Foi em Barcelona, durante a pandemia, que Lorena Travassos começou a amadurecer a ideia de um sonho antigo: o de abrir uma livraria feminista. A Greta, assim se chama, nasceu primeiro no online, em 2022, e desde então tem reunido, inclusive em debates literários, uma comunidade de mulheres trans e cis, feministas e activistas, interessadas em ler e promover a literatura no feminino. Já na livraria física, aberta em 2023, há duas modestas estantes de madeira, à esquerda e à direita, e uma mesa ao centro, com cerca de dois mil títulos (nem todos expostos), de vários géneros diferentes, tudo escolhido a dedo. A decorar o espaço, há fotografias, ilustrações e posters feitos por mulheres. A curadoria é toda feita por Lorena, que só vende livros escritos por mulheres, trans ou cis, de diferentes géneros literários, de não-ficção a ficção, poesia e até literatura infanto-juvenil. Além disso, o acervo também conta com artes gráficas, zines e revistas produzidas por mulheres.
Sabemos bem quais são as nossas livrarias independentes preferidas, aquelas que não estão presas a uma cadeia, um franchising, um conglomerado ou qualquer tipo de substantivo colectivo usado para designar agremiações do género. Na hora de pensar em rechear as estantes lá de casa, lembre-se destes pequenos livreiros. Em várias zonas da cidade, encontra livrarias de bairro – e muitos livros – para todos os gostos e faixas etárias.
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