Olhares, de Alexia Fernandes, festival InShadow
DROlhares, de Alexia Fernandes, festival InShadow
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As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

Não sabe o que fazer em Lisboa sem gastar dinheiro? Aqui tem: coisas grátis para fazer na cidade todos os dias da semana.

Helena Galvão Soares
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Esta semana conte com um filme de animação sobre guerra, na Casa da Achada, curtas no Shortcutz na Cossul, música no Auditório do Liceu Camões, jazz de volta ao Café Dias, esta semana com a junção curiosa de Maria do Mar e Ricardo Dias Gomes, e, na sexta, uma mostra de vídeo-dança nos Coruchéus. Atenção também à visita guiada ao Hospital de Sant'Ana, edifício de arquitectura e história absolutamente únicas. Última oportunidade para ver a exposição "Andor Violeta" (vá no último dia, mas vá). Quer mais ideias? Veja a nossa selecção de exposições documentais e de fotografia.

Recomendado: Exposições em Lisboa a não perder este mês

Grátis em Lisboa esta semana

  • Filmes
  • Lisboa

É terça-feira, noite de curtas na Cossoul. Nesta sessão teremos O Procedimento, de Francisco Noras, e A Straight Story, de João Garcia Neto. Como convidada especial, a realizadora Ana Cavazzana com as curtas Duas e ComVida-20.

O Shortcutz começou em Lisboa, em 2010, e espalhou-se pelo mundo. Acumula as funções de mostra e festival de curtas-metragens, já que também há competição e prémios. Todas as terças se projectam três curtas-metragens. Uma das produções é convidada, enquanto as outras duas estão em competição (saudável) para o galardão de Melhor Curta do Mês. 

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. Rua Nova da Piedade, 66 (São Bento). Terças 21.30. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Concertos
  • Lisboa

Na quarta-feira, 22 de Janeiro, o palco do Auditório Camões recebe um Concerto Antena 2, desta vez com as Clinic Session de Hugo Trindade. 

Neste novo projecto, Hugo Trindade regressa ao quarteto composto por guitarra eléctrica, piano eléctrico, baixo eléctrico e bateria, com Aires Pereira, baixista da banda Moonspell, e os emergentes Edgar Alexandre (piano) e Luís Lane (bateria). Apresentam faixas do novo álbum resultante da residência criativa no Clinic, emblemático espaço da noite e cultura alcobacense.

Programa: Edgar Alexandre, "Gimme a Break", Hugo Trindade, "Blended", John Coltrane; arranjo: Hugo Trindade, "Lonnie’s Lament", Hugo Trindade, "Imaginário", John Scofield; arranjo: Hugo Trindade, "Chichon", Hugo Trindade, "Ravel" e Edgar Alexandre, "Fuk".

Auditório Camões. Rua Almirante Barroso, 25 A. 22 Jan (Qua) 19.00. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Grande Lisboa

Nesta quarta-feira, 22 de Janeiro, não perca a oportunidade de visitar um edifício absolutamente único. O ar austero do grande casarão que se avista da marginal não tem correspondência nos interiores Art Déco e na sofisticada arquitectura que assegura os moderníssimos preceitos sanitários de ventilação e tratamento separado de roupas para reduzir ao mínimo o contágio da tuberculose.

Depois de uma trágica saga familiar que vai matando de tuberculose a família Biester, que iniciara o plano de construção de um sanatório, acaba por ser uma familiar e última sobrevivente, Claudina Chamiço, que, aos 82 anos, consegue levar a bom porto, com o conselho e conhecimentos do Dr. Sousa Martins (que entretanto se suicida por ter também ele contraído a doença) a construção de um sanatório de excelência, ao nível do melhor que se fazia pela Europa, para tratar meninas pobres. Durante a permanência no Sanatório, as meninas com condições físicas para isso recebiam instrução, praticavam desporto e aprendiam música. Este é certamente um dos edifícios com uma das histórias mais extraordinárias do país. O hospital é, desde 1913, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que promove estas visitas guiadas.

Hospital de Sant'Ana. Rua de Benguela, Parede. Participação gratuita com marcação obrigatória: 21 324 0869/87/ 65 ou culturasantacasa@scml.pt. 22 Jan (Qua) 14.30-16.00

  • Coisas para fazer
  • Concertos
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Esta quinta, 19 de Dezembro, Ricardo Dias Gomes, na guitarra, e Maria do Mar, no violino e não só, marcam presença no Café Dias. Vai ser uma sessão muito especial. Como sempre, às 19.00. Quem passe à porta talvez nem suspeite, mas o Café Dias é um sítio muito especial. Já lá vão mais de 500 concertos desde que começou as suas sessões de jazz, em 2003. A partir de 2011, o Jazz às quintas nunca mais saiu da agenda (pode ver uma pequena amostra dos cartazes na cave). Pode ver a programação de jazz no Facebook (página com 4,2 mil seguidores, atenção).

Rua Pedro Calmon, 3 B (no Alto de Santo Amaro). 08.00-23.59. Jazz às quintas: 19.00-20.30 (às quintas, há jazz e não há jantares). Entrada livre 

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  • Dança
  • Lisboa

Nesta sexta-feira, 24 de Janeiro, às 19h, os Coruchéus apresentam uma mostra de vídeo-dança portuguesa, com obras premiadas do InShadow - Lisbon Screendance Festival, uma iniciativa da Vo’Arte Associação Cultural. Além disso, vai ser exibido Poti Pati, um filme especial, realizado por Pedro Sena Nunes e coreografado e interpretado por Ana Rita Barata, ambos directores artísticos do InShadow.

Programa: Olhares, de Alexia Fernandes, Quase Desabitada, de Daniel Matos, Desabitar, de Diana Antunes, Finimondo, de João Sanchez, Hannah, de Sérgio Cruz, Sing the Sand into Pearls, de Raquel Claudino, e Poti Pati, de Pedro Sena Nunes.

Coruchéus – Um Teatro em Cada Bairro. Rua Alberto de Oliveira. Reserva de bilhetes: umteatroemcadabairro.corucheus@cm-lisboa.pt. 24 Jan (Sex) 19.00. Entrada livre

  • Arte
  • Lisboa

Já só tem esta sexta-feira para ver esta exposição, entre as 15.00 e as 19.30. Diana Policarpo é artista plástica e compositora, que usa diversos meios, desde o desenho, a escultura, texto, performance, às instalações sonoras multicanais. A exposição "Mutual Benefits" (Benefícios Mútuos) foi criada para o espaço Rialto6 e deve começar a ser vista do lado de fora da porta. O trabalho apresentado centra-se num fungo parasita, o Ophiocordyceps sinensis, que torna o seu hospedeiro, as lagartas da traça-fantasma, em zombies. Trata-se do fungo mais caro do mundo, pelas suas alegadas propriedades afrodisíacas e medicinais. Atletas chineses utilizaram-no como droga para melhorar o rendimento físico. O Ophiocordyceps sinensis é colhido em condições climáticas duras no Planalto Tibetano e só recentemente começou a ser cultivado artificialmente.

Rialto6. Rua do Conde de Redondo, 6, 1º andar. Até 24 Jan. Sex 15.00-19.30. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios
  • Lisboa

Neste sábado, 25 de Janeiro, logo pela fresca, às nove da manhã, vá encher os pulmões de ar puro e conhecer a biodiversidade e a história do Parque Florestal de Monsanto, num percurso guiado com vistas panorâmicas sobre a cidade.

25 Jan (Sáb) 09.00-13.00. Grau de dificuldade: fácil. Ponto de encontro: Centro de Interpretação de Monsanto, Estrada do Barcal. Participação livre com inscrição em monsanto.inscricoes@cm-lisboa.pt

  • Arte
  • Lisboa

Último sábado para ver esta exposição a não perder. Manuel Forte nasceu em Portugal e reside na Cidade do México e trabalha com pintura, desenho, escultura e instalação. As suas exposições tendem a ser site specific e a alastrar-se para as paredes, desafiando as noções tradicionais de onde termina a pintura e começa a escultura e a instalação. O seu trabalho aborda temas relacionados com coisas triviais da vida doméstica quotidiana e a fantasia.

Balcony. Rua Coronel Bento Roma, 12 A (entrada pela Estados Unidos da América, tocar à campainha). balcony.pt. De 16 Dez até 31 Jan. Ter-Sáb 14.00-19.30. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

Aproveite a entrada livre ao domingo e vá ver esta exposição prestes a abandonar a Culturgest. É a primeira exposição de Alexandre Estrela numa instituição desde 2023, quando foi o primeiro português a ter uma individual no MoMA. Estrela regressa a linhas que são fortes na sua obra, como o uso de ilusões ópticas e a instabilidade que isso causa. Uma das 13 instalações é mesmo uma referência directa ao desenho do coelho e do pato, que talvez quase acabem por formar um monstro, um coelhopato. 

A exposição dialoga com o espaço em U da galeria, numa espécie de de metáfora do cérebro com os seus dois hemisférios ligados por um corpo caloso que, neste caso, os separa. As peças do corredor do lado direito e do lado esquerdo espelham-se  até chegarem ao corredor do fundo, o corpo caloso em que a passagem está vedada com 1+2 peças, que de novo se espelham.

As 13 instalações estão em comunicação umas com as outras, como um corpo vivo, conscientes do som que fazem para ocupar o espaço sonoro. Excepção para a instalação na foto. Aquela paisagem é-lhe familiar? É natural, era um screensaver do Mac Sierra. A peça é activada pela actividade sísmica mundial com um som aterrador e forte. O monstro está aqui na destruição iminente causada pelo sismo.

Culturgest. Rua do Arco do Cego, 50. Até 2 Fev. Ter-Dom 11.00-18.00. 5€ (entrada livre ao domingo)

  • Arte
  • Fotografia
  • Lisboa

No domingo, vá ao Mercado de Campo de Ourique ver a exposição do fotojornalista do Público Paulo Pimenta. São muitas salas de concerto e festivais, em duas décadas de carreira. Em 2010, 2012, 2013 e 2017 os seus trabalhos foram distinguidos com o prémio Estação Imagem.

Mercado de Campo de Ourique. Rua Coelho da Rocha, 104. Seg-Dom 10.00-20.00. De 8 Jan até 2 Mar. Entrada livre

Lisboa low cost

  • Museus

Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns é preciso marcar). E, aos que já existiam, vieram agora acrescentar-se aqueles que tem 52 dias por ano para visitar. A busca por um museu gratuito, também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo, mas o saber não ocupa lugar, como se diz. Descobrimos algumas pérolas museológicas, como a sala de operações do Movimento das Forças Armadas ou o Museu do Dinheiro, já que é disto que se trata. Aproveite estes museus grátis em Lisboa e arredores.

Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes, uma guerra na Europa e uma inflação. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. São 18 restaurantes até 10€, mas também temos outras sugestões de restaurantes baratos onde poderá ser feliz sem pesar na carteira. 

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