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"A Baixa estava morta. Agora foi incinerada". Foi com estas palavras que o jornalista e olisipógrafo Manuel Múrias comentou o grande incêndio que no dia 25 de Agosto de 1988, faz agora 30 anos, consumiu parte da zona histórica do Chiado, na Baixa de Lisboa. O fogo irrompeu por volta das cinco da manhã nos Armazéns do Grandella, na Rua do Carmo, destruindo, em poucas horas 18 edifícios e uma área equivalente a quase oito estádios de futebol. A Baixa estava então em decadência. Envelhecida, vazia à noite, quase sem moradores e muito prejudicada pela concorrência dos centros comerciais que surgiam por toda a parte, caso do recém-inaugurado nas Amoreiras, a zona já não era o centro social, cultural, turístico e de comércio da capital doutros tempos.