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© DR / Unsplash
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As melhores coisas para fazer em Lisboa em Janeiro de 2025

Quer aproveitar a cidade e não sabe por onde começar? Descubra as melhores coisas para fazer em Lisboa este mês.

Mauro Gonçalves
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Manda a tradição que o novo ano seja recebido em clima de festa – e a Lisboa não faltam opções para alegrar os ânimos às 12 badaladas –, mas depois da farra apresenta-se Janeiro, mês frio, longo e de ligeiro abrandamento na agenda. Eu suma, um mês de ressaca ou, se preferir, para voltar a reunir forças para o resto do ano. No que depender de nós, não faltarão sugestões para aproveitar o melhor da cidade em todas as frentes – do teatro às corridas, da arte à música. E assim começa 2025.

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Coisas para fazer este mês em Lisboa

  • Avenidas Novas

Uma rapariga está sozinha em casa quando, do nada, dez corpos entram a dançar na sala. Ela bem tenta expulsá-los, mas eles permanecem naquele espaço e é então que um pesadelo começa. O espectáculo é de Mário Coelho e o elenco conta com nomes como Lúcia Moniz, Alice Azevedo, Rita Rocha Silva e Leonardo Garibaldi.

  • Filmes
  • Avenida da Liberdade

No Cinema São Jorge há sempre espaço para mais, mesmo que seja na sala com menos lugares. A rubrica Créditos Finais acontece sempre na Sala Rank e a ideia é dar uma última oportunidade ao público de ver em sala alguns do filmes que passaram recentemente pelo cinema. Depois não diga que ninguém avisou.

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  • Desporto
  • Sintra

No último domingo de Janeiro, dia 26, a vila de Sintra acolhe mais uma edição da Corrida Fim da Europa. O percurso conta com 17 quilómetros e parte às 10.00 na Volta do Duche, junto à Fonte Mourisca. Depois de passar no centro histórico de Sintra, os últimos quilómetros levam-no até ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de Portugal continental. Para participar, o custo, além de variar tendo em conta o número de inscritos já existente (o limite de participantes é 3000), acresce se necessitar de transporte para antes e/ou depois da prova (19€-31€). 

  • Música

Com o objectivo de mostrar as diferentes faces da canção erudita ao grande público, o Teatro Variedades vai receber a primeira edição do LIEDFEST. Criado para revitalizar o formato do recital de canto e piano, que tem vindo a desaparecer das principais salas de espectáculo, o certame realiza-se de 16 de Janeiro a 2 de Fevereiro. 

O festival conta com a direcção artística da soprano Catarina Molder e produção da Ópera do Castelo e inclui ainda recitais temáticos, encenados e coreografados, uma masterclass, uma conversa entre a filósofa Maria Filomena Molder e o ensaísta e tradutor João Barrento e brincadeiras líricas para futuros amantes de ópera. 

A programação promete ciclos com música de Lieder, Schubert, Schumann, Brahms, Wolf, Fauré, Chausson, Ravel, Poulenc, Luís de Freitas Branco, Fernando Lopes Graça, António Chagas Rosa, Granados ou Crumb, Clã e muitos outros. E divide-se pelos recitais temáticos e pelos encenados.

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  • Filmes
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Fundada em 2022, a MUTIM - Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento luta pela paridade no sector audiovisual. Uma das formas de reflectir e dar visibilidade ao talento das criadoras portuguesas é esta mostra de cinema que resgata do esquecimento uma série de curtas e longas-metragens que andam a ser exibidas um pouco por todo o país. Em Lisboa, é no Cinema Fernando Lopes que são exibidas algumas obras da mostra Elas Fazem Filmes.

  • Chiado

Ricardo Neves-Neves assina esta adaptação de The Doctor, do dramaturgo inglês Robert Icke. Num quarto de hospital, uma rapariga está a morrer devido a um aborto mal feito e a médica Piedade Lobbo decide recusar a entrada a um padre católico. A discussão entre os dois é gravada e partilhada nas redes sociais e o debate em torno da situação chega à televisão, o que acaba por levar ao afastamento profissional da médica.  

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  • Arte

Heather, Mimi, Bebe e Laurie tinham entre 15 e 25 anos quando começaram a ser fotografadas por Nicholas Nixon. De 1975 a 2022, o fotógrafo norte-americano captou as irmãs Brown uma vez por ano, sem nunca falhar, construindo assim uma das mais fundamentais séries de fotografia contemporâneas. O resultado – 48 imagens a preto e branco que acompanham o envelhecimento das quatro mulheres – pode ser visto no Centro Cultural de Cascais. "Nicholas Nixon – Coleções Fundación MAPFRE" é a primeira grande retrospectiva da obra do premiado fotógrafo em Portugal e a maior alguma vez realizada no mundo. É também a primeira vez que a série As Irmãs Brown é exposta na íntegra.

+ Fotografias das irmãs Brown ao longo de 47 anos chegam a Cascais

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

A Culturgest dedica uma exposição a Jean Painlevé (1902-1989), pioneiro no documentário e fotografia da vida animal e, em especial, da fauna subaquática. Na Galeria 2 são mostrados filmes e fotografias que mostram o arrojo estético e experimental da obra deste realizador bastante peculiar. De caminho, aproveite para se aventurar no labirinto de Ângela Rocha. A cenógrafa, que representou Portugal na Quadrienal de Praga 2023, apresenta a instalação Metade dos Minutos, um apelo à nossa reconexão com o toque.

+ Há documentários desconcertantes sobre fauna aquática para ver na Culturgest

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  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Lisboa

É a primeira individual de Anthony McCall em Portugal. McCall criou a "luz sólida" nos anos 70 mas nessa mesma década interrompeu o seu trabalho artístico, que só retomou nos anos 2000. As suas obras estão num terreno entre o desenho, o cinema, a escultura e a instalação. Os desenhos de luz projectados criam esculturas opacas de luz e fumo imateriais mas que parecem tridimensionais. Só quando o espectador se desloca para dentro dessas formas é que fica a conhecer o seu lado interior, sendo envolvido por formas em lenta evolução. São cinco as peças que podem ser vistas no MAAT, duas de grande dimensão e duas com banda sonora. Obras intrigantes, lúdicas, sensoriais e belas.

+ No MAAT, Vivian Suter dialoga com a natureza, McCall cria espaços com o desenho

  • Filmes
  • Benfica/Monsanto

Até Março de 2025, o Cine-Teatro Turim acolhe um ciclo dedicado a olhar para a justiça através da lente do cinema. Com exibições mensais de entrada gratuita, o ciclo Cinema e Direito convida o público a assistir a uma série de longas-metragens de vários países de modo a conhecer melhor os meandros do sistema judicial e também da justiça social, numa iniciativa promovida por quem percebe do assunto: o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, a Direção Regional Sul da Associação Sindical dos Juízes Portugueses e o Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.

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  • Arte
  • Belém

Em 1985, Nan Goldin apresentava The Ballad of Sexual Dependency no MoMA, em Nova Iorque. No ano seguinte, a série fotográfica chegava na forma de livro e com o mesmo título. Composto por mais de 700 imagens, captadas entre 1979 e 1986, o trabalho permanece até hoje como um dos retratos mais íntimos da subcultura queer da Nova Iorque pós-Stonewall. A intimidade, omnipresença na lente da fotógrafa norte-americana, foi trazida para o centro da exposição do MAC/CCB. "Intimidades em fuga. Em torno de Nan Goldin" parte de 126 fotografias, expostas lado a lado numa única parede, procura outras reflexões em torno deste conceito através de obras de outros 35 artistas, portugueses e internacionais. O MAC/CCB está cheio de outras exposições para visitas – "Fred Sandback: Alinhavando o Espaço", "Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz" e "Homo Urbanus. Uma Odisseia Cidamatográfica de Bêka & Lemoine".

+ Não só Nan Goldin, mas sempre Nan Goldin: uma exposição do íntimo e do político

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Belém

Em ano de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, o colonialismo português em África era um tema incontornável. Não tanto a contribuição de peso que a Guerra Colonial teve para a revolução, mas antes a história do discurso da ideologia colonial. A exposição contou com o trabalho de trinta investigadores e o contributo de várias instituições, nacionais e estrangeiras, que cederam a vasta documentação iconográfica apresentada nos painéis explicativos. A essa documentação acrescem as mais de 100 obras de arte africana expostas, das colecções do Museu Nacional de Etnologia.

+ Nova exposição mostra mitos e realidades do colonialismo português em África

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  • Arte
  • Lisboa

"331 Amoreiras em Metamorfose" é o nome da exposição de longa duração que vai ocupar o Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva (MASVS) até Dezembro de 2025, em celebração dos seus 30 anos com um programa sob o signo da metamorfose. A exposição em si estará em metamorfose e terá cinco momentos, ou seja, serão cinco exposições. São 80 os artistas contemplados, mas uns entram, outros saem, outros ficam permanentemente.

+ 30 anos de Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva: sob o signo da metamorfose

Há tanto para fazer em Lisboa

Cura para constipações e ressacas, aconchego em dias frios, comida de conforto. O ramen ganhou espaço na cena gastronómica lisboeta e há cada vez mais sítios na cidade que o fazem bem – tenha atenção às armadilhas e não se deixe iludir pela decoração animada. O ramen ancestral é um trabalho de muita dedicação e horas. É feito com um caldo consistente, com carne de porco, vaca ou peixe, ao qual se juntam vegetais, ovos, legumes e claro, os noodles (se forem caseiros, ainda melhor). Conheça os melhores sítios para comer ramen em Lisboa.

  • Compras

A agenda não dá descanso, pelo menos no que diz respeito a novas lojas em Lisboa. Para que não perca o fio à meada na hora de renovar o armário, de repensar a decoração da sala ou até mesmo de pensar numa mudança de visual, damos-lhe um lamiré das inaugurações dos últimos meses. Há espaços que dão nova vida aos bairros, enquanto outros resgatam tesouros de outras épocas e até o desafiam a pôr as mãos na massa. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novidades.

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  • Museus

Há museus em Lisboa onde pode entrar – sempre – sem gastar dinheiro. Outros há em que se paga bilhete, excepto num ou outro dia da semana ou do mês. É que nem precisa de mexer na carteira. Seja ao domingo, na última quinta-feira do mês ou depois ou antes de uma certa hora. E há ainda os museus em que passou a poder entrar usando um dos seus 52 dias anuais de entradas livres – só tem de estar atento e apontar na agenda. Aproveite este guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa.

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