Sophia de Mello Breyner Andresen
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999, o mesmo ano em que foi promulgado o Dia Mundial da Poesia. Cinco anos depois, Sophia deixou este mundo, mas o seu corpo repousa no Panteão Nacional, desde 2014, ano em que o Oceanário de Lisboa também colocou alguns dos seus poemas para leitura nas zonas de descanso da exposição permanente. É que o berço de Sophia pode ter sido o Porto, mas foi em Lisboa que viveu a maior parte da sua vida. O primeiro andar do número 57 da Travessa das Mónicas, entre a Rua de São Vicente e o Largo da Graça, reclamará para sempre a sua presença, entre um café e um cigarro, companhias imortalizadas na fotografia de Eduardo Gageiro. Na Graça, deu ainda nome ao miradouro. Era aí que escrevia muitos dos seus poemas sobre a capital. “Ao virar da esquina de súbito avistamos/ Irisado o Tejo:/ Então se tornam/ Leve o nosso corpo e a alma alada”.