A Divina Comédia - Inferno
Na visão de João Brites para este espectáculo de O Bando, o Inferno somos nós. A nossa acção, a nossa inércia, a nossa resignação. Nesta encenação, Brites, sem ignorar o âmago do original, transfere-o para uma realidade mais simbolicamente terrena. Uma existência em que tudo parte de nós, como indivíduos ou como grupos projectando nos outros os nossos males; procurando uma causa externa, divina, para justificar interesse próprio e egoísmo simples – que o condicionamento religioso e social, afinal, em vez de limitar, ironicamente inflacionou nesta era.