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Fotografia: Ana Luzia
Fotografia: Ana Luzia

Quinze curiosidades sobre Lisboa que sempre quis saber e teve vergonha de perguntar

Lisboeta que se preze sabe responder a estas questões sobre a cidade. Ou então não, mas finge saber a resposta.

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Responda rápido, por favor: qual é a pata direita do cavalo de D. José? Se precisa de ir ao Terreiro do Paço confirmar é porque preciso mesmo da nossa ajuda. Aqui na Time Out gostamos de sugerir pratos e restaurantes, mas não somos os melhores do mundo a alimentar as dúvidas. Aliás, se dependesse de nós andava toda a gente com a curiosidade saciada. Há, no entanto, aquelas questões que nos assombram quando vamos no trânsito, aquele ponto de interrogação que paira sobre nós à saída do duche. Se anda com uma pulga atrás da orelha com alguma questão sobre a cidade, talvez a consiga catar por aqui. Ora vejamos curiosidades sobre Lisboa. Se mesmo assim ainda tiver alguma dúvida, não deixe de nos dizer. Prometemos não parar até conseguirmos responder a tudo. Afinal não queremos que fique na dúvida.

Recomendado: Livros sobre Lisboa que tem de ler

Quinze curiosidades sobre Lisboa

  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

Mesmo junto à Doca Seca, foi instalado em 2018 um memorial ao Balão da Hora ou Balão do Arsenal, um engenho do Observatório Astronómico da Marinha que, entre 9 de Novembro de 1858 e 31 de Dezembro de 1915, diariamente emitia um sinal horário a marcar a hora legal, o que permitia não só que os lisboetas acertassem os seus relógios, mas, sobretudo, que os navios da marinha de guerra e mercante ancorados no Tejo aferissem com precisão os seus cronómetros antes de partirem.

2. Porque é que os homens do lixo são “Almeidas”?

Chamamos “Almeidas” aos homens que recolhem o lixo porque os primeiros a fazer esse trabalho vinham de Almeida, na Guarda, vila fronteiriça da comarca de Pinhel. Se fossem naturais da Lixa, cidade do concelho de Felgueiras, esta história tinha mais piada.

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3. É mesmo proibido dar de comer aos pombos? Porquê?

Dar milho aos pombos é proibido de acordo com o n.º1 do Art.º 60º do Regulamento de Resíduos Sólidos. A dieta é obrigatória para evitar que esta praga se reproduza. Ou seja, se os pombos comerem os seus restos de pão e bolos não vão comer o milho contraceptivo que é distribuído pela cidade com o objectivo de controlar essa encantadora população de aves que insiste em redecorar os nossos carros com os seus excrementos.

4. Quanto mede a rua da Betesga? É assim tão pequena?

A Rua da Betesga tem aproximadamente dez metros de comprimento e é tida como a rua mais pequena de Lisboa. A expressão “meter o Rossio na Rua da Betesga” é usada sempre que um lisboeta muda de casa e tem de tirar o sofá pela porta da entrada.

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6. Há um faroleiro no Bugio?

O farol, no Forte de São Vicente do Bugio, deixou de ser uma fortificação em 1945 e tornou-se automático em 1981. No ano seguinte os faroleiros foram mandados para casa e desde então que está vazio. Isto significa que se quiser pode ocupar o forte, declarar a sua independência e começar a emitir moeda. Não diga a ninguém que fomos nós que demos a ideia.

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7. Qual é a pata direita do cavalo de D. José?

É a esquerda. Não conhece o trocadilho? É uma provocação tão antiga como a estátua equestre que está no Terreiro do Paço. A pata direita – ou que está “a direito” – é a pata esquerda do cavalo. A pata do seu lado direito está ligeiramente dobrada, daí ser possível brincar com os vários significados da palavra “direita”. É rir a bom rir. E qual é a cor do cavalo branco de D. José? Ok, ok, vamos parar com isto.

8. É verdade que a estátua que está no Rossio é de um imperador mexicano?

Não e é uma pena. Dava uma belíssima história. O mito urbano de que a estátua que está na praça do Rossio não é de D. Pedro IV, mas sim do imperador Maximiliano do México, é só isso mesmo: um mito. Reza a lenda que o escultor tinha feito uma belíssima estátua do tal imperador, entretanto fuzilado, e para não dar o trabalho por perdido reciclou-a como homenagem ao monarca português.

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9. Estamos todos familiarizados com a Segunda Circular, mas onde fica a Primeira Circular?

A Primeira Circular existiu e “circulava” a cidade no século XIX: começava no Largo de Alcântara, passava pela Rua D. Carlos, Rua Marquês da Fronteira, Duque de Ávila, Praça do Chile e por aí acima pela Morais Soares para depois descer até Santa Apolónia. Representava na altura os limites da cidade, que entretanto transbordou e vai daí fez-se uma Segunda Circular.

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11. Quem foi o atrevido que fez a estátua no topo do Parque Eduardo VII?

Sim, há quem lhe chame "O Pirilau" e o próprio escultor, João Cutileiro, disse por alturas da sua inauguração que "o jacto de água do Lago de Genebra tem uma ejaculação muito maior". Posto isto, a peça chama-se Monumento ao 25 de Abril de 1974 e foi uma encomenda do município inaugurada a 25 de Abril de 1997. Pesa 90 toneladas e a forma fálica que se destaca simboliza a força viril e o vigor da revolução de Abril. Conheça aqui mais obras de Cutileiro em Lisboa.

12. Porque é que há táxis pretos e verdes e outros bejes?

As gerações mais velhas sabem mais ou menos esta história. No já longínquo ano de 1993, foi decretada a alteração obrigatória da cor dos táxis, então todos verde-mar e preto, para bege-marfim, por ser menos dispendiosa. Mas seis anos depois a cor do veículo ficou à escolha do proprietário, que pode optar entre esta cor e a versão mais clássica.

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13. Quem baptizou o Franjinhas com nome de desenho animado?

Amado por uns, odiado por outros, a verdade é que este edifício de lojas e escritórios da Rua Braancamp ostenta o galardão de Prémio Valmor e é Monumento de Interesse Público desde 2011. Apesar de toda a polémica, foi a sociedade alfacinha que o baptizou com um nome carinhoso. Franjinhas é uma referência ao cão da série animada francesa Carrossel Mágico, que se estreou na RTP em 1966.

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Castelo de São Jorge

Tudo começou com uma fortificação construída pelos muçulmanos que aqui reinavam antes da chegada de D. Afonso Henriques em 1147. Ao longo dos tempos foi sendo readaptado, mas chegou ao século XX em ruínas, ocupado por algumas estruturas militares. O que vemos hoje foi reconstruído entre 1938 e 1940 a partir das fundações da fortaleza original, numa altura em que se descobriram imensos vestígios históricos.

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15. O que acontece quando fecham as portas do metro?

Assim que termina a circulação à uma da manhã, todas as carruagens recolhem ao Parque de Material e Oficinas III do Metropolitano de Lisboa, na Estrada da Pontinha. É nesta altura que entra em marcha o trabalho de técnicos do Metropolitano de Lisboa que se apresentam meia hora depois para fazerem a manutenção e a reparação de carris, sinais e sistemas eléctricos pelos túneis da rede. Nós já vimos tudo. Espreite aqui.

Coisas sobre Lisboa

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Fomos de departamento em departamento da Time Out Lisboa perceber quais os edifícios que, pela sua beleza, conquistam mais adeptos. Houve quem tentasse incluir estádios, mas só vale se a paixão pela arquitectura em causa for verdadeira. E ainda criámos uma batalha de concelhos na firma. A paz foi mais forte e o resultado final está aqui: varremos Lisboa de uma ponta à outra (que é como quem diz do Parque das Nações a Belém) e ainda damos um saltinho a Cascais (dois, na verdade). O Mosteiro dos Jerónimos é uma escolha óbvia; a partir daí, começa o debate do gosto.

  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

No dia 28 de Maio de 1963, uma notícia correu Lisboa: “Houve um desastre na Estação do Cais do Sodré, morreu muita gente!” Dizia-se que um comboio tinha descarrilado, mas logo se soube que não era isso. A cobertura da gare havia desabado e o balanço era trágico: 49 mortos e 61 feridos. Mais de 400 pessoas acorreram à estação mergulhada no caos para acudir às vítimas: operários que trabalhavam na construção da ponte sobre o Tejo trazendo o seu equipamento, bombeiros, médicos, enfermeiras, militares, voluntários e padres, alguns dos quais deram a extrema-unção aos agonizantes no local.

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  • Coisas para fazer
  • Jogos e passatempos
Descubra onde é isto e teste se é um verdadeiro lisboeta
Descubra onde é isto e teste se é um verdadeiro lisboeta

Considere isto um treino para não corar quando alguém de fora lhe fizer perguntas difíceis sobre a sua própria cidade. Este é o segundo teste que o pode validar como um verdadeiro alfacinha, o que só acontece se responder a pelo menos três dos cinco desafios propostos. As soluções estão a seguir à imagem nº5 (ou antes da imagem nº 1, como lhe der mais jeito) e, apesar das imagens terem sido retiradas do Google Maps, não vale ir copiar ao Google. Aceita o nosso desafio?

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