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Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Numa cidade em constante transformação, arriscamos apontar os melhores restaurantes em Lisboa.

Cláudia Lima Carvalho
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Sendo a Time Out afamada pelas suas listas, esta que aponta os melhores restaurantes em Lisboa (e aqui mesmo ao lado) é, provavelmente, a mais discutida – e também a mais procurada. Levamos tempo a chegar ao número final, sabendo sempre que a unanimidade à mesa não existe. Vamos a um teste? Qual é o melhor croissant? E a melhor bifana? E onde é que se come o melhor cozido à portuguesa ou o melhor bacalhau? Nunca haverá uma só resposta. Certo é o esforço feito para demonstrar a diversidade de uma cidade que não pára de crescer. Um esforço que é também fruto de muitas visitas a restaurantes – e nunca é demais lembrar que a Time Out não escreve sobre restaurantes onde não foi, assim como os críticos da Time Out visitam os restaurantes anonimamente e pagam pelas suas refeições. 

Aqui acreditamos estar os 130 melhores restaurantes em Lisboa (apresentados por ordem alfabética), aqueles onde confiamos que não se arrependerá de marcar mesa.

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Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

  • Português
  • Alfama
  • preço 2 de 4

Da última vez que espreitámos a ementa vimos 26 pratos com bacalhau, das entradas aos principais. Estamos numa das poucas casas inteiramente dedicadas ao bacalhau salgado seco – o  que é ao mesmo tempo triste, sendo este porventura o produto mais distintivo da cozinha portuguesa. O restaurante mantém-se firme sob a orientação de João Bandeira, que detém ainda o Via Graça, e o menu revela um compromisso com os clássicos, como o assado à lagareiro e o à Zé do Pipo, sem descurar meia-dúzia de criações mais autorais ou internacionais, como sejam o risoto de bacalhau e espargos ou o carpaccio do dito com rúcula e parmesão. 

  • Português
  • Santa Maria Maior
  • preço 1 de 4

Numa zona pejada de restaurantes que mais não são do que armadilhas para turistas, esconde-se esta tasquinha de bons pratos tradicionais a preços de antigamente. Em tempos um segredo, hoje é preciso chegar cedo para conseguir um lugar ou arrisca-se a ficar à porta na fila  – e por mais boa vontade e simpatia que tenha Carla, a filha do dono, o Sr. Américo, sempre atrás do balcão, é coisa para ainda demorar um bocado. Os pratos do dia anunciam-se à porta num papel branco com meia dúzia de sugestões, de bacalhau à minhota ao cozido à portuguesa, de jaquinzinhos com arroz de tomate a cabidela ou pernil. Depois há sempre os bons clássicos (alheira com ovo, choquinhos grelhados, bitoque), – tudo a menos de oito euros.

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  • Brasileiro
  • Bairro Alto
  • preço 2 de 4

Numa cidade com tantos brasileiros, não há assim tantos restaurantes do Brasil. O Acarajé da Carol foi uma pedrada no charco de um Bairro Alto adormecido e, desde logo, prosperou: entretanto abriu outra casa na Rua de São José. Entre os pratos mais famosos está, claro, o acarajé à moda da Bahia, um pastel com camarão seco e feijão fradinho, frito em azeite de dendê e que deve ser ensopado no molho picante de malagueta, a famosa pimentinha brasileira. Aos domingos, manda a feijoada à brasileira, para festejos que se prolongam pela tarde e onde não falta a calabresa (linguiça) nem a própria da Carol, impecavelmente vestida de baiana. 

  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

O bitoque (com um molho guloso carregado de alho) é, provavelmente, o mais afamado dos pratos desta casa minhota, de onde saem também boas doses generosas de comida de conforto, dos rojões e da cabidela ao bacalhau à minhota e à lampreia, por encomenda quando é tempo dela (e já houve anos mais profícuos). É tudo anunciado à porta numa lita de pratos ainda escrita à mão. Entre as duas salas e a esplanada cabem umas 45 pessoas, mas não há nada como chegar cedo – não aceitam reservas.

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  • Asiático contemporâneo
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

Estávamos em 2019 quando António Carvalhão e João Azevedo Ferreira abriram o Ajitama, na Avenida Duque de Loulé, depois do sucesso instantâneo do seu supperclub que somava já quase duas mil pessoas em lista de espera. Quase quatro anos depois, ainda sem dar vazão, e uma febre de ramen na cidade, abriram um segundo restaurante, apostaram em caldos mais complexos e voltaram até fazer os noodles em casa, tal como acontecia quando o Ajitama era ainda uma espécie de segredo. O motivo de romaria, esse, mantém-se: um ramen que é aconchego.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Há quem desconfie por achar que é mais um restaurante de hotel, mas se há coisa que não falta a este italiano é identidade. Depois de uma troca de chef – Nuno Costa é quem está à frente da cozinha – as atenções viraram-se para as massas frescas, feitas ali todos os dias e em destaque num menu executivo (29€). Às segundas-feiras, há tagliatelle carbonara; às terças, serve-se um tortello de camarão e molho crustáceos. Quartas são dias de parpadelle al ragu, enquanto às quintas-feiras há gnocchi de pesto e stracciatella. Por fim, na sexta-feira serve-se tagliatelle alla puttanesca. Já aos fins de semana, a aposta é para o menu de partilha com preço definido (30€) numa tentativa de abrir ainda mais a porta a quem vive na cidade.

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  • Chiado

Henrique Sá Pessoa é uma cara conhecida, especialmente pelas receitas que há anos prepara na televisão, mas é no Alma, onde tem duas estrelas Michelin, que mostra realmente o que vale. Focado no produto português, são dois os menus propostos: no “Alma” (185€) apresentam-se os pratos clássicos do chef como a carne de porco à Alentejana, com terrina de batata, massa de pimentão e molho bulhão pato; no “Costa a Costa” (185€), como o nome deixa antever, mergulha-se na nossa costa e homenageia-se o peixe e o marisco – é aqui que entra a já clássica e sempre em evolução sobremesa que parece tirada do fundo o mar, “Mar e Citrinos”.

  • Italiano
  • Beato
  • preço 2 de 4

Eis um italiano de Nápoles, um italiano do mar, com pasta al dente, sem concessões aos tugas do esparguete molinho. Fica na Penha de França e dá-nos produto fresco, seja peixe ou bivalves, sejam massas com anchovas ou ovas de tainha (botarga), mas deixando também a proteína viver por si, como nas entradas de lulinhas e petingas fritas, servidas embrulhadas em papel, ou nos polipetti affogati, polvinhos guisados, “mesmo inhos, profundos no molho escuro de tomatada e vinho” — para usar as palavras do crítico Alfredo Lacerda, após a sua visita, em 2021. É um sítio onde se procura fugir à banalidade do italiano para exportação, seja na comida, nos vinhos ou na música.

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  • Vegetariano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 2 de 4

Se o nome remete para origem, na etimologia grega, o Arkhe está hoje longe do seu ponto de partida. Numa nova morada, o restaurante vegetariano de João Ricardo Alves e Alejandro Chávarro ganhou espaço para chegar à plenitude. Está maior, mais confortável e, acima de tudo, com melhores condições para todos, clientes e equipa, mantendo-se fiel ao que lhe deu forma: ser prova de que a alta cozinha não precisa de servir nem carne, nem peixe para brilhar. São três os menus disponíveis: com o “Carta Branca” (95€/sete serviços, mais 85€ a harmonização de vinhos) entrega-se nas mãos do chef, enquanto no menu “Descoberta” (75€/cinco serviços, mais 65€ a harmonização) a escolha dos pratos fica por sua conta. Há ainda o Menu de Almoço (55€/três serviços, mais 45€ com vinhos).

  • Baixa Pombalina

Algas e bolotas, eis dois ingredientes que não vemos, habitualmente, servidos à mesa, pelo menos de acordo com o nosso receituário, e que em nada assustam Pedro Mendes, que se tem vindo a afirmar com uma cozinha muito própria. Depois de uns anos no Algarve e mais uns quantos no Alentejo, o chef voltou a Lisboa com um restaurante onde se quer mostrar por inteiro. No Áurea, no novo hotel cinco estrelas da cidade, o Art Legacy, em plena Baixa, Pedro Mendes focou-se nas algas para contar também a história de Lisboa. À carta ou no menu de degustação e são três as possibilidades – vegetariano (75€), cinco (85€) ou sete momentos (120€) –, não há um prato em que as algas não entrem, de um Brás de algas com vieiras (18€) ao carabineiro do Algarve com xerém de algas (24€).

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  • Sintra

A idílica localidade em que está inserido deu o nome a este clássico restaurante de peixe e marisco, onde as refeições são feitas numa sala envidraçada em cima da piscina e da praia das Azenhas do Mar. E se não é mesmo isto que apetece tanto num dia de sol radioso como num de chuva e mar bravo? Das amêijoas à Bulhão Pato à salada de polvo, dos percebes à sapateira, até ao peixe da nossa costa ao quilo, que ora pode ser grelhado, ora pode ser ao sal, há muito por onde escolher.

  • Português
  • Chiado

É, talvez, o mais icónico dos restaurantes com estrela Michelin no país e tudo se deve a José Avillez e à sua equipa de luxo perfeitamente alinhada. Com duas estrelas Michelin e em 25.º no 50 Best, o Belcanto é uma experiência desde o momento em que se passa a porta. Num ambiente requintado, mas ainda assim descontraído para que todos se sintam à vontade e aproveitem a experiência como esta deve ser aproveitada, o chef propõe dois menus de degustação. Se no menu dos clássicos (235€) se apresentam os pratos mais emblemáticos do restaurante, no menu paisagens (250€) conta-se a história de um Belcanto em evolução.

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  • Lisboa

O restaurante é feito à imagem do dono, Belmiro de Jesus, que já passou por outras instituições de cozinha tradicional portuguesa, como sejam a Tia Matilde e o Salsa e Coentros. Aqui, está a solo e como quer, cozinhando o que lhe dá gosto e o que dá a terra, tantas vezes caça da verdadeira. Nos dias normais, são obrigatórias as empadas, as canjas, os arrozes e outros pratos de tacho. O que nunca deve faltar são as migas de batata e ovos, com reforço de gemas e de untuosidade, uma pérola desta cidade.

  • Chiado

O tempo passa, a família cresce e evolui, mas mantém-se sempre certeiro o Bistro 100 Maneiras, que Ljubomir Stanisic inaugurou em 2010, no Chiado, já depois de ter o 100 Maneiras, estrela Michelin desde 2020, ali ao lado, no Bairro Alto. O nome é mesmo bistro (e não bistrô com sotaque francês). Há uma razão para isso, significa “limpo” em sérvio – no fundo, limpo de preconceitos e de ideias pré-concebidas, à semelhança do seu chef. Na carta, fundem-se as influências do chef em pratos pouco convencionais. De destacar o bar, logo à entrada, que não existe para complementar o restaurante, mas que vale por si com uma aposta forte em cocktails de autor.

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  • Grande Lisboa

As pizzas são o grande chamariz, mas a boa onda do espaço é inegável. Assim que abrem portas, na avenida junto à praia, a esplanada compõe-se, mesmo nos dias frios, numa mistura de portugueses e estrangeiros que tão bem caracteriza a Costa da Caparica hoje. A Blitz é, na verdade, o melhor retrato da mudança na zona. Depois de ter começado a fazer pizzas para os amigos e de ter tido uma food truck na Hungria, em Portugal David Liptay foi desafiado a voltar a pôr as mãos na massa. O forno destaca-se, a carta é simples. Há cinco pizzas com base de tomate e quatro com base de queijo. Nas foccacias, mais umas tantas opções. Conforme a inspiração, há sempre uma ou outra novidade.

  • Asiático contemporâneo
  • Chiado
  • preço 2 de 4

China, Índia, Vietname, Indonésia, Malásia, Coreia, Tailândia, Japão… No Boa-Bao uma refeição pode ser uma autêntica viagem e também por isso o menu é um passaporte para um mundo pan-asiático de pratos: bao (o de robalo com rabanete amarelo em pickles e maionese picante é irresístivel), dim sum, chamuça, phô, caril amarelo, caril verde, pad thai. O restaurante estreou-se em Lisboa há sete anos e desde então fez o seu caminho até ao Porto também e em 2019 abriu em Barcelona. Pode não ser sempre fácil conseguir uma mesa, mas enquanto espera pode sempre provar um cocktail.

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  • Português
  • Alfama

Pode um restaurante ser uma espécie de laboratório de ideias sem regras? Se nunca se perder o respeito pelo produto, sim. Isto se o objectivo for, ainda assim, fazer uma coisa séria, ou uma cozinha séria. É assim, pelo menos, que Hugo Brito tem estado no Boi Cavalo, em Alfama. O chef não se faz refém de pratos que fazem sucesso, nem desmoraliza quando alguma aventura não corre como esperado. O resultado é um restaurante criativo em evolução constante com uma carta que está sempre a rodar. 

  • Brasileiro
  • Avenidas Novas

O restaurante fica nas traseiras de umas traseiras, apertado entre quintais de prédios espelhados, um beco onde ninguém iria senão para comer coxinha, kibe, pastel de carne seca, churrasco, escondidinho e feijoada brasileira (domingo) e ouvir música ao vivo enquanto beberica do choupo. De resto, a Dona Luzia existe mesmo, é a mãe do dono, já retirada, mas ainda vigilante do seu receituário. Acompanha-se com caipirinhas ou com uma cerveja da casa, chamada Hynka, uma pilsner aromática e saborosa. Nos doces, já sabemos que os brasileiros são doidos por leite condensado e ele está bem representado no fresquíssimo pudim à Dona Luzia. Não é o sítio mais glamoroso do mundo, mas é um boteco brasileiro, com brasileiros, onde se come muito bem.

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  • Princípe Real
  • preço 3 de 4

Abriu como um bistrô em 2018 onde as refeições se transformavam rapidamente num festim e, aos poucos, entre aventuras e experimentações na cozinha, Louise Bourrat foi encontrando o seu caminho. Cinco anos depois, o Boubou’s é hoje um restaurante de alta-cozinha feito à imagem da chef luso–francesa, que conquistou em 2022 em França, o programa Top Chef: é criativo, dinâmico e único. São dois os menus de degustação (85€-95€), ambos com os mesmos momentos, mas um vegetariano. E não há melhor forma de conhecer Louise. A cozinha é internacional com mão francesa e o menu vai tendo novidades conforme a estação, mas também a ideia da chef.

  • Hambúrgueres
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4

O alvoroço foi criado quando, antes do concerto no Passeio Marítimo de Algés, The Weeknd publicou nas suas redes sociais uma fotografia de um hambúrguer. Não identificava o restaurante, mas não duvidava de que aquele era o “o melhor hambúrguer do mundo”. Não tardou até que o Burger Champ fosse identificado. Antes disso, já o crítico Alfredo Lacerda atestava a qualidade dos hambúrgueres numa altura em que estes disputavam a atenção também com pizzas. Hoje, o restaurante focou-se no que faz melhor e são várias as opções – consta que The Weeknd devorou um “glamorous” (12,50€), com carne 100% Black Angus, bacon crocante e prensado, cheddar e cebola caramelizada.

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  • São Sebastião

Uma das tendências do último ano foram os barbecues coreanos, em modo diy, ou sejam em modo table bbq. Já tínhamos os Han’s, agora abriram este Busan, a chegar ao Marquês de Pombal, e temos ainda mais e melhor oferta. Pode-se escolher de uma carta que parece um livro, com muitos cortes de carne para cozinhar na chapa, ali à nossa frente, e legumes sempre frescos, a sair da cozinha. O serviço parece que não está lá, mas é essencial para nos ajudar a manter o ritmo e substituir algum cliente com mais dificuldades a manejar o barbecue. 

  • Sete Rios/Praça de Espanha
  • preço 2 de 4

A Tia Alice é dessas mulheres fortes que dominam os restaurantes com a sua presença na cozinha e na sala. O restaurante fica nas Laranjeiras e aos almoços enche-se de uma clientela fiel que vai de escritorários a atletas do Benfica e do Sporting, dois clubes sempre pacificamente representados. Não admira, porque a comida da Tia Alice, natural da Ilha de São Vicente, dá muita energia, sempre pratos do dia de raiz africana, da moqueca à moamba, com passagem por Portugal (atenção ao arroz de pato de fusão cabo-verdiana ou às iscas de porco). O que nunca muda é a cachupa, para muitos a melhor de Lisboa, que pode ser do tipo refogada (do dia anterior, com ovo estrelado) ou cachupa rica. Reservar em dias de jogo do Benfica. 

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  • Português
  • São Sebastião
  • preço 1 de 4

“Pode parecer um restaurante banal, mas não é. A cidade deixou de fazer restaurantes como este, de comidinha de sempre e foco no sabor, no produto e no preço, restaurantes em que o cozinheiro está na cozinha e na sala e conhece toda a gente pelo nome. O Cacué é uma tasca portuguesa do século XXI onde não ficamos ofuscados com a instalação no tecto, nem adição na conta.” Assim resume o crítico Alfredo Lacerda este restaurante tradicional em Picoas. Para apreciadores de comida “sem cenas”.

  • Chiado/Cais do Sodré

Um clássico é um clássico, mesmo que entretanto até tenha mudado de mãos. Miguel Garcia, que também tem o Bougain em Cascais, comprou o Café de São Bento em 2022, mas fez-lhe apenas umas obras de renovação, não para mudar alguma coisa, mas para substituir o que já estava marcado pelo tempo. A porta mantém-se fechada, a mística do espaço conhecido pela discrição também e o bife de lombo não perdeu nenhuma das características que fez do prato um dos mais badalados da cidade há já quatro décadas.

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  • Belém

Abriu há menos de meio ano e, de repente, até parece que já existe há bem mais tempo, tal foi o sucesso imediato da casa. O mérito é de João Rodrigues, que depois de ter saído do Feitoria e de ter andado a percorrer o país com o seu Residência, assentou na Rua da Junqueira com um restaurante descomplicado, focado no produto. O chef explica: “É um restaurante onde o produto não está disfarçado, onde se percebe exactamente o que se está a comer. Tem uma cozinha muito directa. Se é lula, sabemos identificar a lula no prato.” O exemplo não é um acaso, não fosse a lula de toneira grelhada com manteiga de ovelha (25€) um prato que o acompanha. À entrada, fica a montra de carne, peixe e marisco para serem feitos a gosto, multiplicando as possibilidades disponíveis na carta.

  • Indiano
  • Chiado/Cais do Sodré

É um dos restaurantes clássicos goeses da cidade. Já lá não tem na sala o carismático Sebastião, mas tudo continua como há 40 anos, quando o restaurante estreou. Agora, é a filha Ana quem lidera o sítio, fazendo dupla com a cozinheira de sempre, Lina de seu nome, cabo-verdiana que tanto domina o caril de camarão, os bojés e o chouriço goês, quanto pode, em dias de sorte, presentear os clientes com uma das melhores cachupas da cidade. No final, não se esqueça de pedir a bebinca para sobremesa, que é feita pela irmã de Ana, Soraia, e é um portento da doçaria mundial. 

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  • Português
  • Lisboa

Se é verdade que é o naco na pedra que lhe dá fama há anos, é justo dizer que se multiplicam os motivos que ali levam recorrentemente dezenas de comensais – é raro apanhar a casa com pouca gente, o que por si só é já um bom sinal. A carta é farta, tem umas trinta entradas fixas, mais meia dúzia de pratos de cada dia, quase só grelha e tacho. A grelha, aliás, é exímia, garante o nosso crítico José Margarido. Seja peixe ou carne, não se falha o ponto. E ainda há o choco frito, que não costuma decepcionar.

  • Nepalês
  • Avenidas Novas

Eis um dos restaurantes de Lisboa mais especiais, tudo fruto da visão e da paixão de Tanka Sapkota, restaurador nepalês. Mais conhecido por casas de pendor italiano, como sejam o Come Prima, o Forno d’Oro e o Il Mercato, Tanka abriu com o irmão mais novo, Yogesh, e a cunhada, esta referência da alta cozinha nepalesa. Há desde sopa de cabrito a momos caseiros com porco preto, passando por caris feitos com especiarias a sério até ao clássico javali com cogumelos. No final, os apreciadores de chá têm à disposição uma colecção.

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  • São Vicente 

A zona está em estado de sítio devido às obras que tomaram conta de Santa Apolónia, mas a verdade é que o Casanova se mantém de pedra e cal num cais aonde chegou quando só o Lux existia – duas décadas depois, curiosamente, a discoteca e a pizzaria são os últimos residentes. As pizzas, essas, mantêm-se motivo de romaria. Hoje não parece nada de extraordinário, mas é sempre bom lembrar que em 2000 quando Maria Paola Porru abriu o Casanova, não era assim tão comum encontrar boas pizzas, de massa fina e estaladiça, feitas em forno de lenha – apesar da massificação, ainda não é. 

  • Chiado/Cais do Sodré

Se é verdade que o ceviche se popularizou nos últimos anos por cá, é igualmente verdade que é como uma entrada que o encontramos regularmente nos restaurantes, a preços tantas vezes fora de conta. Foi para contrariar essa tendência que Katharina Goyke e Matías de Araujo abriram esta pequena cevicheria na Bica. “O ceviche, na Europa, é muito fancy, é muito caro, e esse não é o conceito real do ceviche. O ceviche é uma coisa que se vê na rua, no Peru, no Chile, no México”, contextualiza Katharina. No Choclo, como prato principal há por isso apenas ceviche, nas suas variadas versões. 

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  • Global
  • Cascais

Se as paredes do Cimas falassem não lhe faltariam boas histórias para contar. Por aqui passaram membros da realeza e políticos, artistas, intelectuais e escritores e até espiões – antes e depois do 25 de Abril. O serviço, sempre atento, é parte do sucesso da casa, feito de forma clássica. Os pratos permanecem praticamente os mesmos, como notou o crítico Luís Monteiro numa recente visita: “os salpicões e cocktails de marisco, os espargos, os gratinados, os consomés e sopas, o peixe cozido (praticamente desaparecido), a caça, a carne nos cortes mais tradicionais, os acompanhamentos (outra tradição em desuso)”. 

  • Italiano
  • Xabregas
  • preço 1 de 4

O restaurante de Erica Porru consolidou-se como um lugar de culto, no Beato. Filha da mítica Maria Paola, fundadora dos restaurantes Casanostra e do Casanova, Erica tem trilhado o seu caminho a solo, dentro da cozinha, depois de ter trabalho em cinema, como caracterizadora. Não admira por isso o nome do seu restaurante, nem a decoração cheia de cartazes de filmes bonitos, nem a clientela, feita de artistas de várias artes. Aberto só ao almoço, serve pratos de massa simples e bem feitos, das lasanhas a conchigliones com ricota e pistáchio, e tem sempre docinhos bons no final, a preços justos, como sejam a panacota e o tiramisù. Simpatia a rodos, boa vibração. 

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  • Português
  • Cascais
  • preço 2 de 4

Daniel Estriga não é pessoa de dar nas vistas e isso ajuda a explicar que não se fale tanto de si. O facto de estar ligeiramente deslocado, numa zona residencial em Bicesse, em Cascais, influencia igualmente, mas a verdade é que vale a pena prestar atenção ao percurso do chef e àquilo que faz no Conceito, ao lado da mulher, Vanessa. Mais do que isso, os menus de degustação valem o desvio. São dois (64€/cinco momentos e 82€/sete), assentes na sazonalidade e no produto português, e mudam com muita regularidade porque a regra é que não se tornem previsíveis. “Não queremos ser o fine dining aonde se vai uma vez por ano em datas especiais”, diz o chef, que abriu o Conceito há mais de dez anos, um restaurante de trabalho sério e ambiente descontraído.

  • Japonês
  • Cascais

Numa altura em que os restaurantes japoneses ainda não se multiplicavam e por cá ainda procurávamos saber mais sobre sushi, nascia a Confraria em Cascais. Hoje uma instituição na vila, com uma esplanada tão acolhedora quanto fresca, a Confraria é ideal para quem aprecia uma cozinha de fusão, sem que se perca o respeito pelo produto. E não quer isso dizer que não haja espaço no menu para os mais puristas. Os combinamos são perfeitos para quem prefere que escolha por si. Em Lisboa, a marca tem um espaço no Time OUt Market e outro na Rua do Alecrim.

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  • Lisboa

Os donos, Miguel Rodrigues e Filipe Ramalho, vieram de outras tabernas do século XXI, que é o mesmo que dizer que beberam da escola do Sal Grosso e do Salmoura, este já falecido. Estamos perante cozinha portuguesa pela geração pós-Maria de Lourdes Modesto, pós-Avillez, pós-Michelin, receitas tradicionais em ácidos, em vez de um twist o que temos muitas vezes são mortais encarpados — mas não à retaguarda. O espírito é o dos pratos para partilhar, empratamentos sem rococó, estética bistrô, sabores tugas, do croquete em brioche com jus, à língua de vaca com grão e poejo, passando pelas migas com abanicos de porco ou o arroz doce de sarrabulho. 

  • Grande Lisboa

O Corrupio nasceu, no final de 2022, sabendo ao que vem, apostando no receituário português, com a escolha a dedo dos seus produtos, e no casamento com os melhores vinhos. Atrás do balcão, dois filhos d’O Frade: o chef Daniel Ferreira e o sous chef Rafael Prates. O balcão é a peça central, a essência do espaço. Assinado pelos Pedrita, também responsáveis pelo painel na parede, não tem um lugar igual, nem um traço que se repita. Já a carta, é perfeita para ser partilhada, destacando-se pratos de conforto como a corvina com arroz fresco de limão e coentros ou o arroz de cabrito com enchidos e laranja. Não deixe de perguntar por pratos fora da carta porque há sempre uma surpresa ou outra (e ao almoço de segunda a sexta há menu executivo com pratos bem portugueses). 

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  • Haute cuisine
  • São Sebastião

Não há um prato de Pedro Pena Bastos que não chame à atenção, nem há um em que o chef não se aventure em grandes técnicas. São bonitos, mas mais do que isso, são cheios de alma e sabor. Com um olhar sempre atento à estação e ao que esta tem de melhor para oferecer, e tendo como bússola o produto português, Pena Bastos apresenta dois menus – dez (185€) e cinco momentos (145€) – num restaurante que consegue ser tão arrojado como foi o Ritz quando abriu na época. E, como seria de esperar, com um serviço imaculado e nunca pesado.

  • Chiado

Primeiro, um aviso: para conseguir lugar neste Das Flores convém que marque com tempo, nem vale a pena tentar aparecer sem mesa garantida. A explicação é simples: já são poucos os restaurantes como este em Lisboa, bons e baratos. Depois de várias ameaças de fim devido às obras no edifício, a verdade é que o Das Flores se mantém firme com uma cozinha imaculada. Os croquetes fritos na hora são obrigatórios, seja como entrada, ou como prato, acompanhados por arroz de tomate. Também têm fama o bacalhau ou as iscas. No fundo, é tudo caseiro e bem servido. Guarde espaço para as sobremesas.

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  • Chinês
  • Martim Moniz

A Calçada da Mouraria é a rua das cantinas chinesas – que não são restaurantes clandestinos, atenção. Este Dawanmian, tal como o vizinho Midai, veio da região de Wenzhou, na China e tem à frente um casal de guerreiros. Chen e Ruan vieram para Portugal com uma mão à frente e outra atrás, mas trouxeram com eles boas sopinhas de massa. No caso, a especialidade são as sopas de noodles, massa feita todos os dias numa cozinha sempre a 200km/por hora, onde não faltam coisas extravagantes (para portugueses, claro), como cabeças e línguas de pato ou tendão de vaca. Não é o sítio mais arrumado do mundo, mas é especial e tem uma sopa de noodles de entrecosto que está entre os melhores pratos mais baratos da cidade. 

  • Português
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Nesta casa courense – entenda-se, de pessoas de Paredes de Coura – não há prato que desiluda, sendo a massada de peixe, o polvo à lagareiro e os bons grelhados – quer de carne, quer de peixe – uma aposta sempre segura. Na altura certa, é dos melhores restaurantes da cidade para comer lampreia, vinda precisamente do Alto Minho. Já nos dias de cozido à portuguesa (quarta-feira e sábado) o melhor é chegar cedo porque são especialmente concorridos. Das entradas às sobremesas, o difícil é deixar passar alguma coisa.

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  • Carnide/Colégio Militar

É uma das casas mais bairradinas de Lisboa, o que significa que é um lugar de chanfana, cabrito e, sobretudo, de leitão à Bairrada. Fica num bairro residencial (Horta Nova), para os lados de Carnide, onde um indivíduo só vai para o efeito de comer, mas vale a pena o esforço, até porque a cidade é fraca em recos assados de pele vidrada, acompanhados de batata frita às rodelas. Outro dos atractivos é a carta de vinhos, sobretudo para quem gosta das pomadas da Bairrada, e devíamos todos gostar – que é das regiões com vinhos mais frescos e com a melhor relação preço-qualidade que há, estejamos a falar de brancos ou de tintos. 

  • Chiado

Quando o prato de cenoura em diferentes texturas com leite de caju se começou a destacar no Belcanto, entre pratos de carne, peixe e marisco, José Avillez percebeu que havia um caminho a desbravar no universo dos vegetais. Não que não o soubesse antes, mas num restaurante como o Belcanto não havia espaço para o fazer com a dedicação necessária. Muitos testes depois, o chef abriu o Encanto. Na cozinha, está João Diogo Formiga. A estrela chegou apenas nove meses depois de ter aberto, tornando-se no primeiro restaurante vegetariano da Península Ibérica a conseguir a proeza. Não há pratos à carta, apenas um menu de degustação com 12 momentos (135€).

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  • Chiado
  • preço 4 de 4

Há mais de duas décadas em Portugal, foi só em 2018 que Vincent Farges abriu o primeiro restaurante em nome próprio. O Epur tem uma cozinha com grandes janelas viradas para o Largo da Academia Nacional de Belas Artes e três salas distintas no interior, altas, com vista para o rio Tejo. Como nos foi habituando, o chef segue a linha da cozinha francesa, que tão bem domina, mas sem perder o rasto aos ingredientes portugueses de pequenos produtores. São dois os menus de degustação: Inspirações (120€/sete momentos) e Epurismo (150€/nove momentos).

  • Bairro Alto

Quando se fala de cozinha francesa em Portugal é o nome de André Lança Cordeiro que mais vezes surge mencionado, embora não se possa dizer que o Essencial seja um restaurante francês. Inspirado pelos seus anos em França, o que o chef faz no Bairro Alto é uma cozinha exímia onde se cruzam ingredientes essencialmente portugueses com a técnica francesa, o que pode resultar em pratos como o vol-au-vent de lavagante e moleja ou o pithivier de novilho e trufa. Nas sobremesas, há um mil-folhas de caramelo salgado que se destaca desde o início, bem como um Paris-brest de pistáchio e yuzu. São dois os menus, o mais simples (50€) onde o cliente escolhe entrada, prato e sobremesa, e o de degustação (85€). A carta de vinhos é rara, com um olhar igualmente atento, mão de Daniel Rocha e Silva. 

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  • Chiado/Cais do Sodré

Num bairro que se tem vindo a transformar ao longo dos anos, com algumas portas a fecharem-se para outras se abrirem, o Estrela da Bica mantém-se um porto seguro de boa comida há muitos anos. Na cozinha, Marta Figueiredo aposta num menu de partilha criativo que viaja tanto pelo mundo como tem tanto de português, a começar desde logo pelos produtos frescos da época, os mais locais possíveis. A carta não é sempre a mesma, depende daquilo que a chef quer e tem para cozinhar e isso continua a ser uma mais-valia. 

  • Belém
  • preço 4 de 4

Se até 2022 poucos poderiam não conhecer o nome de André Cruz, hoje o chef já não passa despercebido. A tranquilidade e segurança com que encarou o desafio de chefiar o Feitoria fazem deste hoje um dos mais entusiasmantes restaurantes de alta-cozinha na cidade. Há interacção à mesa, tanto do serviço de sala, como da equipa da cozinha e do próprio chef, que mantém uma relação muito próxima com pequenos produtores (e não é cliché, já que o próprio mantém uma horta biológica, colmeias e faz criação de animais). O resultado é uma cozinha de produto sem máscaras em dois menus: um de sete (160€) e outro de oito momentos (180€) e duas versões vegetarianas (120€-140€).

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  • Avenidas Novas
  • preço 3 de 4

Alexandre Silva domina o fogo como poucos. Apesar de ser uma técnica ancestral, nem sempre é fácil transpor para um restaurante a cozinha de fogo, mas é isso mesmo que o chef faz neste restaurante nas Avenidas Novas. Não há prato que chegue à mesa que não passe pelo fogo das mais variadas formas. Podem ser umas ostras que passaram pelas brasas, um tártaro de vaca maturada com tutano fumado, um arroz de forno com pato assado ou um carabineiro grelhado (ou outro marisco ou peixe que Alexandre Silva encontre na lota). A carta, na verdade, vai mudando, como forma de acompanhar os produtores – e só entra produto português, não fosse essa a linha do chef. Desde há uns meses, o restaurante disponibiliza também um menu de degustação (80€). 

  • Cascais

Quando Gil Fernandes ainda não se imaginava na cozinha, a Fortaleza do Guincho conquistava a primeira estrela Michelin, que mantém até hoje. Estávamos em 2001. Avançando para 2024, Gil é hoje a cara do restaurante. Inspirado pelo mar do Guincho que banha o restaurante e mergulhando na sua história, o chef dá-se a conhecer em dois menus de degustação (145€-190€) onde se destacam sabores bem portugueses, apresentados de forma criativa, dinâmica e cheia de técnica. Desde que assumiu o cargo em 2018, depois da saída de Miguel Rocha Vieira, na altura tornando-se no chef mais novo com uma estrela Michelin – tinha 28 anos –, que Gil se afirmou como uma lufada de ar fresco num hotel histórico.

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  • Português
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

Um clássico é sempre um clássico e poucos lugares têm a capacidade de deslumbrar alguém como o Gambrinus. Na mais célebre casa das Portas de Santo Antão, tudo acontece à boa maneira antiga, seja ao balcão ou nas mesas do restaurante, apesar de a experiência ser bem diferente. Se o balcão proporciona a proximidade, na sala fica-se mais recatado – e talvez por isso seja tão procurada pela elite. Não se deixe intimidar pela porta fechada e o peso da história, o Gambrinus merece uma visita quanto mais não seja para provar aqueles que são provavelmente os melhores croquetes de Lisboa (e para isso não precisa de gastar muito). Se se quiser aventurar na carta, onde mais é que encontra empadão de perdiz ou de lagosta e crepes Suzette?

  • Beato

A história é aquela de muitos sítios na cidade, alguns nestas páginas. Era uma vez uma tasca que depois de anos a servir acaba por fechar portas, às vezes por decisão dos donos que querem parar, outras vezes por aumentos brutais de rendas ou outros factores externos. Até que surge alguém com um sonho não muito diferente. No caso, o israelita Adam Denis que, convencido pela qualidade da matéria-prima em Portugal, se decidiu atirar para a cozinha, criando uma carta curta com inspiração do Médio Oriente. O crítico Luís Monteiro saiu conquistado: “No geral, um nível elevado e, seguramente, uma das melhores relações qualidade/preço da cidade para quem quer sair da sua zona de conforto sem deixar a comida de conforto”. 

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  • Japonês
  • Avenidas Novas

Tem lugar cativo na lista dos melhores japoneses de Lisboa, mesmo quase passando despercebido. Desde que abriu em 2015, pelas mãos de uma equipa de antigos discípulos do Aya – há, inclusive, um destaque no menu em homenagem ao restaurante que foi uma grande escola de cozinha japonesa em Portugal –, que o Go Juu respeita a cozinha tradicional japonesa, com produtos sempre frescos e uma técnica tão apurada quanto delicada. A experiência ao almoço e ao jantar é diferente e também por isso os menus omakase (77€-110€) são apenas servidos à noite, ao balcão (de quinta-feira a sábado, ao jantar, os lugares são essencialmente reservados para os membros do Clube Go Juu, o que não significa que não se consiga um lugar, mediante reserva antecipada).

  • Hambúrgueres
  • São Sebastião

À pergunta “onde é que se come um bom hambúrguer em Lisboa?”, a resposta é quase sempre imediata e consensual: Ground Burger. E não é para menos. Por mais hambúrgueres que possamos comer, há algo que continua a distinguir os exemplares deste restaurante colado à Gulbenkian (e também no Time Out Market e na Avenida da Índia numa roulote). Pode ser o brioche feito em casa pelo menos duas vezes por dia e que chega à mesa ligeiramente torrado, pode ser a carne certificada Black Angus, ou até as batatas impecavelmente fritas, com alho e alecrim. O que é certo é que nestes hambúrgueres artesanais, qualquer aposta é segura.

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  • Lisboa

Os nepaleses não estão sempre do outro lado do balcão, fechados em cozinhas, a servir-nos. Às vezes, também estão na sala, a comer e a celebrar – e, nas raras ocasiões em que o fazem, escolhem muitas vezes este Grill n’Chill. O restaurante começou como um snack bar, mas foi-se sofisticando e crescendo. Tomou o vizinho Chimarrão, agora extinto, na Praça do Chile, e multiplicou-se noutros dois espaços, um no Intendente e o outro em Almada. Comem-se os famosos raviolis nepaleses – os momos, feitos na cave, todos os dias –, espetadas de barriga de porco e de frango marinado em iogurte e especiarias, assadas no carvão, pani puris e chatpads, tudo com malagueta verde, para arrebitar. 

  • Português
  • Campo de Ourique
  • preço 1 de 4

Se há casa mais minhota do que esta em Lisboa, nós não conhecemos. E muito se deve ao senhor João, a alma do restaurante, bem como a dona Adelaide, que toma conta da cozinha como ninguém. Sem qualquer pretensiosismo e com toda a simpatia, o casal natural de Ponte da Barca recebe-nos como se da família fizéssemos parte – e a magia é que isto vale tanto para clientes de sempre como para alguém que ali chega pela primeira vez. Dependendo dos dias, há bacalhau à minhota, chanfana, cozido à portuguesa ou cabrito. Na altura certa, também a lampreia se consegue.

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  • Chiado/Cais do Sodré

São, provavelmente, as pizzas com a massa mais fina da cidade, o que as torna surpreendentemente leves. Escondida numa rua, perto da Praça das Flores, esta é uma pizzaria biológica, o que significa que aqui só se trabalha com fornecedores orgânicos, tanto portugueses como italianos. No menu, são várias as opções vegetarianas, vegans e também sem glúten, mas nada tema que também há uma diavola (15€) ou uma parma (17,50€). E não há nada que não seja feito em casa: do pesto aos fermentados, do creme balsâmico aos gelados nas sobremesas – com o bónus de os clientes poderem assistir à parte do processo das pizzas, alisadas, estendidas e postas no forno mesmo ali à vista.

  • Japonês

O espaço é pequeno, mas cheio de pinta. Um balcão para menos de 20 pessoas, iluminado em parte por néons vermelhos. O ambiente é frenético: a música está alta, as pessoas falam alto e na cozinha à nossa frente é difícil acompanhar o ritmo acelerado (mas não menos regrado) com que tudo acontece. É assim o Izakaya, o segundo restaurante de Tiago Penão, a poucos metros do Kappo. E são assim os izakayas no Japão. De forma curta, e simplista até, podem definir-se como sítios onde se serve comida para acompanhar a bebida. Como boa tasca japonesa, não faltam opções de saké para acompanhar a refeição, a copo ou à garrafa, mas também cocktails clássicos dos izakayas. Quanto à comida, há muito por onde escolher, doses pequenas e várias, a pedir uma partilha ao balcão.

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  • Mexicano
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 2 de 4

Em 2018, quando abriu em Alcântara com apenas sete lugares, deu logo que falar. Não foi preciso muito para se perceber que este não era mais um restaurante mexicano. Depois de uns anos a trabalhar no México, Ivo Tavares quis oferecer uma experiência próxima do real, tendo como base a cozinha tradicional mexicana, acrescentando-lhe ainda assim a sua assinatura com algumas técnicas contemporâneas. A palavra espalhou-se e se o restaurante já era pequeno tornou-se ainda menor para a procura. Havia o desejo de crescer para outro lugar, mas circunstâncias da vida levariam a que Ivo optasse primeiro por fechar o restaurante, no final de 2021. Mas eis em que no Verão do ano passado, para alegria dos bons apreciadores, o Izcalli renasceu, agora na Avenida Infante Santo e num espaço ligeiramente maior. Ivo continua atrás do balcão, apostado em fazer diferente. Começou apenas com um menu de degustação, mas depois de ouvir os clientes, especialmente os mais antigos, optou por um serviço à carta, onde se destacam alguns dos favoritos como a tostada de atum ou as ostiones en aguachile. E ainda há os especiais da semana.

  • Avenida da Liberdade
  • preço 4 de 4

Não será exagero dizer que há um antes e um depois do JNcQUOI em Lisboa. Se hoje são muitos os restaurantes bonitos, cheios de onda, com balcões vistosos, em 2017 não era bem assim. E é preciso acrescentar a qualidade da comida porque com o Amorim Luxury Group não há nada deixado ao acaso e investe-se o que tiver que se investir para se proporcionar a melhor experiência. António Bóia, chef executivo do grupo, é um zelador da cozinha tradicional, mas nem por isso deixa de acrescentar à carta propostas internacionais. Entre o restaurante, onde se destaca o esqueleto de um velociraptor, o Delibar com um balcão com 48 lugares e a esplanada, há menus distintos, mas uma das mais-valias é o facto de tudo poder ser pedido em todo o lado. Até mesmo, aqueles pratos que mensalmente o JNcQUOI recebe de restaurantes regionais de todo o país, da lampreia à cabidela. Uns números abaixo, não é diferente no JNcQUOI Asia, onde se esconde também o chinês Frou Frou. O dinossauro deu lugar ao dragão, a decoração respira motivos asiáticos, e a cozinha, aberta, faz chegar sabores de todo o continente. E a história não se vai ficar por aqui.

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  • Belém

Não é possível falar da gastronomia japonesa em Portugal sem se referir Paulo Morais, decano da cozinha oriental. A estrela ao Kanazawa chegou no final de 2022, quando o chef já nem a esperava. Em Algés, no pequeno restaurante aberto ainda pelo japonês Tomoaki Kanazawa, que quando regressou ao Japão, em 2017, escolheu Paulo Morais para o seu lugar, homenageia a tradição japonesa como se fosse a sua. Com apenas oito lugares ao balcão, o chef entrega-se à cozinha kaiseki, que tem como pontos fundamentais a sazonalidade e a qualidade do produto. Há quatro menus de degustação, num ritual pensado ao detalhe – três sem bebidas incluídas de 60€, 90€ e 100€ e um de 150€, com tudo incluído. À sexta e ao sábado, o restaurante transforma-se ainda num salão de chá japonês para um lanche especial.

  • Cascais

A alta cozinha japonesa tem um representante à altura no Kappo. Atrás do balcão, Tiago Penão e a equipa que o acompanha há algum tempo conduzem a refeição de forma afinada e irrepreensível, sem que se perca ainda assim a descontração. Kappo é também o estilo de cozinha japonesa que numa tradução literal significa “cortar e cozinhar”, mas que vai muito além disso, focando-se na proximidade entre chef e quem à sua frente se senta. Apesar de ser possível escolher à carta, o ideal é entregar-se ao menu omakase (130€), onde Tiago Penão consegue proporcionar uma autêntica viagem ao Japão com a melhor matéria-prima. E não é cliché. A cada momento da refeição, uma explicação ou uma história, sempre na dose certa.  

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  • Grande Lisboa

A senhora Yi tinha um restaurante em sua casa, há uns anos, na Mouraria. Mas acabou por encontrar uma loja no Centro Comercial Columbia, sem porta directa para a rua, mas de acesso livre, para nossa felicidade. Aqui, servem-se pratos de rua da China, sobretudo da zona de Sichuan e Shandong, a uma turba alegre de indefectíveis, que vão dos estudantes Erasmus a jovens chineses, passando por portugueses com gosto por espetadinhas de cominhos, sopas picantes com amendoim e noodles de batata doce e panquecas de ovo e alho francês. O prato obrigatório são as unhas de porco grelhadas, um petisco improvável, mas delicioso, que a senhora Yi serve sempre com um sorriso nos lábios. 

  • Sintra

Se há restaurante que consegue ser laboratório para a criatividade de um chef é o LAB by Sergi Arola, restaurante com uma estrela Michelin no Penha Longa, hotel em Sintra que é ainda casa do estrelado Midori. O nome não engana, mesmo que o chef catalão não esteja sempre por lá. A consistência e continuidade é assegurada tranquilamente pelo chef residente Vladmir Veiga, discreto e focado, não acusando nunca o peso que a ausência de Sergi Arola que dá nome ao restaurante pode acarretar. À mesa há muitas influências espanholas pontuadas com ideias de outras paragens, a começar desde logo pelo arranque no menu que é uma autêntica viagem por Portugal. O Menu Pela Serra Dentro (154€) é uma forma de se aventurar, mas se se quiser alongar experimente o Menu Pela Serra Fora (186€).

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  • Bairro Alto

Nasceu no lugar do antigo Calcutá e é a Goa que Hugo Brito, chef do Boi-Cavalo e responsável aqui pela carta, foi buscar o receituário, acrescentando-lhe o seu toque, sem grandes fundamentalismos. No Laranja Tigre, a cozinha é goesa, mas nem por isso tradicional. É contemporânea, de autor qb. Para chegar à carta, o chef estudou o receituário goês, sabendo que essa não é a sua história, nem é, na verdade, a história de Afonso de Melo ou Ricardo Regal, os donos. Também por isso, Hugo Brito não quis amarras, partiu dos livros e acrescentou-lhe o seu toque. Veja-se o exemplo da chamuça de frango assado. Nas entradas, destacam-se ainda as pakoras de camarão e Bulhão Pato ou os baji-puri de batata-doce de Aljezur. Já nos pratos principais, são muitas as opções, todas elas também perfeitas para partilha, do xec xec de caranguejo de casca mole ao caril de camarão tigre. O pica-pau de novilho açoreano à Cafreal e o vindalho de cachaço de porco ibério saem da caixa e já fazem sucesso.

  • Italiano
  • Grande Lisboa

No Libertà não vai encontrar pizza ou carbonara, já que a ideia é trabalhar com a autêntica comida italiana, sem floreados, mas de maneira pouco convencional. O italiano da região de Bérgamo Silvio Armanni, ex-chef executivo do Octavium, em Hong Kong, com uma estrela Michelin, é quem assume as rédeas na cozinha, mas aqui sem pretensão ao estrelato. Na sua carta, dá muito destaque à massa, fresca e preparada no restaurante, mas também brilham pratos de carne e peixe que talvez não associaríamos a um restaurante italiano por nos faltarem exemplos do género. A partir das 16.00 (e até à hora do jantar, 19.00), há ainda espaço para um bom aperitivo italiano.

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  • Estrela/Lapa/Santos

Sem menu, sem regras que não as próprias da casa e apenas com produto português de produtores cujo percurso e trabalho Alexandre Silva conhece bem. É assim o LOCO, restaurante com uma estrela Michelin, que o chef mantém, sem nunca vacilar nos princípios que ali o levaram. O menu não desvenda nada do que vem para a mesa, mas deixa pistas: “O LOCO é orgânico, valoriza os produtos nacionais e a natureza. Vive ao sabor das micro estações, inspira-se na tradição e nas referências identitárias da gastronomia nacional, mas subverte e eleva-as a um outro nível conceptual, desafiando a regra através da pesquisa e experimentação de novos procedimentos. O LOCO é uma corrente criativa constante, uma atitude. É uma experiência total, que promove a relação entre os clientes e a cozinha do restaurante”. No fundo, é confiar. No total, são 16 os momentos (156€/246€ com harmonização).

  • Grande Lisboa

É mais difícil encontrar um bom restaurante indiano em Lisboa do que se pensa, e este por sinal também não é em Lisboa, mas sim em Odivelas. Aqui, encontramos boas parathas (pãozinho na chapa com manteiga ghee), boas chamuças e caris feitos a preceito, sem pozinhos de fábrica manhosos – e tudo isto num espaço agradável, arejado e moderno, a condizer com a urbanização Colinas do Cruzeiro, onde está instalado. Prove o tarka dahl, um guisado de lentilhas magnífico, e o karahi de camarão – passível de ser domado no picante, mas algo que se desaconselha. Se o nível de fogo for demasiado, faça uso da raíta, uma espécie de tzatziki grego, com iogurte gordo e cebola e pepino, bom para refrescar a malagueta. 

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  • Pizza
  • Cais do Sodré
  • preço 2 de 4

Quando abriu em 2019 no Cais do Sodré, Duda Ferreira não foi tímido na apresentação. “Quero fazer a melhor pizza de Lisboa”, clamava. Quase cinco anos depois, o pizzaiolo conseguiu efectivamente tornar-se numa referência. O rebuliço na esquina da Rua de São Paulo dá disso conta. O segredo podem ser as combinações menos convencionais em pizzas de fermentação lenta e natural, mas também a escolha a dedo dos ingredientes – preconceitos à parte, o ananás vai muito bem com mozzarella, queijo do Viso, bacon, picles de cebila roxa e coentros (14€). Para comer ali, levar para o jardim ou pedir em casa.

  • Português
  • São Vicente 
  • preço 1 de 4

É a escolha de muitos chefs para almoçar ou jantar numa folga, aposta segura para boa comida tradicional a preços que já pouco se encontram na cidade. Os pratos da grelha não falham, seja peixe ou carne. Há bons secretos e lagartos, bem como uma boa lagarada de bacalhau e as sardinhas na devida altura nunca desiludem. Já a chanfana é um daqueles que fideliza clientes. É feito com tempo, como manda a tradição, para que a carne de cabra velha ceda aos sabores. Não está sempre na carne, sendo habitualmente servida entre segunda e quarta-feira, de quinze em quinze dias.

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  • Chinês
  • Lisboa

Quando no final de 2019 fizemos o balanço da década (2010-2020), não hesitámos em destacar a existência do Macau Dim Sum de Oeiras “porque nunca houve outro restaurante chinês que fizesse tão bem dumplings para o povo”. De lá para cá, foram surgindo bons exemplares na cidade, mas o Macau Dim Sum continua a ter um lugar entre as nossas preferências. Este irmão mais novo que abriu em 2015 entre Campo de Ourique e as Amoreiras, pelo menos, não nos tem desiludido com a sua comida de Cantão.

  • Estrela/Lapa/Santos

Stéphanie Graisier e Yann Rotundo não saíram do lugar, mas pode dizer-se que estão num sítio novo. Quando em 2020, em plena pandemia, abriram na Madragoa o BBB Taste, uma casa de sandes artesanais, talvez não imaginassem que três anos depois revolucionariam tudo para abrir o Maluca, um restaurante com uma carta pequena, mas cuidada, onde praticamente tudo é feito em casa. Alfredo Lacerda passou por lá recentemente e resumiu assim a sua experiência: Santos tem um belo representante da neo-bistronomie cool, um sítio de dimensão humana, com gente estrangeira e arty a iluminar as paredes brancas e limpas. Bom produto, técnica sem piruetas, simpatia e conhecimento no serviço.”

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  • Frutos do mar
  • Cascais

Bruxas do Guincho, percebes da Roca, navalheiras de Cascais: a carta de marisco do restaurante que os cascaenses tratam pelo nome próprio, "Lourdes" ou "Dona Lourdes", tem como estrelas espécies das águas vizinhas – e não falamos apenas de marisco, mas também do peixe (robalo, sargo, garoupa, linguado, prago, salmonete). Na dúvida, pode sempre atirar-se a uma das travessas. A do mar (55€/duas pessoas) junta robalo, dourada, gambas, mexilhões, legumes e batatas. Escusado será dizer que também não ficará mal servido com a mariscada.

  • Alfama

Marlene Vieira dispensa apresentações, mas se disso precisasse nenhum restaurante a representaria melhor que este seu Marlene, aberto em 2022. É por inteiro e sem medos que a chef se apresenta com dois menus de degustação (150€/12 momentos ou 9/115€) que não se anunciam por estarem dependentes do produto e dos seus produtores, bem como da sua criatividade. É cozinha portuguesa e internacional, é a vida e o percurso de Marlene até aqui. Quando por lá passou, Alfredo Lacerda resumiu assim a experiência: “O espaço é dos mais bonitos de Lisboa; o serviço é cuidado e atento; e a comida tem um nível alto, mantendo um compromisso entre sabores portugueses e gosto internacional.”

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  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

Longe vão os tempos em que o Mattë se apresentava como um restaurante onde carne maturada e sushi conviviam na mesma carta. No último ano, afirmou-se como um restaurante de fine dining japonês, muito graças ao trabalho do chef Habner Gomes. A carne desapareceu e o foco ficou apenas na cozinha japonesa. No final de 2023, o restaurante de Santos deu mais um passo nesse caminho e, aproveitando o balcão existente, criou o menu kaiseki (125€) um menu de degustação tradicional do Japão, feito com produtos de época e de qualidade, e disponível apenas para oito clientes de cada vez.

  • Sírio
  • Lisboa
  • preço 2 de 4

O restaurante que nasceu pelas mãos da associação Pão a Pão com a nobre missão de integrar refugiados sírios que fugiram à guerra no seu país continua a ser uma óptima mostra do melhor que se come no Médio Oriente. No Mercado de Arroios, a carta é pensada para se partilhar – e Mezze significa isso mesmo, uma refeição de partilha, com amigos ou família. Ora há borek, como mujaddara (um estufado de bulgur e lentilhas com cebola frita) ou laham kharoof (carne de borrego cozinhada lentamente, com especiarias) e pão, não tivesse tudo começado por aí.

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  • Chinês
  • Martim Moniz

É o chinês mais fora da caixa (dos chineses ocidentais) de Lisboa. Entra-se e temos cadeiras e mesas dispersas e uma vitrina com produto fresco. Escolhe-se o produto, apontando com o dedo – que pode ser beringela roxa, lula, espinafres de água ou peixe tilápia –, e espera-se que o pai (por vezes, também, a mãe) do rapaz que nos atende faça a sua magia no wok, ali ao lado. Não esquecer, para petisco, o entrecosto frito ou a barriga de porco, bem como uma ou duas tigelas de arroz branco (belíssimo) para acamar. 

  • Cervejaria artesanal
  • Marvila

O limite de Pedro Abril na cozinha da Musa é não ter limite, nem se levar demasiado a sério. O resultado é uma carta sempre fora da caixa e nunca igual – tantas vezes para se sujar os dedos e comer sem culpas. Pode ser um frango frito com brioche, um croquete de bacalhau com natas, uns nuggets vegetais ou uma pêra bêbada em stout. As novidades sucedem-se praticamente todos os meses porque o que se quer é uma carta rodada e não uma mesa parada. A condição é que tudo seja bom. O og burger (9€), felizmente, parece manter-se intocável no menu. Falta dizer que desde que a Musa de Marvila se mudou para esta nova casa que o espaço se tornou ainda mais convidativo. A esplanada, cheia de pinta, é óptima para famílias durante o dia (tem até um parque infantil). À noite, o mambo é outro.

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  • Indiano
  • Lisboa

Os restaurantes nepaleses saíram do armário há uns cinco anos, no sentido em que começaram a afirmar a sua identidade própria, sem ter de se fazerem passar por indianos. Este pequeno lugar na Alameda é isso tudo, um oásis de paz e boa comida caseira, com destaque para os caris, feitos com especiarias inteiras, e onde tudo é bom, dos momos às chamuças, não esquecendo os onion baji ou as pakora, pastéis deliciosos para barrar com chutney – e onde se está amparado de decoração das montanhas, esse talismã dos nepaleses. Muitos dos restaurantes indostânicos são inconsistentes, abrem e fecham e mudam de mãos rapidamente, mas este Nepal Curry House tem-se revelado um porto seguro na Alameda. 

  • Frutos do mar
  • Belém

Nesta altura do campeonato já saberá que a Nunes Real Marisqueira é uma casa renovada – e que renovação. Pode dizer-se que a marisqueira subiu de nível em tudo. O espaço é bem maior, a decoração é mais vistosa (os tons dourados, que reluzem, a sereia que, quando se entra, parece esconder um aquário enorme, sofás de veludo espaçosos, frisos e colunas, candeeiros únicos), a cozinha passou a estar aberta à sala e a carta evoluiu, sem deixar de fora os clássicos. O marisco nacional continua a ser a aposta central, com a lagosta à basca a destacar-se, mas o caviar passou a fazer também a parte da ementa em pratos como o camarão alistado com caviar (38€) ou o “bikini”, assim se chamam as tostas mistas na Catalunha, de salmão com caviar (78€).

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  • Português
  • Belém
  • preço 2 de 4

Foi, talvez, o restaurante que nos voltou a despertar a atenção para os balcões. É verdade que sempre existiram e que quando O Frade abriu já havia algumas novidades nesse sentido, mas o facto de o restaurante se fazer todo à volta do balcão tornou-o logo especial – isso e a boa comida de conforto. Diogo Carvalho comanda a cozinha de raiz tradicional, mas abriu o leque. Se no início era a cozinha alentejana que se destacava, hoje o chef procura olhar para o país no seu todo. O arroz de pato mantém-se na carta, onde se destaca pratos como a feijoada de polvo à Frade ou o arroz cremoso de cogumelos. 

  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 2 de 4

Houve um momento em 2019 que O Velho Eurico foi uma espécie de segredo na Mouraria, uma tasca antiga de alma jovem e irreverente. Cinco anos depois, já não há quem não conheça a casa de José Paulo Rocha e Fábio Algarvio e ainda bem. O trabalho que ali se faz é sério, mesmo que à primeira vista tudo pareça quase uma brincadeira num tratamento tu cá, tu lá. Na cozinha-se, sabe-se bem o que se faz: uma cozinha tradicional e despretensiosa com o conhecimento de quem podia estar num fine-dining. Fez fama o bacalhau à Brás ou o arroz de pato, mas é possível que não se encontrem por lá porque o menu vai mudando. O segredo é pedir à confiança, mas garanta a reserva primeiro porque o segredo foi-se há muito.

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  • Chiado

Quando abriu o Oitto, em 2022, Carlos Duarte Afonso não se quis precipitar. Jogou pelo seguro – até pelo tamanho do restaurante– , manteve-se na cozinha de matriz regional, dando-lhe obviamente o seu cunho, e não fechou nunca a porta a futuras mudanças. Quase dois anos depois, o Oitto está menos tradicional e mais criativo. Há, inclusive, um menu de degustação (89€). Entretanto, no piso de cima, o chef que se deu a conhecer ao balcão transformou o bar numa barra onde serve, essencialmente, pratos pratos frios. Pode ser um sítio onde tanto se vai comer umas ostras, como se pode fazer uma refeição completa e não falta nem o arroz de pato, agora numa versão 2.0.

  • Estrela/Lapa/Santos

Começou com um balcão de sete lugares em Alcântara e nem a mudança de morada o tornou maior, também porque a ideia nunca foi crescer em tamanho, mas mais em condições. Agora, na Lapa, são dez os lugares ao balcão. A experiência mantém-se intimista e fiel à história que se propôs a contar no início: servir um menu omakase (90€) com 15 momentos, que pode variar todos os dias consoante o que estiver disponível no mercado. Trabalha-se a cura do peixe, mas não se manipula nunca demasiado o produto.

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  • Lisboa

É a Joaquim Saragga Leal que devemos a Taberna Sal Grosso de onde saíram alguns dos chefs, cozinheiros e taberneiros modernos que têm dado que falar, de Zé Paulo Rocha d’O Velho Eurico a Pedro Abril, na Musa. Depois de ter saído do restaurante em Alfama, Joaquim rumou ao Alentejo onde esteve nos últimos três anos até ter decidido voltar para transformar o antigo restaurante Os Papagaios, junto ao Mercado de Arroios, numa taberna à sua imagem. Os pratos anunciam-se na ardósia, há uma certa desarrumação em casa, mas nada que atrapalhe a ordem na cozinha de onde podem sair pratos como o xerém com rissóis de berbigão, um pica-pau de atum ou rabo de boi.

  • Cais do Sodré

Depois de uma vida no Bairro Alto, onde se tornou num lugar de culto, paragem de meia Lisboa, mas também de muitos nomes internacionais (de Catherine Deneuve a Robert de Niro), que dali saltava para o Frágil e, mais tarde, para o Lux, o Pap’açorda resistiu ao teste do tempo e, mais do que isso, à mudança de morada – e foram muitos os que desconfiaram que no primeiro piso do Time Out Marke o restaurante não mais seria o mesmo. Mas eis que o legado continua com os empregados e a chef de sempre, Manuela Brandão. E continuam a conquistar-nos pelo estômago os pastéis de massa tenra, a açorda de gambas e as costeletas de borrego.

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  • Lisboa

O nome pode gerar desconfiança, pelo menos a Alfredo Lacerda desconfiou, mas só até provar a massa fresca de João Frazão, concorrente do Masterchef, em 2022. No programa de televisão, o chef já demonstrava a queda para as massas e nesta casa, que começou nos Anjos e ganhou uma segunda morada no Príncipe Real, é à pasta que se atira. Para o crítico, “estamos a falar da melhor-pasta-sem-merdas, com o melhor preço, que comi desde os velhos tempos do Bella Ciao (o da Rua do Crucifixo)”.

  • Português
  • São Vicente 

Para grandes refeições ou para picar enquanto bebe um ou outro copo, a Penalva da Graça pode ser a resposta. Em poucos sítios de Lisboa, encontra marisco com esta relação preço/qualidade. Falamos de percebes, ameijoas, camarão, sapateiras, navalheiras, santolas, lagostas. O arroz de marisco é um ex libris da casa e a dose para dois, serve três à vontade (e daí também o sucesso). Diz o crítico José Margarido: “Some-se um óptimo pica-pau de vaca mais uma mão-cheia de jolas, e temos uma gloriosa aventura marisqueira, que o comum mortal pode cobiçar sem ter de hipotecar um rim”. E ainda há os pratos do dia: cabidela, mão de vaca, cozido à portuguesa... 

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  • Português
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4

Malta nova a fazer boa comida, sem grandes subterfúgios ou manias. O Petisco Saloio é um belo exemplar daquilo que uma tasca pode ser em 2024. O restaurante é pequenino e tem duas vidas, não tão distintas assim. Ao almoço funciona com menu e 12€ incluem o couvert, o prato, a sobremesa, a bebida e o café – há sempre três opções, uma de carne, outra de peixe e um consensual bitoque (já por lá comemos uma açorda com cavala alimada, um arroz de polvo e até uma cabidela). À noite, o menu faz-se de petiscos e pratos para partilha, de um pica-pau de novilho a uns ovos rotos com farinheira, umas bochehchas de porco ou um xerém de berbigão.

  • Português
  • Chiado/Cais do Sodré

Susana Felicidade recuperou o vintage na primeira Taberna Ideal – e de certa forma lançou a moda para os muitos que vieram a seguir – mas aquilo que fez no Pharmacia foi ligeiramente diferente. Recriou a 100% o ambiente de uma farmácia antiga – não estivesse nas costas do Museu da Farmácia –, instalou armários brancos a contrastar com as madeiras escuras e antigas da sala e com o papel de parede verde água, e encheu-os de falsas embalagens de remédios. À mesa, partilham-se petiscos despretensiosos e bons.

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  • Princípe Real

Quando as novidades pareciam ir para um lado, Luís Gaspar virou para outro e abriu um restaurante de comida tradicional. Ainda assim, não deixou de lhe dar um toque contemporâneo, seguindo os mandamentos de Maria de Lourdes Modesto (1930-2022). A grande aposta são os pratos do dia fixos, servidos tanto ao almoço como ao jantar, fim-de-semana incluído. Conforme a altura do ano, o chef vai fazendo umas alterações, mas o cozido à portuguesa à quinta e o arroz de cabidela à sexta têm-se mantido. Fora isso, há uns petiscos na carta que merecem ser descobertos como os rissóis de leitão ou os peixinhos da horta.

  • Petiscos
  • Campo de Ourique

Miguel Azevedo Peres tem uma das poucas casas no país que respeita o princípio nose to tail sem vacilar. Quer isto dizer que o animal é sacrificado, mas todo aproveitado. Uma nobre e difícil missão, que não se fica por aqui. Há uma atenção redobrada na escolha de produtores e procura-se sempre trabalhar com uma agricultura regenerativa. Ao mesmo tempo, enobrecem-se partes do animal habitualmente menosprezadas. À mesa, é pedido que deixe os preconceitos de lado – se há lugar para arriscar é aqui. Seja com pezinhos de coentrada, mioleira, túbaros ou orelha, sempre confeccionados de formas inesperadas. Não saia sem pedir a bifana porcalhona.

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  • São Vicente 
  • preço 4 de 4

Ninguém respira tanto a sua terra como Vítor Adão. O chef saiu de Chaves já há um bom par de anos, mas nem por isso esquece as raízes. Pelo contrário, no Plano, o restaurante de fine dining escondido na Graça, dá palco a muitos produtores da zona. Nos pratos conta-nos as histórias da terra e das suas gentes, interpreta-as, dá-lhes a assinatura, sempre com o máximo respeito pela tradição. O menu de degustação (75€/seis momentos, 95€/nove momentos) é uma viagem que, na verdade, se alonga por todo o país. Para uma versão mais descontraída disto tudo, o chef tem ainda o Planto, onde com a ajuda de Mateus Freire continua a olhar para o receituário tradicional com pratos que conhecemos bem.

  • Chiado

Com provas dadas no país vizinho, o Ponja Nikkei, no Montebelo Vista Alegre – Chiado Hotel, conta a história da fusão japonesa e peruana que deu origem à cozinha nikkei. No menu não faltam, claro, os ceviches, como o clássico de corvina marinada em leite de tigre, batata-doce, cebola roxa, choclo, canchita (pipocas de milho), e óleo de coentros, assim como os tiraditos. Há nigiris e sashimi, mas também pratos quentes como um lombo salteado com mandioca. Para beber, o pisco é, claro, a estrela da companhia – o bar, aliás, está aberto todo o dia.

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  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 3 de 4

Hoje, não há quem não fale da sazonalidade, dos produtores e da sustentabilidade, mas há seis anos já era isso que movia António Galapito no Prado. E é por isso que o restaurante junto à Sé conquistou facilmente uma legião de fãs, entre os quais boa parte daqueles que apreciam uma boa refeição e profissionais da área. Com uma carta curta, é o produto, quase sempre vindo de pequenos produtores, a ditar os pratos, sem artimanhas. Agora, há também um menu de degustação (75€), sem grandes pretensões a não ser a da boa comida com atenção ao produto e às técnicas. 

  • Italiano
  • Avenidas Novas
  • preço 3 de 4

No bonito restaurante do Grupo Non Basta no Campo Pequeno, a comida italiana continua a ser o foco, mas a carta é mais alargada. Quer isto dizer, que nem só de massas se faz o menu. Pelo contrário, a cozinha mediterrânica brilha aqui com os ingredientes nacionais, muitos deles vindos da horta do grupo, em Oeiras – o nome não é um acaso, é uma forma de trazer o campo para a cidade. E o que significa isto? Que tanto se podem comer umas ostras de Setúbal como uma burrata e vegetais da horta no carvão, para começar, e um bife de espadarte com molho de manteiga e puré cremoso de aipo bola para acabar.

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  • Japonês
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Nas costas da Avenida da Liberdade, quase nem se dá por esta porta de entrada para o Japão. Quando se entra, somos brindados pela simpatia de quem nos recebe à boa maneira oriental. Com apenas seis lugares, a especialidade é o ramen, bem feito, com noodles finíssimos. São quatro os caldos diferentes: um à base de ossos de porco (para o tonkotsu ramen), outro translúcido de frango (para o shio ramen), mais um cremoso de frango (para o tori paitan e para o miso ramen), e um vegetariano, com miso e cogumelos shitake. Alfredo Lacerda não duvida de que “vale muito a pena este bocadinho de Japão, mesmo ao lado da Avenida da Liberdade”.

  • Frutos do mar
  • Intendente

"Onde é que se come uma boa mariscada em Lisboa?" A resposta imediata é, quase sempre: "Ramiro". Seja à hora que for, o mais provável é ter de esperar por mesa, mas não se preocupe que o serviço é rápido e está cada vez mais eficiente. À porta, ainda antes de entrar, é preciso tirar uma senha e aguardar que o número seja chamado com a indicação da sala onde se poderá sentar. A boa notícia é que se planear, consegue reservar online. Uma vez à mesa, é mandar vir. Dos percebes aos camarões, das amêijoas à sapateira, sem esquecer o carabineiro, é tudo bom. No final, não saia sem pedir um prego para a sobremesa.

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  • Benfica/Monsanto

Numa esquina tranquila de uma zona residencial de Benfica, em frente à Escola Superior de Comunicação Social, do outro lado da Segunda Circular, fica este inesperado restaurante que arrancou quatro estrelas ao crítico Alfredo Lacerda. Na cozinha está Filipe Marques, que trabalhou na Quinta da Fonte Santa, uma quinta privada do Banco de Portugal, durante mais de uma década. E escreveu Lacerda sobre o Re'Tasco: "Para quem procura comida de qualidade, tradicional com uns toques de mundo, feita com carinho e atenção ao produto, o Re’Tasco bate aos pontos os nomes sonantes do costume, do Solar dos Presuntos a outros solares da cidade".

  • Xabregas

Idealizada antes da pandemia, a Praça acabou por nascer ao contrário do que seria suposto: primeiro veio a venda online de produtos de pequenos produtores; e só depois um espaço aberto ao público, no Hub Criativo do Beato, e que tem vindo a crescer ao seu ritmo. Quase três anos depois, ganhou um restaurante, onde em breve será possível comprar tudo o que vem para o prato. O Refeitório, numa referência aquando ali se fez a cantina dos trabalhadores da manutenção militar, é um restaurante como há poucos na cidade. No menu todos os produtos e produtores vêm identificados. Seja no arroz de míscaros (16€) ou na barriga de porco bísaro (18€). Ao almoço, de segunda a sexta-feira, há um menu de almoço mais em conta que, por 15€, inclui prato, sumo, sopa, sobremesa e café. 

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  • Europeu contemporâneo
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

Foi um dos grandes e justos vencedores na primeira gala do Guia Michelin Portugal e no discurso de agradecimento João Sá acabou a resumir na perfeição o Sála, que mantém há cinco anos na Rua dos Bacalhoeiros: “É um restaurante independente, pequenino, mas ambicioso”. A cozinha, essa, faz-se de misturas. Uma viagem gastronómica que começa em Lisboa e que se estende a outras latitudes, da Índia a África. Há muamba, moqueca, caril, tom yum, mas também caldeirada ou coentrada. Em dois menus (110€ e 140€), a carne existe apenas como um apontamento e nunca como um prato – ao almoço de sexta e sábado, há ainda um menu curto por 50€.

  • Steakhouse
  • Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

São mais de 100 lugares, entre sala, balcão e uma esplanada interior. O restaurante especializado em carne maturada, que conta com Luís Gaspar nos comandos da cozinha, é uma referência nacional para os apreciadores de carne, mas mais do que isso é uma das melhores steakhouses do mundo – falamos do World's Best Steak Restaurants, que em 2023 colocou o restaurante na 34.ª posição. A justificação? “No menu, é possível encontrar diferentes cortes tentadores, oriundos principalmente da Península Ibérica, que são maturados na câmara de maturação do restaurante e depois cozinhados profissionalmente em carvão num forno Josper. Um endereço altamente recomendado”, defendem. E não estão errados.

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  • Bairro Alto
Sea Me
Sea Me

Chama-se peixaria moderna, mas é já um clássico da cidade. Ao fundo, perto das mesas, fica a montra de peixe fresco, de apanha diária – e dali pode ir para a grelha ou para peças de sushi. Se não quiser escolher, entregue-se nas mãos de quem sabe e descubra o peixe à sua medida em nove momentos. Umas portas ao lado, encontra o Sea Me Next Door. Se na casa-mãe a ideia é deixar-se estar e descobrir o peixe para além do marisco, neste novo espaço o marisco e os petiscos são as estrelas. É perfeito para refeições rápidas sem hora marcada, já que a cozinha nunca fecha.

  • São Vicente 
  • preço 3 de 4

Quando se fala de sustentabilidade na restauração, é o Sem de Lara Espírito Santo e George Mcleod que é tantas vezes dado como exemplo. Abriram em Alfama, perto das Portas do Sol, no epicentro do turismo, mas a única pressão a que cedem é àquela que a sua consciencialização ambiental exerce. “Nós não temos um menu sazonal. A nossa ementa muda semanalmente de acordo com o que a selecta lista de produtores tem disponível naquele momento. Não temos desperdício alimentar, todo o alimento – incluindo partes tradicionalmente descartadas como sementes, cascas, talos, folhas – é utilizado. Não temos caixote de lixo. Todo o resíduo orgânico é compostado. Não temos plástico de uso único”, contava-nos em tempos. Alfredo Lacerda quando por lá passou, deu-lhes cinco estrelas e garantia que “a comida nada deve ao fine dining”.

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  • Português
  • Oeiras
  • preço 2 de 4

As regras são simples: chegar, sentar, comer e aproveitar, sem pressas e muito menos queixumes. No Sítio de Gente Feliz, em Porto Salvo, quer-se isso mesmo, pessoas felizes. Já por isso, ninguém escolhe nada e assim não se perde a tempo a discutir o que vem para a mesa. É confiar porque Miguel Gonçalves já cá anda há um tempo e sabe o que faz. O fico está na boa matéria-prima e depois é o que lhe vier à cabeça no dia. A comida é de tacho, de forno e a conta é sempre certa, 25€, com bebida, café e diferentes entradas incluídas e sobremesa – uma fartazana! Só está aberto ao almoço e durante a semana e o melhor é não se aventurar a aparecer sem reserva. O único senão é só ficar tão fora de mão, pelo menos desta redacção. 

  • Asiático contemporâneo
  • Alvalade
  • preço 3 de 4

Japão, Índia, China, Vietname, Coreia ou Tailândia, eis algumas dos países por onde passa a carta do Soão, o pan-asiático que o Grupo Sea Me abriu em Alvalade. Poder-se-ia dizer que o Soão é um restaurante atípico num bairro típico. O ambiente é o de uma típica taberna asiática, com madeira tosca e candeeiros que são redes de pesca. Ao balcão, está João Francisco Duarte a comandar uma cozinha de onde podem sair baos, pad thai, caril ou sushi. No piso debaixo, está o bar com cocktails de autor e quatro salas privadas, para uma experiência mais intimista.

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  • Português
  • Alcântara
  • preço 2 de 4

De portas abertas desde 1988, o restaurante deve o nome (e a fama) à família Nunes, de origem alentejana. Não é de estranhar por isso a fama de pratos como a perdiz estufada ou a açorda de bacalhau. Há uma secção inteira dedicada aos pratos de caça, e as sobremesas, que aqui se chamam lambarices, incluem sericaia com ameixa de Elvas, encharcada de Mourão e fidalgo real. Não terá sido por acaso que Madonna escolheu o Solar dos Nunes para jantar quando se decidiu mudar para Lisboa. Em 2022, foi até eleito reataurante europeu do ano pelo Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas, uma organização sem fins lucrativos que tem como objectivo promover a gastronomia de qualidade na União Europeia. O crítico Luís Monteiro não se foz de rogado e passou por lá para tirar as provas. Entrou desconfiado e saiu consolado.

  • Lisboa

Se o Solar dos Presuntos é hoje um bastião da comida tradicional portuguesa é a Evaristo Cardoso, que morreu no final de 2022, e à sua mulher Maria da Graça, que o deve. Foi o casal, vindo de Monção, que abriu o restaurante apostado em servir o melhor da sua região. Quase 50 anos depois, é o filho, Pedro Cardoso, quem está à frente da operação, com um restaurante hoje bem maior e mais moderno. A “alta cozinha de Monção” mantém-se o mantra, sendo o Solar dos Presuntos uma aposta sempre segura na cozinha tradicional. Mesmo que se possam fazer algumas actualizações no receituário, ainda são as receitas de Maria da Graça que prevalecem. 

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  • Cascais

A cozinha africana tem um dos seus mais altos representantes em Bicesse. Quem o diz é Alfredo Lacerda, que foi lá comer a melhor muamba que já lhe serviram na Grande Lisboa. Não é por acaso, na cozinha está há anos quem percebe do assunto: a angolana Aida Garção, que não acaba um serviço sem espreitar a sala e garantir que todos estão satisfeitos. Aos sábados, o caril de gambas e caranguejo costuma chamar fregueses. E, por encomenda, sobram outros petiscos angolanos, como a quibeba de choco guisado, o funge de carne seca, a muamba de ginguba (amendoim), o muzonguê (sopa de peixe), calulu de peixe e quisaka (espécie de esparregado feito com as folhas da mandioca). Para quem preferir cozinha portuguesa, ela está sempre presente. É famoso o cozido (quartas e domingos) e às terças, quintas e sextas vale o buffet de pratos variados, com o que aprouver à dona Aida.

  • Mediterrâneo
  • Santa Maria Maior
  • preço 2 de 4

Bertílio Gomes não é um nome estranho na restauração lisboeta. Em 2019 abriu esta taberna, de alma antiga, mas de muito trabalho contemporâneo. Empurrado pelas raízes da família, atirou-se à cozinha algarvia. Sem invenções, com a tradição como referência máxima. A carta muda com muita regularidade, dependendo da oferta do mercado. Não surpreendentemente, há mais pratos de peixe e marisco do que carne. O xerém, por exemplo, é um habitué, mas a proteína vai mudando, pode ser de lulas e camarão, de amêijoas, de raia ou daquilo que Bertílio tiver no dia. 

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  • Português
  • Chiado/Cais do Sodré

André Magalhães não é só um cozinheiro de mão cheia e um taberneiro orgulhoso, tem um conhecimento e uma memória histórica tão invejáveis quanto necessárias a todos, especialmente ao meio gastronómico e às novas gerações. A Taberna da Rua das Flores é única também por isso. As coisas fazem-se à antiga e as tradições levam-se a sério, embora com algum twist do chef, ou antes com a influência que a cozinha portuguesa pode ter pelo mundo, de África à Ásia. A carta roda bastante. Pode haver um frango piri piri, uma meia desfeita, uma salada de polvo, como uma couve coração grelhada com satay e puré de pimentos assados ou um bao de polvo com maionese de sambal. Tudo para partilhar.

  • Beato

Um britânico chega a Lisboa e quer abrir um bar. Na procura de sítios, encontra uma antiga tasca e muda de ideias, sem mudar muito o espaço. A palavra espalha-se e em menos de nada a Tasca Pete torna-se num microfenómeno na Penha de França. O segredo: a boa comida, mas também a boa onda. O menu anuncia-se num papel na parede, qual tasca tradicional, e há pratos que já não saem como o frango frito com mel ou a terrina de batata. Outros vão mudando, conforme a vontade da casa, mas também a oferta da estação. Para beber, vinhos naturais.

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  • Intendente

É o paquistanês mais concorrido da cidade e por boas razões. A clientela fiel da Rua do Benformoso vai lá à procura de espetadas feitas no carvão, pratos fartos de biryani e um dos melhores chicken tikka da cidade, pedaços suculentos de frango que caem bem com um pratinho de lentilhas guisadas (dahl) ou com paratha ou nan acabado de sair do tandoori. Está aberto de manhã, bem cedinho, até à noite e o sucesso é tanto, desde que abriram, há cerca de dois anos, que já há outro poiso dos mesmos donos, em Odivelas. 

  • Cafés
  • Beato

Por vezes, há mudanças que vêm por bem. Foi isso que aconteceu ao Tati, depois de se transferir do Cais do Sodré para a Penha de França, em plena pandemia. Com a nova morada, o restaurante focou-se mais na comida e tornou-se num caso sério de criatividade, detalhe e consistência. Das mãos da chef argentina Romina Bertolini saem ora pratos de conforto, como as suas míticas empanadas, ora criações mais técnicas, como o pato curado com pistáchio. Os pratos na ardósia estão sempre a mudar, tal como a carta de vinhos, uma das mais seleccionadas no que aos vinhos naturais diz respeito. Acresce o ambiente de bar informal e o serviço amigável e conhecedor. Não há outro bistrô assim em Lisboa.

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  • Campo de Ourique

O mais difícil quando restaurantes bonitos abrem portas é, muitas vezes, provar o que valem. Ainda mais quando na carta se apresentam com clássicos da nossa gastronomia, sem nomes de peso na cozinha. É nesse campeonato que o Teimar, dos mesmos donos do Cortesia, não muito longe, se posiciona. É uma cervejaria moderna que apostou tanto na decoração como na cozinha .Tudo é passível de ser partilhado, mas mesmo assim a carta divide-se entre entradas, onde estão as amêijoas à bulhão pato ou as gambinhas ao alho, e principais, onde se destaca um arroz meloso de carabineiro, feito no lume e acabado no Josper. 

  • Chiado/Cais do Sodré

O restaurante de João Magalhães Correia conquistou-nos assim que abriu. Quando por lá andou, Alfredo Lacerda escreveu ter saído em extâse e no final de 2022 não foi difícil decidir que o Tricky’s conquistaria o título de restaurante do ano. Em 2024, continua a valer a pena reservar mesa por aqui, quanto mais não seja para ver o que chef anda por ali a fazer – e ele bem sabe o que faz. Defendeu Lacerda, quando também João foi considerado pela Time Out o chef do ano: “Os seus pratinhos são condensados de umami, pequenas jóias cheias de pedras preciosas, onde se misturam três influências principais: Itália, China e Sudeste Asiático”. E depois ainda há o ambiente do espaço, a música e os vinhos fora da caixa.

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  • Português
  • Lisboa
  • preço 1 de 4

O nome já deixa adivinhar a origem. É de Vila Verde que Horácio e a família são originalmente e é nesta casa, escondida numa curva da Calçada de Santana, que cada dose é uma grande travessa de boa comida – ou talvez possamos dizer que são doses verdadeiramente minhotas –, independentemente do prato do dia (e há sempre duas ou três opções de peixe e carne). A grelha a carvão, plantada à janela direita de quem entra, é a oficina da melhor parte de uma ementa que vai rodando em dias mais ou menos fixos. Os preços já são difíceis de encontrar e isso ajuda também a explicar o sucesso da casa.

  • Estrela/Lapa/Santos

O nome é à medida de Olivier da Costa, mas desengane-se quem achar que há algo de desmedido aqui – a não ser, claro, a impulsividade do empresário que decidiu comprar o XL, que estava há 25 anos nas mãos de Vasco Gallego, depois de ter sonhado precisamente com isso. O X que Olivier acrescentou ao XL serve simplesmente como um complemento ao nome, como quem diz que o restaurante que serviu de casa a políticos e artistas continua de pé, embora não como antigamente, apesar de alguns pratos icónicos continuarem a existir por aqui, com um ou outro twist. 

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  • Japonês
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Goste-se ou não, há poucas coisas que Olivier faça que não reluzam. Tem olho para o negócio e o Yakuza é disso prova (já são cinco as moradas: Lisboa, Cascais, Albufeira, Porto e Paris). O restaurante japonês já teve várias vidas e vive desde 2021 junto à Avenida da Liberdade, onde chegou a ser o Olivier Avenida. Continua a ser uma paragem para os amantes de sushi de fusão com os combinados a serem o melhor exemplar do que aqui se faz, mas não só – há tacos e propostas a sair da grelha japonesa robata, bem como pratos quentes como um caril japonês. 

  • Português
  • Benfica/Monsanto
  • preço 2 de 4

Antes de mais um aviso: há poucos restaurantes tão benfiquistas como este. Nas paredes, há fotografias de velhas glórias, recortes de jornais, cachecóis, camisolas e umas quantas águias, obviamente. O aviso serve, na verdade, para aqueles a quem esta informação poderá servir de entrave. Não se deixe levar por isso ou poderá perder um belo repasto. No Zé Pinto, o menu ainda é escrito à mão, a grelha é certeira, tanto para peixe como para carne, mas há um prato que se destaca: o entrecosto grelhado com batata frita.

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  • Italiano
  • Princípe Real

Quando abriu em 2015 no Príncipe Real, com uma esplanada virada para o Jardim Botânico e que se mantém até hoje como uma das nossas preferidas, repleta de buganvílias, ainda não se falava assim tanto de pizzas artesanais e fermentação lenta, mas era assim que esta pizzaria se apresentava. Juntava-se a isso, uma charcutaria italiana logo à entrada e um forno de lenha ao fundo onde só entra lenha de zinho. São cerca duas dezenas de opções, mas nem só de pizza se faz a história deste restaurante. Há saladas, massas e risotos e as sobremesas não são de se descartar (o mil-folhas de caramelo salgado é um bestseller). Em dez anos, a marca cresceu para o Parque das Nações e para o Time Out Market e as pizzas de massa fina continuam a destacar-se na cidade. 

  • Alfama
  • preço 3 de 4

A versão mais descontraída de Marlene Vieira conhece-se no Zunzum Gastrobar, o primeiro projecto da chef junto ao Terminal de Cruzeiros, e o nome já diz ao que vem: é para causar falatório, mas é também para se estar no falatório, sem peneiras. Estamos no domínio da alta-cozinha, sem preços proibitivos. Veja-se o exemplo da filhós de berbigão à Bulhão Pato. As técnicas são do mundo, mas os ingredientes e os sabores são bem portugueses. É também aqui que a chef tem muitas vezes espaço para testar pratos que podem vir a fazer parte do Marlene,. Vale a pena ainda ficar atento à agenda do Zunzum porque Marlene tem convidado vários chefs para jantares especiais a quatro mãos, até ao fim do ano por aqui passarão nomes como Renato Cunha (Ferrugem) ou Michele Marques (Mercearia Gadanha). 

Algumas das melhores mesas da cidade estão na Caixa 2por1 Deluxe: 10 Grandes Restaurantes de Lisboa

  • Avenidas Novas

Se mar e fogo são, à partida, contrastantes, na gastronomia não podiam combinar melhor. Hugo Candeias sabe-o bem, domina um e outro e ainda lhes consegue juntar uma pitada de animação. Essa é, pelo menos, a intenção na renovada Lota Sea & Fire, ex-Lota d’Ávila. Seguindo a receita do Ofício, esta Lota é, agora, mais dinâmica e até gastronómica. À semelhança do novo nome, a carta divide-se, assim, entre pratos de peixe e marisco, pratos cozinhados no fogo e “small bites”.

Av. Duque de Ávila, 42 (Avenidas Novas). 925 906 950. Ter-Sáb 12.30-15.30/19.00-23.00 e Dom 12.30-15.30

  • Cais do Sodré

Chegaram ao Cais do Sodré, um dos bairros mais cool da cidade, em 2021 e para lá levaram os seus clássicos cortes de carne – maminha, vazia, entrecôte, lombo, picanha e outros –, mas também cocktails de assinatura e uma grande novidade: o meat sushi. Este é o único espaço do grupo onde vai conseguir comer carne com pauzinhos, à mesa ou ao balcão.

Rua de S.Paulo, 32 (Cais do Sodré). 210 536 840. Seg-Dom 19.00-22.00

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  • Grande Lisboa

O restaurante inserido no Poolside Hub, em Alvalade, tem uma carta de sabores mediterrâneos desenhada por Jorge Redondo e David Nogueira que junta as cozinhas de Portugal, Espanha, França e Itália. Já os cocktails de autor de Gustavo Viana são inspirados na tabela periódica. É um espaço para comer e para se deixar ficar por mais umas boas horas de copo na mão, já que aos fins-de-semana há DJ a animar todo o restaurante.

Rua Acácio de Paiva, 19 (Alvalade). 938 971 562. Ter-Qui 12.00-15.00/19.00-00.00 Sex 12.00-15.00/19.00-02.00 Sáb 12.30-02.00 Dom 12.30-19.00

  • Grande Lisboa

Há outros clubes de praia na Costa da Caparica, mas nenhum com a alegria do Irmão. A carta, que funde qualidade e simplicidade, é servida em qualquer lado (restaurante ou camas de praia), a qualquer hora, destacando-se as pizzas de fermentação lenta. A bestseller é a Diablota, uma combinação perfeita entre mozzarella fior di latte, ricota, pepperoni napolitano, cebola roxa e mel picante caseiro. Relaxe na praia durante o dia, ou dance na areia depois do pôr do sol: há concertos, DJ sets e festas que fazem furor nas redes o ano inteiro.

Estrada Praia Do Castelo (Costa da Caparica). Reservas em www.praia-irmao.com

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  • Mexicano
  • Cascais
  • preço 2 de 4

Depois do sucesso no Estoril, onde abriram em 2019, o Paco Bigotes chegou a Lisboa, à Rua da Misericórdia, sem mexer no menu que tantos clientes tem fidelizado. Há botanas para partilhar e tostadas com tudo no topo, do atum fresco ao camarão. Não faltam os clássicos tacos, com opções vegan para todos os gostos. Para acompanhar, há sempre margaritas.

Rua da Misericórdia, 139 (Chiado). 210 500 249. Seg-Dom 12.00-23.30

 

 

  • Alcântara

Depois da pasta artesanal, a focaccia – um conceito diferente, mas nem por isso distante. Michel Fant e Valentina Franchi, que em 2019 abriram em Alcântara o Ruvida, têm agora também o Pausa & Crescente, uma salumeria e focacceria, que como o nome indica aposta na charcutaria e nas focaccias. A focaccia é o centro de tudo, recheada de variadas formas. No menu, há várias combinações, simples ou mais complexas.

Rua de Cascais, 5 (Alcântara). 937 269 148.Ter-Qua 12.00-15.00/18.00-22.00 Qui-Sex 12.00-15.00/18.00-23.00 Sáb 12.00-23.00 Dom 12.00-22.00

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  • Lisboa

Depois de conquistar muitas bocas no pacato Multicentro, em Entrecampos (incluindo a do crítico da Time Out Alfredo Lacerda, que lhe atribuiu quatro estrelas), o Potzalia ganhou uma nova casa. O RePotzalia, de Sandra Ruiz – mais conhecida como a “deusa do pozole”, um caldo de milho tipicamente mexicano – é maior em espaço e na diversidade dos pratos de origem maia, mexicana, perepecha e outras propostas regionais menos conhecidas. Um óptimo sítio para almoços e jantares, mas é melhor fazer reserva.

Avenida Duque de Loulé, 1E (Picoas). 936 292 468. Seg-Sex 12.00-15.00 e 19.00-22.00 Sáb 12.00-16.00 e 19.00-23.00

 

  • Libanês
  • Princípe Real

O menu do Sumaya, um restaurante do grupo Atalho no Príncipe Real, é muito grande e muito completo, para dar a conhecer ainda mais (e melhor) os pratos típicos de forno e os grelhados do Líbano – a maior parte receitas da avó de Tarek Mabsout, o dono. Outra aposta são os vinhos: além dos portugueses, que não poderia deixar de haver, têm várias referências libanesas, entre tintos, rosés e brancos, cultivados no vale de Bekaa, considerado o coração verde do Líbano.

Rua da Escola Politécnica, 40 (Príncipe Real). 213 470 351. Seg-Ter 12.00-16.00/19.00-00.00 Qua-Qui 12.00-00.00 Sex 12.00-00.30 Sáb 09.00-00.30 Dom 09.00-00.00

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  • Chinês
  • Parque das Nações

Faz parte de uma cadeia chinesa, com dezenas de restaurantes na China, e põe à prova em Lisboa a cozinha típica da província de Sichuan, a mais gourmet do país e onde o picante é um dos pontos que salta à vista. Para tornar tudo um bocadinho mais picante, usam molho mala – uma mistura de pimentas e especiarias que deixa a boca dormente, mas não é para fazer caso disso, porque não anula o sabor dos pratos.

Rua da Pimenta, 9 (Parque das Nações). 218 969 075. Seg-Dom 12.00-14.30/19.00-22.30

  • Cozinha contemporânea
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

O conceito de bistronomie tornou-se global: restaurantes que servem alta cozinha a preços acessíveis, com ingredientes maioritariamente biológicos, ética sustentável, vinhos naturais, sem divisões entre entradas e pratos principais. O VDB, no Campo das Cebolas, tem estes mesmos valores – mais a vontade de ser um espaço onde as pessoas se sentem em casa e partilham, sem grandes formalismos. Da horta para a mesa, servem-se coisas como cogumelos BBQ, pimentos e acelga, moqueca de peixe e fruto do mar ou porco ibérico, creme de courgete e jus alpukat.

Rua Canastras, 8 (Campo das Cebolas). 962 690 606. Seg-Dom 19.00-00.00

Conversas na cozinha

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