Azenha do Tio Luís
© DRAzenha do Tio Luís em Vilar de Mouros
© DR

Moinhos no Minho para relaxar no meio da natureza

No Minho, dentro de um moinho, há refúgios rurais que são ideais para umas escapadinhas ecológicas, para relaxar e descansar na paz da natureza.

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No Minho, os moinhos de água eram essenciais à alimentação e sobrevivência das populações, para transformar grãos e cereais em farinha. Alguns estão a ser recuperados e transformados em pequenos refúgios. Se quiser desligar-se do mundo, não precisa de ir muito longe. Estes alojamentos em meios rurais oferecem umas escapadinhas ecológicas na paz verde da natureza, para descansar e relaxar durante uns dias. Bem aconchegados pelas árvores, pelo canto dos pássaros e pela melodia cristalina do rio, estes moinhos em Vilar de Mouros, Paredes de Coura, Póvoa de Lanhoso e Melgaço têm tudo o que precisa para recarregar energias.

Recomendado: Refúgios de ecoturismo onde o Minho é ainda mais verde

Moinhos no Minho:

Moinhos do Poço Verde

A história destes moinhos está ligada a duas das melhores coisas do mundo: amor e chocolate. A fábrica Carabel usava estes edifícios para “extracção, produção e transformação do cacau em deliciosas tabletes de chocolate”, lembra Casimiro Ribeiro. Em 1920, uma mulher apaixonou-se por estes chocolates, o que a levou a conhecer e a apaixonar-se também por um dos seus donos, Germano Carabel. Casaram e “amaram-se até ao fim da vida”. Parte do edifício ainda mantém elementos dessa época, como as mós para a moagem dos grãos de cacau, as levadas e carreiros de água. Os moinhos foram recuperados e são agora dois estúdios T1 equipados com kitchenette e churrasqueira, para uns dias de descanso num refúgio aninhado na margem do rio Laboreiro. Se quiser esticar as pernas, aproveite os trilhos para caminhadas e passeios de bicicleta, por entre florestas e cascatas, visite a aldeia histórica de Castro Laboreiro e experimente a gastronomia da região.

Melgaço. Castro Laboreiro, Lugar da Vila. 59,90-109,90€. moinhosdopocoverde.com

Azenha do Tio Luís

Lá fora, o tranquilo rio roda o moinho. Pela casa, o granito original mistura-se com o conforto moderno. Um soalho em vidro na sala lembra a sua história, permitindo ver o eixo da roda que movia as mós. Em frente à praia do recinto do festival Vilar de Mouros, esta azenha foi recuperada e adaptada para alojamento. A marca do festival vive nos quartos – pode, por exemplo, dormir no Bob Dylan, no Elton John, no José Afonso, no Xutos & Pontapés ou no Dr. Barge (o médico fundador do festival). Este moinho conta com mais de 320 anos de história. “Foi uma das primeiras azenhas de Vilar de Mouros”, diz Diana Pires. “Aqui fazia-se a moagem do trigo, do centeio e do milho, e uma das rodas servia ainda para fazer cabos de madeira para os mineiros.” Laborou até ao fim dos anos 1960 e foi recuperado em 2017 para devolver a vida a esta margem do Coura – o mesmo rio que mais acima passa pelo festival Paredes de Coura.

Vilar de Mouros. Caminho da Azenha, 230. Preço médio: 80€. facebook.com/azenhadotioluis

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Casa Moinho da Porta

Se quiser desligar-se do mundo, não precisa de ir muito longe. Uma estrada em terra leva-o a esta casa na aldeia de Taíde, um cantinho bem isolado na ribeira de Vides, uma afluente do rio Ave. O espaço resultou da recuperação de um antigo moinho de água que estava em ruínas. Carolina Vieira conta que tiveram a preocupação de “conservar o seu ambiente pitoresco e alguns aspectos muito importantes da sua arquitectura vernacular”. Privilegiaram materiais como telhas antigas e ferragens do século XVIII, provenientes de um antigo mosteiro, mantiveram a mó do moinho e o curso de água, que pode ser visto através de um chão envidraçado na sala, mas deram ao interior um “desenho contemporâneo”. Pode aproveitar a piscina privada, o espaço para churrascos e o acesso directo ao rio e à cascata. Aqui perto há muito para fazer – dê um salto ao parque de aventuras DiverLanhoso, ao Gerês, a Braga ou a Guimarães.

→ Póvoa de Lanhoso. Lugar do Moinho da Porta, Taíde. 95€. facebook.com/casamoinhodaporta

Moinho da Corredoura

É um sítio com um encanto próprio em cada época do ano – na beleza ruiva do Outono, com um manto branco de neve no Inverno, no colorido florido da Primavera ou com a frondosa flora a proporcionar sombra no Verão, quando o rio é o melhor refresco. O Moinho da Corredoura é um pequeno paraíso de granito e madeira abraçado por árvores autóctones. Parece que sempre ali existiu, pela forma como se confunde e integra na paisagem natural. Não se sabe ao certo há quanto tempo existe, mas deverá ter mais de 300 anos, tendo sido erguido no tempo em que “o milho chegou a Portugal vindo da América”, explica Carina Mendes. Antigamente, esta estrutura servia para moer milho para alimentar os animais e as pessoas, que usavam a farinha para fazer pão e broa. Hoje, devidamente recuperado, é um bom local de descanso longe da cidade, bem aconchegado pelas árvores, pelo canto dos pássaros e pela melodia cristalina do rio.

→ Paredes de Coura. Valsa-Infesta. 966 417 757. Preço médio: 80€.

Mais Minho:

  • Coisas para fazer

Areais de perder de vista, bares com bons comes e bebes, muitas ondas e muito vento, claro, um bom aliado para quem pratica windsurf, por exemplo. Agora que o Verão está instalado, fizemos-lhe uma compilação das melhores praias do Minho para que possa aproveitar esta época balnear ao máximo. Damos-lhe sugestões do que ver e fazer nas redondezas, o que comer nos restaurantes e como chegar aos sítios sem dramas ou complicações. Pegue na toalha, no protector solar e nesta lista, e faça-se à estrada. Boas férias.

  • Viagens

São lugares com uma vasta riqueza natural, histórica e gastronómica, cápsulas de um tempo em que a vida corria devagar. Partimos à procura das mais belas aldeias minhotas e chegámos a Soajo, Sistelo, Lindoso e Castro Laboreiro, que merecem, no mínimo, pelo menos uma visita nesta vida. Prepare as pernas e as câmaras fotográficas. Mas há mais para fazer por estas bandas. O Minho é rico em bonitas praias, pastelarias com doces de perder a cabeça, e uma série de galerias de arte que deve visitar. Leia o que se segue e fique a conhecer esta região um pouco melhor.

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  • Saúde e beleza
  • Spas

Nas águas e no verde do Minho encontra tudo o que precisa. Do Gerês a Viana do Castelo, de Melgaço a Guimarães. A água, de múltiplas origens, ajuda a relaxar o corpo e a mente. Para que a experiência seja completa, nestes lugares não faltam massagens (algumas delas recorrem a chocolate para um relaxamento a um nível muito à frente) e práticas de reflexologia, uma terapia alternativa que consiste na aplicação de pressão nos pés e nas mãos de forma a produzir em efeitos em outras partes do corpo. Sairá daqui novo, vai ver.

  • Hotéis

Para respirar ar puro e lavar a alma, escolha alojamentos amigos do ambiente, mas sem sacrificar o conforto. Aqui, onde o Minho é ainda mais verde, encontra alojamentos de charme rústico, mas com as mordomias da modernidade. Rodeados de árvores autóctones, em harmonia com a natureza, com o chilreio dos pássaros e o cheiro das flores e frutos. Com casas em pedra e madeira, piscinas naturais, painéis solares, jardins biológicos ou até com quintas que funcionam como santuário para animais e para a flora selvagem. Lá fora, o verdejante Minho convida a caminhadas, a desportos e aventuras.

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