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Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

É difícil acompanhar o ritmo da cidade? Damos-lhe uma ajuda e indicamos-lhe os novos restaurantes em Lisboa (e aqui ao lado) que não vai querer perder.

Cláudia Lima Carvalho
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As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje

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Os melhores novos restaurantes em Lisboa

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Foi com o Santa Joana, no recém-inaugurado hotel Locke de Santa Joana, junto ao Marquês de Pombal, que Nuno Mendes regressou a Lisboa. Com Maurício Varela, que vinha a dar nas vistas no Dahlia, no Cais do Sodré, o chef quer fazer deste restaurante um sítio “boémio, divertido e sofisticado, que não seja fine dining, mas fun dining”. O espaço é imponente, qual convento, com um projecto de interiores da responsabilidade do estúdio do catalão Lázaro Rosa-Violán. É sóbrio e elegante, de tal forma que fica difícil imaginar que aqui chegou a funcionar um posto da PSP. À entrada, destaca-se um balcão alto no qual são servidos apenas pratos frios. Na mesma sala, há várias mesas. Acima, um bar; abaixo, mais mesas, num ambiente mais íntimo. Nas entradas frias, a barriga de atum maturada, com caldo do refogado, azeite maduro e flores de aliums da época e o tártaro de carne de vaca maturada, com nabos marinados em nata fresca e pinhões já dão que falar. Para principais, a dupla de chefs aposta, por agora, numa pescada escalfada com emulsão de manteiga fumada, funcho assado e ervas suculentas do mar e numa presa de porco alentejano com pasta de nozes estufadas, nabos e grelos marinados e assados. E nem as sobremesas são de passar, ou não estivesse Maria Ramos como chef de pastelaria, ela que já tinha trabalhado com Nuno Mendes no Bairro Alto Hotel. 

  • Alcântara

Se já se sentou à mesa do Sophia, italiano do Cais do Sodré, prepare-se para encontrar algo diferente, agora que o restaurante do Grupo Capricciosa abriu um novo espaço na Lx Factory. É que além do nome e da nacionalidade que predomina na cozinha, não há mais nada que em comum. Mais moderno e descontraído e virado para as pizzas, a história deste Sophia conta-se de forma simples: se no primeiro, aberto em 2021, se sente o conforto da casa de uma nonna italiana, na nova morada a atmosfera contemporânea facilmente piscará o olho a uma clientela mais jovem. E há outra pequena grande diferença – aqui, as pizzas romanas dão lugar à massa napolitana (mais fofa do que estaladiça), com trigo barbela.

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  • São Sebastião

De um lado da estrada fica o BYF Steakhouse, do outro o Fysh. De um lado, um restaurante de carne, do outro um restaurante de peixe, a mais recente novidade do grupo Fullest. O Fysh nasceu no Saldanha na morada do antigo Prego da Peixaria. A entrada para o restaurante faz-se por uma banca de peixe, tal e qual uma peixaria num mercado. A ideia é que os clientes possam escolher o seu peixe ou marisco da banca e decidam como o vão querer na mesa. Pode ser grelhado, pode ser ao sal ou no pão, no forno ou à basca (esta última mais aplicada à lagosta ou ao lavagante). Na carta, há ainda espaço para sugestões como a lula grelhada com manteiga montada e arroz de berbigão (22€), o camarão tigre com linguini e molho de tomate (24€) ou a travessa Fysh (65€/duas pessoas), que mais não é do que uma grelhada mista. Nas entradas, o dedo do chef Pedro Quintas sente-se em pratos como o carpaccio de gamba rosa (11€), o ceviche de peixe branco com gelado de pimentos assados (14€) ou os ovos rotos com carabineiro e pata negra.

  • Marvila

O Vibra Caffé + Concept Store é uma ideia ambiciosa. Neste espaço, que se situa no 8 Marvila (fácil de encontrar pela cor vermelha com que está pintado), podemos fazer muita coisa diferente: beber um café solidário, comprar um Estúpido (uma figura antropomórfica gigante criada por Robert Panda), assistir a concertos de morna ou fado, gravar música ou comer um pica-pau. Vamos por partes. Este projecto de Miguel Domingos Garcia, director criativo, fundador da editora Vibra Worldwide e da LX-XXX, responsável pelo agenciamento de artistas, foi materializado num café-restaurante com esplanada e, mesmo à frente, uma loja onde podemos adquirir obras de arte, como uma luva gigante com a cara de Basquiat (da colecção #PUNCHINTHEFACE da artista Rueffa), livros de música da Taschen, auscultadores da Marshall ou agendas da Moleskine. 

+ Das compras ao desporto: tudo o que pode fazer no 8 Marvila

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  • Cervejaria artesanal
  • Xabregas

O longo balcão é a primeira coisa que chama a atenção quando entramos na cervejeira do Super Bock Group, no Beato Innovation District. É uma fábrica com capacidade para produzir mil litros de cerveja, que pode ser provada in loco, do meio-dia à meia-noite, de quinta-feira a sábado, e até às 23.00, de domingo a quarta-feira. Mas também é uma cervejaria, com 250 lugares: 166 no interior (incluindo 40 ao balcão) e mais 84 na esplanada. E um palco para concertos e workshops.

  • Santos

Depois de uma aventura em Singapura, onde ajudou a conquistar e a manter uma estrela Michelin no Iggy's, e mais uns anos como chef executivo no Sublime (Comporta e Lisboa), Hélio Gonçalves realizou um sonho: abrir um restaurante próprio. Foram muitos os espaços visitados até encontrar esta morada em Santos, onde o chef espera resistir pelo menos “os próximos dez anos”. O restaurante é tão luminoso quanto harmonioso, a cozinha ao fundo está aberta para a sala, separada por uma banca onde estão expostos os peixes e o marisco, qual banca de mercado. Na carta, procurou o cruzamento entre a modernidade que o espaço aporta e a tradição gastronómica. Da montra, pede-se o peixe e o marisco, tudo cobrado ao peso. Há amêijoas à Bulhão Pato (95€/kg), gamba fresca do Algarve ao sal (98€/kg) ou gambas à guilho (70€/kg), além de carabineiros (190€/kg), lagosta (160€/kg) ou lavagante (120€/kg). Nos peixes, aos habituais robalo (80€/kg), dourada (75€/kg) e garoupa (70€/kg) – esta úlitma tanto pode ser grelhada como cozida –, juntam-se o salmonete legítimo (85,99€/kg) ou o rodovalho (75€/kg). É nos “especiais”, no entanto, que se sente a assinatura de Hélio. “São pratos que saem um bocadinho daquilo que são as marisqueiras tradicionais, apesar de termos aqui a sopa rica de peixe [18€]”, diz, referindo-se, por exemplo, ao cachorrinho de lavagante (22€), ao capellini de gamba da costa e molho yuzu (22€) e ao esparguete alle vongole (18€).

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  • Alcântara

O espaço é grande, o ambiente descontraído e a comida é inspirada na gastronomia libanesa. A cozinha é comandada por Fábio Rodrigues que, durante um mês, esteve em formação com o chef libanês Joseph Youssef. Em conjunto com Alexandre Sarmento e Tomás Pires, Joseph ficou encarregue de criar a carta. Assente em clássicos libaneses, o conceito é descomplicado e pensado para partilhar. Os produtos vêm do Líbano, à exceção de certos ingredientes, como o azeite, por exemplo, que é de origem portuguesa.

  • Santos

Foi num jantar, depois de alguns copos, que Thomas Cecchetti, Marco von Ritter e Yann Rotundo decidiram abrir um restaurante juntos. É um lugar descontraído, onde se pode ir petiscar e beber um vinho ou um cocktail. E sem grandes pressas para sair da mesa. As influências são tal e qual os proprietários, tanto portuguesas como italianas. Destacam-se os pratos para partilhar, entre eles as pizzetas, de carbonara, provala fumada e guanciale (11€), almôndegas de atum fresco, tomate e beringela (14€), tomate vermelho e amarelo, provola fumada e pesto (10€), creme verde, kale e stracciatella fumada (12€) e porchetta, pickles e molho de salsa (13€). No bar, são servidos vinhos naturais portugueses, franceses e italianos, cerveja artesanal e cocktails. 

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O novo restaurante do Olivier, no Rato, tem uma carta que nos traz o melhor do mar português. Apelidado de "snack-mar", o Real Pérola aposta no marisco e, em especial, nas ostras. Mas também há pratos de carne, entre eles o pica-pau e o bife Olivier. As ostras, a estrela da carta, vêm de Aveiro, do Sado, do Algarve e de França. Nas entradas, há amêijoa à Bulhão Pato (26€), camarão à guilho (25€), lingueirão shishou (23€). Também há lavagante (47€) e lagosta (140€). Nos principais, as opções vão desde o arroz de marisco (85€), talvez o prato mais composto, ao prego de atum (21€) e do lombo (24€), ao bife Olivier (35€) e ao pica-pau (33€). 

  • Benfica/Monsanto

Não era para ter sido assim, mas o espaço fez a ocasião. “A base de tudo isto é um laboratório de ramen. By the way, temos aqui uma ramen station acoplada”, resume António Carvalhão, que com João Azevedo Ferreira, acabou a escolher precisamente esse nome para a nova marca, irmã do Ajitama. Ao contrário dos restaurantes da Avenida Duque de Loulé e na Rua do Alecrim, no Ramen Station o serviço é rápido e menos personalizado e o menu é curto, tal como acontece numa estação de comboios japoneses. Neste caso, é em Benfica que tudo acontece – e tudo é muita coisa, mesmo que possa não parecer. Entre as novidades está a produção própria de noodles. O que se poupa no serviço à mesa e numa carta mais curta é o que permite manter os preços mais baixos. Há duas entradas apenas: uma combinação de gyozas (2,90€/três ou 4,60€/cinco) e edamame (2,80€). Nos ramens, são três as opções: o mais simples shio (9,90€), a pensar nos principiantes e o miso (11,50€), mais intenso e com níveis de picante que podem ser adicionados, além do vegan (11,50€). Para sobremesa, a frescura dos mochis (1,95€). Entretanto, a segunda estação, junto ao Campo Pequeno, já abriu também.

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  • Grande Lisboa

Frescura é o lema deste novo restaurante no Cais do Sodré, a funcionar desde Setembro de 2024. Já por isso se chama Taza, que em árabe se traduz para fresco. Quando passamos pelo balcão somos confrontados com um grande forno, onde é colocado o pão Kaaké, a estrela do menu. Uma mistura entre o pão pita e o bagel é coberto com sementes de sésamo e farelo de trigo, infundido com uma especiaria feita de sementes de cereja, que lhe confere um aroma de baunilha. Do Mercado da Ribeira chega grande parte dos ingredientes, do Médio Oriente, essencialmente, as especiarias.

O Honest Greens chegou a Cascais no final de 2024 com o maior restaurante da marca em Portugal. Com mais de 540 metros quadrados distribuídos por dois amplos pisos, ocupa um edifício que foi construído como uma casa de família, que teve vários usos ao longo dos anos e que chegou também a albergar alguns serviços municipais. Agora, é a casa do novo Honest Greens, um restaurante com várias áreas, interiores e exteriores, com esplanadas e terraços, com capacidade total para acolher 283 pessoas. Já o menu é o mesmo de sempre, com uma aposta firme na comida saudável, sem nunca descurar os sabores.

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É um restaurante asiático na Rua Amarela de Cascais, que reúne pratos tradicionais da China, Japão, Vietname, Tailândia, Coreia do Sul ou Índia. À frente do negócio estão Tingting “Tina” Zhang e Ming Lin, o casal chinês que é dono da cadeia Soya Noodle Bar e do Shoyu Ramen + Izakaya, também em Cascais. Desta vez, quiseram apostar num restaurante vocacionado para uma gama mais alta, com pratos mais elaborados e com uma apresentação mais cuidada, servidos num espaço decorado ao pormenor.

É o irmão mais novo do restaurante Citron, que fica no centro de Lisboa. Serve comida libanesa caseira e autêntica, mas aqui num formato mais virado para o take-away. Com vista para os barcos e para o mar, prove os wraps ou os diferentes petiscos disponíveis, desde o falafel aos kibbeh. Não saia sem experimentar a típica limonada do Líbano, preparada diariamente, de forma artesanal, com flor de laranjeira.

Mais que comer

O tema é controverso e não faltam opiniões sobre boas francesinhas em Lisboa, mesmo que haja quem diga que só no Porto é que se come bem este monumento ao colesterol. Mas que as há, há. E bem boas. Já foi eleita umas das melhores sandes do mundo, embora seja muito mais do que uma sandes, ora atente nos ingredientes básicos: bife, lombo assado, salsicha, linguiça, fiambre e queijo (muito queijo!). E depois há o molho – para muitos o segredo de uma francesinha está exactamente no molho (se houver refill, melhor ainda). Com ou sem ovo, mas sempre em camadas, dizemos-lhe nove sítios para comer francesinhas em Lisboa, sem que saia desiludido. Conhece mais algum? Diga-nos onde.

Vamos lá cambada, mas não é para andarmos todos à molhada. Todas as razões são boas para reencontros, para festas, para jantares de grupo, com a família, amigos ou colegas de trabalho. Juntemo-nos à mesa que não há melhor. Além dos restaurantes tradicionais sempre prontos para um grupo ou dos novos que têm aparecido na cidade com espaço para muitos comensais, apontamos-lhe os restaurantes que têm menus de grupo já feitos e que nos facilitam a vida na hora da escolha. À procura de restaurantes para jantares de grupo em Lisboa? Não vá mais longe.

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