de um cenário de teatro se tratasse, o espaço foi reformulado por Tito Celestino da Costa, um profissional com experiência em cenografia de época. A intervenção faz-se notar através de detalhes como a cor das várias divisões, a renovação dos cortinados, a colocação de tapeçarias (algumas feitas de raiz) e até mesmo a alteração do mobiliário de alguns espaços. Destaque especial para a sala de jantar, agora inspirada no livro Arte do Cozinheiro e do Copeiro, publicado por António Lobo Girão em 1841. Também a iluminação da casa foi trabalhada de modo a sugerir um período anterior à electricidade. Se nalgumas divisões se aproxima mais do aspecto original, noutros ganha um registo contemporâneo, notando-se uma linguagem actual na forma de encarar o espaço.
Arte
O museu ganhou dezenas de obras de arte, todas de autores consagrados. Entre estes contam-se nomes como Jean Pillement, Auguste Roquemont, Francisco de José Resende e Giuseppe Nogari. Estas peças não estavam antes expostas e provêm da Colecção da Faculdade de Belas Artes, da Colecção Allen, da Casa Vitorino Ribeiro e do antigo Museu Municipal do Porto.
Restauros
Não foi só a casa a ser restaurada, o mesmo cuidado foi estendido a diversos outros elementos. Entre estes, os três pianos-fortes, ficando um deles pronto a ser usado para concertos no salão de baile. Acrescentam-se ainda vários relógios, uma colecção de leques e uma caixa de música bem ao gosto do período romântico.
Trajes
O núcleo relacionado com a moda ganhou outro relevo. Foi criada uma sala com uma grande vitrine para apresentar a colecção de trajes, que irá ter exposições renovadas frequentemente. Para mostrar estas roupas e acessórios, foram encomendados manequins desenvolvidos pelo Kyoto Costume Institute (KCI) de acordo com as especificidades dos trajes deste período.
Tecnologia
Apesar de recriar um ambiente do século XIX, o Museu Romântico não deixa de ganhar alguma tecnologia. A mais vistosa é uma linha do tempo que ocupa uma parede inteira, mostrando o Porto em 1840 do ponto de vista cultural, económico e político, assim como dados sobre Carlos Alberto de Sabóia. Há ainda uma mesa interactiva no núcleo dos trajes, assim como uma aplicação móvel para os visitantes consultarem durante o percurso.
Visitas
A partir de agora as visitas deixam de ser guiadas, podendo-se circular livremente pelo espaço e decidir não só o trajecto como o tempo que se quer demorar em cada divisão. A aplicação para telemóvel referida acima vai ajudar a ir um pouco mais além na informação disponível nas fichas espalhadas pelo museu.