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Fotografia: Youssef Naddam/ Unsplash
Fotografia: Youssef Naddam/ Unsplash

Coronavírus. Como ajudar durante a pandemia

Desde fazer encomendas a negócios locais até voluntariado em lares, saiba como ajudar durante o actual período de pandemia

Raquel Dias da Silva
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A primeira forma de ajudar é simples: o melhor é ficar em casa e, se precisar de sair, deve respeitar sempre a distância de segurança, a etiqueta respiratória e o uso obrigatório de máscara ou viseira em espaços fechados e transportes públicos. No resto do tempo, pode (e deve) adoptar determinadas práticas, como encomendar de pequenos negócios locais, ou juntar-se a uma das muitas iniciativas solidárias que têm surgido como cogumelos, para provar que, mesmo longe uns dos outros, estamos unidos. Desde redes de apoio à população mais vulnerável até plataformas para ajudar a dar resposta aos desafios colocados pelas restrições impostas pela Covid-19, há muitas formas de contribuir para tornar estes tempos difíceis um pouco mais fáceis.

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Coronavírus. Como ajudar durante a pandemia

  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

Se quer ajudar quem está a ser afectado pela pandemia mas não sabe como, a autarquia está a recolher doações para a população mais vulnerável da cidade. “Todos por todos”: é este o nome da campanha de solidariedade promovida pela câmara de Lisboa, que tem assegurado também a manutenção e o reforço dos apoios destinados aos equipamentos e às equipas de protecção à população sem-abrigo. Para saber como contribuir, basta enviar um e-mail (doar@cm-lisboa.pt): estão a ser aceites sobretudo doações em géneros, desde roupa e produtos de higiene até bens alimentares.

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  • Vida urbana

Alimentação, snacks, brinquedos, acessórios, higiene, saúde e bem-estar: nenhuma necessidade fica por satisfazer – muito menos a de focinhos à procura de um novo lar. “Felicidade animal, entregue”: é este o slogan da Anilove, uma loja online com mais de mil produtos para animais e uma missão ainda maior. Por cada encomenda, é oferecida a centros de abrigo uma refeição Tuiky, de alimento húmido, para cães e gatos. “Queríamos entrar no mercado com uma loja sustentável, mas também capaz de ajudar os mais necessitados”, explica Pedro Martins, do departamento de comunicação. “Neste momento já oferecemos mais de duas mil refeições de ração húmida à UPPA e à União Zoófila.”

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  • Coisas para fazer

Há quem tenha negócios fechados e continue a bater à porta de sua casa com aquele prato que adora comer quando vai jantar fora, que lhe leva vinho ou cerveja, ou uma cabazada de produtos frescos, sempre sem ter de sair do conforto do lar. Mas quando a despensa começa a ficar vazia, e antes de pensar em enfrentar filas de espera, prateleiras despidas ou  prazos de entrega impraticáveis, já pensou em comprar naquela mercearia que tem à porta do prédio? A resposta pode estar nestas plataformas que o ajudam a encontrar o comércio local mais próximo de sua casa, para não ter de ir muito longe e poder apoiar os pequenos comerciantes. É um dois-em-um agradável. Dos frescos àquele rolo de papel higiénico que não encontra nas grandes superfícies, muitos destes pequenos negócios continuam com prateleiras cheias e a precisar de uma lufada de clientela.

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A Comunidade Hindu de Portugal juntou-se à plataforma Food for Heroes, para oferecer seis dezenas de refeições diárias a profissionais de saúde, e convida todos a contribuírem com a doação de alimentos para confecção desses almoços. “Não tendo receita para colmatar esta dádiva, vem solicitar a Comunidade Hindu de Portugal, o vosso melhor esforço para a doação de alimentos, que serão confeccionados na nossa cantina”, lê-se em nota informativa, onde são listados os produtos necessários, como batatas, feijão vermelho, arroz basmati, beringelas, bananas, cebolas, coentros, ervilhas e cenouras congeladas, pimentos verdes e encarnados e farinha de trigo e de grão, por exemplo. Para fazer as doações, basta entregar os alimentos ao porteiro ou fazer um contacto prévio via telefone (925 721 451 ou 920 273 039) ou e-mail (secretaria@comunidadehindu.org).

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5. Junte-se a uma rede de entreajuda comunitária

Do apoio psicológico às compras no supermercado, até ao transporte para deslocações necessárias e ao levantamento de medicamentos na farmácia, há uma aplicação portuguesa a funcionar como uma rede de entreajuda comunitária, com voluntários a prestarem serviços e à qual se pode juntar. O projecto, criado em apenas três dias, tem como objectivo ajudar a superar as dificuldades causadas pela Covid-19 no dia-a-dia. Há ainda a possibilidade de apoiar os profissionais de saúde através de uma funcionalidade que permite enviar uma mensagem ou doar uma refeição ou outro bem essencial.

6. Ou à Rede Solidária de Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa criou uma Rede Solidária para identificação e organização de pessoas disponíveis para, num determinado período, realizar tarefas solidárias junto dos sectores mais vulneráveis da população. As referidas tarefas vão desde ir às compras à entrega de refeições e medicamentos, passando pelo passeio de animais domésticos ou outras formas de apoio como a prevenção da vitimação. O município fornecerá o suporte de informação necessária para que as tarefas sejam feitas em segurança e com o menor risco possível de contágio, garantindo distribuição de material de protecção a quem integre a rede solidária e desempenhe estas tarefas. Para participar, basta inscrever-se no formulário disponível no site.

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7. Ajude os lares de idosos

De acordo com a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, os lares têm sido uma “área crítica em termos de recursos humanos”, porque muitos dos técnicos precisam de descansar ou estão de quarentena. Tendo a situação actual em conta, o Governo lançou uma iniciativa para angariar voluntários para lares e instituições de apoio a idosos. Para ser voluntário basta ser maior de idade e inscrever-se na plataforma da iniciativa. Ao preencher os dados, terá de declarar a ausência de problemas de saúde, como doenças crónicas ou oncológicas, e garantir que não teve contacto com pessoas infectadas com Covid-19 nem viajou para fora de Portugal nas últimas duas semanas.

8. Partilhe ideias

“Como podemos contribuir para o bem-estar psicológico das pessoas em quarentena?” A plataforma Covid.pt serve como um espaço de partilhas de ideias para responder a desafios como este, causados pela actual pandemia. A iniciativa é de três empresas tecnológicas portuguesas, que alargam a experiência a todas entidades interessadas em investir no projecto, como a EDP já fez ao promover e executar ideias através do seu programa de voluntariado corporativo. Para participar, só tem de registar-se, identificar problemas que carecem de uma solução e submeter ideias para os resolver. Se quiser, também pode ajudar a melhorar as ideias já existentes. Entre as ideias já implementadas graças a esta iniciativa, encontra um grupo online de meditação guiada, um site de partilha de histórias para entreter as crianças e ocupar pais e mães e até uma aplicação gratuita para pacientes, médicos e enfermeiros.

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9. Acolha um profissional de saúde

A iniciativa solidária Acolhe um Herói, encabeçada pela empresa criativa uppOut, procura oferecer habitação a médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde, que estão na linha da frente do combate ao novo coronavírus. Se for proprietário de casas vazias, de preferência nas proximidades dos hospitais, e esteja disposto a ceder o espaço, basta preencher o formulário disponível no site, que a empresa trata de fazer chegar a oportunidade a um profissional que necessite. Caso não tenha casas vazias, também é possível ajudar através da doação de bens primários de higiene e alimentação ou outro tipo de artigos, como pijamas, roupa de cama, cobertores ou mantas.

10. Seja bom vizinho

O SOS Vizinho surgiu online, organizou-se remotamente e lançou-se em 48 horas. Até agora já juntou mais de uma centena de especialistas de várias áreas e zonas do país, para organizar uma rede de apoio a grupos de risco que neste momento se devem encontrar em isolamento social. O objectivo é ajudar a sinalizar a população vulnerável de cada região e criar uma rede de distribuição através de voluntários que se inscrevem online. Para se juntar à equipa, basta inscrever-se através de um formulário disponível no site.

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11. Se é cientista, voluntarie-se para investigar

Se é cientista e quer ajudar na investigação relativa à actual pandemia de Covid-19, comece por completar este formulário com informações acerca da sua especialidade, de como pode contribuir e do tempo disponível para o fazer. Mais tarde poderá vir a ser contactado, mas caso queira pôr as mãos já na massa é só voluntariar-se imediatamente, para receber por e-mail diferentes tarefas. “Tudo isto é gratuito. Esta plataforma funciona graças a cientistas que contribuem com o seu tempo e capacidade nestes tempos de emergência”, pode ler-se no site da plataforma, já com representação portuguesa. “Não sabemos se irá resultar. É difícil, mas vale a pena tentar.” 

12. Apoie artistas e pequenos negócios

No início do mês de Abril, foi lançado o SOS ARTE PT, um movimento online que promove a “resistência dos artistas e outros profissionais de arte portuguesa aos danos provocados pela pandemia Covid-19”. Mas, entretanto, há mais iniciativas a nascer para ajudar os artistas e os pequenos negócios, como a Art & Flea Virtual, a nova loja online da associação Anjos70. Ou as várias plataformas onde é possível pagar pelos concertos a que assiste em streaming, como a Música da Casa ou a Gigs em Casa, entre outras.

Como se proteger da pandemia

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