Secret Garden
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

As melhores esplanadas em Lisboa

Discretas, com música ao vivo ou perfeitas para crianças, nas melhores esplanadas de Lisboa há lugar para toda a gente.

Cláudia Lima Carvalho
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Numa cidade que se faz maioritariamente de sol, é normal que não faltem esplanadas. Olhemos à volta e apreciemos a quantidade de lugares sentados ao ar livre onde podemos beber um copo ou petiscar. Ainda assim, apontamos-lhe as melhores esplanadas em Lisboa para os dias de calor – ou até para os dias mais frios, afinal não há quiosque, restaurante ou bar que não se saiba precaver. Mais escondidas ou com mais animação, para refeições completas em família ou uns copos depois do trabalho, é nestas esplanadas que gostamos de estar.

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As melhores esplanadas em Lisboa

  • Compras
  • Cais do Sodré

Entre o rebuliço da estação do Cais do Sodré e o terminal fluvial, fica aquela que poderá ser a esplanada com mais atitude da zona. É verdade que é pequena, mas em alturas mais movimentadas, os copos e os petiscos de Pedro Abril – sempre arrojado na carta – acabam a estender-se até à rua, mesmo em cima do rio. A Crack Kids, loja dedicada à street art, pode não ser um sítio óbvio para almoçar ou beber um copo, mas devia. 

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Benfica/Monsanto

E a vida em Benfica nunca mais foi a mesma com a reabilitação do Palácio Baldaya. O bairro ganhou uma agenda cultural ecléctica e preenchida, mas também um espaço de encontro com uma esplanada à altura. Nas muitas sombras disponíveis, ficam as mesas, espalhadas pelo jardim. Um oásis para os dias quentes em que os miúdos pedem um gelado e os pais se satisfazem com umas cervejas frescas – e não falta espaço para brincadeiras e correrias sem alarmes.

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  • Cervejaria artesanal
  • Marvila

Não será exagero dizer que há poucas esplanadas como esta. É dizer, cheias de onda, com espaço, boa comida e boa cerveja e ainda um parque infantil para os mais pequenos – e quando o calor aperta o tanque pode transformar-se numa espécie de piscina e tudo. Na cozinha, Pedro Abril nunca desilude com as suas propostas fora da caixa. Para beber, mais de uma dezena de opções de cerveja artesanal, não fosse esta também a fábrica da Musa. À noite, a esplanada é perfeita para aquelas pausas entre passos de dança na pista.

  • Avenidas Novas

A Lota mudou, depois de uma revolução na cozinha levada a cabo nos últimos meses por Hugo Candeias. O peixe e o marisco mantêm-se no centro, mas a carta é mais arrojada, como o novo nome quer indicar. O objectivo é que o restaurante fique mais próximo daquilo que é o Ofício, no Chiado. A Lota Sea&Fire ganhou até uma barra, onde ao final do dia se servem ostras e vinho. E na esplanada acompanha-se a onda.

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  • Coisas para fazer
  • Avenidas Novas

Escondido no Palácio Galveias, este quiosque é perfeito para quem gosta de uma boa esplanada recatada, mas com espaço. São muitos os lugares e mais ainda o relvado, perfeito para os miúdos brincarem à vontade, sem que os pais tenham de se preocupar com carros ou outros que tais. A versatilidade do horário e um menu que isso acompanha são grandes vantagens. Tanto se pode tomar o pequeno-almoço ou lanchar, como fazer um almoço rápido (há sopa e saladas) ou beber um copo ao final do dia. 

  • São Vicente 

Quem passa pela rua e não conhece, dificilmente adivinharia que no número 11 da Rua de São Gens, em plena Graça, onde mora o Maria Pia Sport Clube, há um pátio (ou um campo de basquetebol) transformado em esplanada. Metade do campo ainda funciona para gáudio dos mais pequenos e dos pais que na outra metade podem relaxar enquanto provam uns petiscos como um pica-pau ou uns pimentos padron. Para refeições mais compostas, não faltam opções de pratos. Se só quiser beber um copo, também pode.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Há quem desconfie por achar que é mais um restaurante de hotel, mas se há coisa que não falta a este italiano é identidade. Depois de uma troca de chef – Nuno Costa é quem está à frente da cozinha – as atenções viraram-se para as massas frescas, feitas ali todos os dias e em destaque num menu executivo (29€). Já aos fins de semana, a aposta é para o menu de partilha com preço definido (30€) numa tentativa de abrir ainda mais a porta a quem vive na cidade. Falta dizer, que atravessando o restaurante, fica uma bonita e tranquila esplanada, que também pode ser coberta em dias mais cinzentos.

  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Lisboa

Tem, provavelmente, uma das melhores esplanadas na cidade, mas nem por isso concorrida até porque nem todos sabem que o jardim do instituto alemão é de acesso livre. São vários os eventos que vão acontecendo por aqui, mas o sossego dos dias em que nada acontece sabe sempre bem, especialmente à sombra do imponente dragoeiro centenário. Vale a pena descobrir os vários recantos, convidativos a estar e a ficar. No café, há uma ou outra especialidade alemã para provar.

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  • Cafés
  • Campolide
  • preço 1 de 4

Se ao final do dia reparar num grande ajuntamento no Jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, não estranhe porque há muito tempo que o Verde Lima se tornou ponto de encontro para um copo depois do trabalho (e o que não faltam são escritórios ali à volta) – e quando não chegam as mesas (e não são poucas), estica-se para a relva. Em alguns dias, há música ao vivo. Ao fim-de-semana, durante o dia, também é muito procurado por famílias. 

  • São Vicente 

O nome não engana, o Secret Garden é realmente uma espécie de jardim escondido no Miradouro da Senhora do Monte. É daqueles sítios que quando conhecemos damos por nós a pensar como é que não o descobrimos mais cedo. Os diferentes patamares conseguem proporcionar experiências diferentes, mas o que nunca falta é onda e animação – até porque há sempre uma programação musical bem diversa, com músicos, bandas e DJs. Para comer, a carta é simples, com foccacia e uns aperitivos. E tem ainda uma micro galeria de arte. Tenha atenção apenas a um detalhe: até às 17.00 a entrada é gratuita, depois disso tem de se fazer sócio (cinco euros e dura um ano).

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  • Italiano
  • Princípe Real

Quando abriu em 2015 no Príncipe Real, com uma esplanada virada para o Jardim Botânico e que se mantém até hoje como uma das nossas preferidas, repleta de buganvílias, ainda não se falava assim tanto de pizzas artesanais e fermentação lenta, mas era assim que esta pizzaria se apresentava. Juntava-se a isso, uma charcutaria italiana logo à entrada e um forno de lenha ao fundo onde só entra lenha de zinho. São cerca duas dezenas de opções, mas nem só de pizza se faz a história deste restaurante. Há saladas, massas e risotos e as sobremesas não são de se descartar (o mil-folhas de caramelo salgado é um bestseller). 

  • Cascais

Em plena Avenida Valbom, dificilmente haverá alguém em Cascais que não conheça a Casa da Pérgola, uma bonita mansão centenária protegida por um jardim. Do lado de fora do portão, sempre se tiraram fotografias à fachada, que se destaca também pelos azulejos pintados à mão, mas foram raras as vezes em que se transpôs essa barreira, mesmo que ali exista um pequeno hotel com apenas 12 quartos. Até agora. O Bougain Restaurant & Garden Bar abriu no piso inferior da Casa da Pérgola com uma esplanada que ocupa de forma discreta o jardim e onde se está muito bem. A carta é de clássicos, o serviço atento.

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  • Chiado

É casa de pequenos-almoços, brunches, almoços e lanches e, agora, também de jantares. O Fauna & Flora chegou ao Chiado, onde antes morou o Mini Bar de José Avillez, em pleno Teatro São Luiz. Para acompanhar as necessidades do teatro municipal, esticou o horário habitual de funcionamento e estreou uma carta só disponível a partir das 19.00. A carta de cocktails também está mais composta, pensada para os finais de tarde que se podem prolongar noite dentro, especialmente na esplanada do quiosque, pertencente ao restaurante e que serve como apoio ao serviço.

  • Coisas para fazer
  • Benfica/Monsanto

Pintado de vermelho vivaço não passa despercebido na renovada praça junto ao centro comercial Fonte Nova. O Quiosque Caricato nasceu da vontade de Salvador Melo, João Figueiredo e Gonçalo Dominguez em trazer o rodopio dos quiosques do centro da cidade para um bairro tão residencial como Benfica. A avaliar pelos ajuntamentos constantes, a aposta está ganha.

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  • Belém

É um clássico que muito apreciamos e (quase) tudo se deve à localização, já que fica mesmo em cima do rio, com uma vista desafogada. É perfeita para os finais de tarde – tem uma carta de cocktails bastante simpática –, mas também se pode deixar ficar para jantar. 

  • Coisas para fazer
  • Cais do Sodré

Como a maioria dos quiosques, este na Praça de São Paulo, com 30 lugares de esplanada, é um bom sítio para ir beber umas cervejas pós-expediente, mas é também uma boa opção para encher a barriga – e é aqui que se distingue. É que em 2020, a Taberna da Rua das Flores, de André Magalhães, expandiu o seu negócio taberneiro ao Quiosque de São Paulo. Entre os vários petiscos na carta, encontra-se uma gulosa sandes de lula frita.

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  • Alfama

A versão mais descontraída de Marlene Vieira conhece-se no Zunzum Gastrobar, o primeiro projecto da chef junto ao Terminal de Cruzeiros, e o nome já diz ao que vem: é para causar falatório, mas é também para se estar no falatório, sem peneiras. Estamos no domínio da alta-cozinha, sem preços proibitivos. Veja-se o exemplo da filhós de berbigão à Bulhão Pato. As técnicas são do mundo, mas os ingredientes e os sabores são bem portugueses. É também aqui que a chef tem muitas vezes espaço para testar pratos que podem vir a fazer parte do Marlene,. Vale a pena ainda ficar atento à agenda do Zunzum porque Marlene tem convidado vários chefs para jantares especiais a quatro mãos. Até ao fim do ano por aqui passarão nomes como Renato Cunha (Ferrugem) ou Michele Marques (Mercearia Gadanha). Quer mais uma razão para se deixar convencer? A agradável esplanada.

  • Cascais

O ponto de encontro é no farol, seja para comer, beber ou para ver uma emissão de rádio a acontecer. O Lusophonica abriu dentro do Farol de Santa Marta, em Cascais, mesmo à beira-mar, com um espaço musicado pelo estúdio de rádio online que tem no seu interior a pescar sons da lusofonia. O acesso ao farol serve de terraço e é onde está instalada a esplanada do Lusophonica, que tem sido o local de eleição para muita gente que começa a desconfinar. Serve brunch todo o dia, petiscos ao final da tarde, gelados artesanais e café de especialidade. 

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  • Chiado/Cais do Sodré

Já foi capa da Time Out, quando a revista saía todas as semanas. É palco de grandes noites (basta estar atento à agenda) e tem uma vista imbatível. Os anos podem passar que o sexto andar do parque de estacionamento da Calçada do Combro continua a merecer uma visita. É um rooftop bar onde pode acompanhar os cocktails com petiscos, sempre com música como pano de fundo. 

  • Lisboa

Apesar de bem distintos, os dois restaurantes de Vítor Matos em Lisboa, no hotel Torel Palace Lisbon, partilham mais do que se possa imaginar, a começar desde logo pelo chef residente, Francisco Quintas. Os dois querem ser descontraídos, mas o menu e o serviço não podiam ser mais diferentes. Se o 2 Monkeys foi pensado para ocasiões especiais, o Black Pavilion é um restaurante para todas as horas, descontraído, com vista para Lisboa, num bonito jardim de Inverno, mas também com uma bela esplanada com vista para a cidade.

Já cheira a Verão

  • Geladarias

Há muito tempo que o gelado deixou de ser capricho de Verão para saber bem o ano inteiro. Ainda assim, é nos dias quentes que o desejo de um gelado aparece. Dos sabores de fruta, como o morango, a manga, o limão ou a framboesa, aos clássicos, como chocolate, avelã, nata ou baunilha o céu é o limite no mundo dos gelados (ou gelatos, que são cada vez mais as perdições italianas na cidade). E a verdade é que a lista das melhores gelatarias em Lisboa não pára de engordar de ano para ano, cada vez com mais alternativas atentas às diferentes restrições alimentares. Nesta selecção, tem das mais antigas às mais recentes

Restaurantes de peixe em Lisboa? A resposta mais imediata talvez aponte para as mesas à beira‑mar (em Cascais há várias), mas também no centro da cidade se come bom peixe fresco, na grelha ou no tacho. Seja em restaurantes em que as bancas se parecem às dos mercados, carregadas de peixes; seja nos mais tradicionais, em que o peixe também faz parte dos pratos do dia. Nestes restaurantes de peixe em Lisboa e nos arredores há boas esplanadas (algumas para comer mesmo com o pé na areia), mas acima de tudo peixe sempre fresco. 

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Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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