As Bifanas do Afonso
Arlei Lima
Arlei Lima

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Cá vai bom e barato. Nestes restaurantes até 10€ em Lisboa, encontra bons almoços, jantares e petiscos.

Cláudia Lima Carvalho
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Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes, uma guerra na Europa e uma inflação. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. São 18 restaurantes até 10€, mas também temos outras sugestões de restaurantes baratos onde poderá ser feliz sem pesar na carteira. 

Recomendado: Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa

Os melhores restaurantes em Lisboa até 10 euros

  • Chiado

Já se temeu o pior quando a construção do novo hotel da Vista Alegre ameaçava fechar portas desta tasca de Lisboa. Mas o Sr. José Fernandes por lá continua, forte, a abrir só aos almoços e quase sempre com as mesas preenchidas. A comida é boa e barata – já há poucos sítios assim na cidade. Os croquetes são imperdíveis e as iscas outro prato obrigatório. Tudo caseiro e em doses generosas. 

  • Bairro Alto

No Trevo, pequeno snack-bar no Chiado, é tudo díspar, da ementa às figuras que lá entram a cada segundo. Mas vão quase todos ao mesmo – a bifana. É feita à vista de todos, de frente para o Largo Camões, numa gordura controlada e saborosa. Já no pão, é seguir a recomendação do piripíri caseiro. Além desta sanduíche icónica, tem bons pratos do dia e sopas. 

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  • Coisas para fazer
  • Cais do Sodré

Um quiosque à moda antiga e como a cidade há muito não tinha. A comida é feita na cozinha da Taberna da Rua das Flores, de André Magalhães e companhia, e aqui as coisas são apenas finalizadas (o pão das sandes, por exemplo, é aquecido numa pequena grelha). Numa ardósia anunciam-se petiscos como peixinhos da horta, salada de polvo ou punheta de bacalhau, mais sandes de pernil fumado ou de lula frita – tudo com uma relação qualidade/preço difícil de bater. Um festival de petiscaria popular que nos faz suspirar por uma cidade mais autêntica e clamar por um destes quiosques em cada esquina.

  • Português
  • Santa Maria Maior
  • preço 1 de 4

Para almoçar na Provinciana, convém chegar antes das 13.00, ou arrisca-se a ficar na fila à porta. E por mais boa vontade que tenha Carla, a filha do dono – o Sr. Américo, que trata do serviço, rápido e simpático – é coisa para demorar. Com a pandemia, este pequeno restaurante escondido nas Portas de Santo Antão ganhou até uma pequena esplanada e o título de Loja com História. À segunda-feira costuma haver bacalhau à minhota e à quarta pernil. Depois há sempre os bons clássicos, da alheira com ovo aos choquinhos grelhados ou bitoque, tudo a menos de sete euros.

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  • Português
  • Santa Maria Maior

O self-service da Associação Católica Internacional ao serviço da Juventude Feminina é mais conhecido como Cantina das Freiras – é aberto a todos e, para cantina, tem das melhores vistas da cidade. Fica em pleno Chiado e deixa ver o rio e a outra margem. O melhor de tudo é que come por 7,50€ com menus completos, incluindo sobremesa. Há pataniscas, quiches e pratos do dia sempre variados. 

  • Chiado/Cais do Sodré

Aqui serve-se a comida tradicional cabo-verdiana, com especial destaque para a cachupa de carne, de peixe ou a especial, em meias doses (7€) ou doses completas, para duas pessoas (14€). Há também muamba de galinha, mandioca com carne de vaca e uma sobremesa de coco com leite condensado cozido muito gulosa. 

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  • Indiano
  • Lisboa

Os restaurantes nepaleses saíram do armário há uns cinco anos, no sentido em que começaram a afirmar a sua identidade própria, sem ter de se fazerem passar por indianos. Este pequeno lugar na Alameda é isso tudo, um oásis de paz e boa comida caseira, com destaque para os caris, feitos com especiarias inteiras, e onde tudo é bom, dos momos às chamuças, não esquecendo os onion baji ou as pakora, pastéis deliciosos para barrar com chutney – e onde se está amparado de decoração das montanhas, esse talismã dos nepaleses. Muitos dos restaurantes indostânicos são inconsistentes, abrem e fecham e mudam de mãos rapidamente, mas este Nepal Curry House tem-se revelado um porto seguro na Alameda. 

  • Grande Lisboa

A senhora Yi tinha um restaurante em sua casa, há uns anos, na Mouraria. Mas acabou por encontrar uma loja no Centro Comercial Columbia, sem porta directa para a rua, mas de acesso livre, para nossa felicidade. Aqui, servem-se pratos de rua da China, sobretudo da zona de Sichuan e Shandong, a uma turba alegre de indefectíveis, que vão dos estudantes Erasmus a jovens chineses, passando por portugueses com gosto por espetadinhas de cominhos, sopas picantes com amendoim e noodles de batata doce e panquecas de ovo e alho francês. O prato obrigatório são as unhas de porco grelhadas, um petisco improvável, mas delicioso, que a senhora Yi serve sempre com um sorriso nos lábios. 

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  • Italiano
  • Lisboa
  • preço 1 de 4

Neste restaurante dos Anjos sentimos o aconchego de uma casa italiana. Cheira a massa fresca, a música é alegre e o ambiente descontraído. Nas prateleiras, há frascos com molhos, pacotes de massa e garrafas de vinho. A ardósia anuncia os pratos, que incluem relíquias gastronómicas de Bolonha, e os preços são amigos da carteira. Há cappelletti (6,50€), tagliatelle (5,50€) e gnocchi (6€) para acompanhar de molho de tomate ou carne (+2€/3,50€), entre outras opções. Nas sobremesas não faltam o clássico tiramisù e bolo de chocolate (3€).

  • Chinês
  • Martim Moniz

Não tem nome à porta, mas esta cantina chinesa chama-se Mi Dai – corre a ideia de que ficou baptizada assim depois de o crítico da Time Out a ter visitado, há uns anos, e ter visto um pequeno letreiro com este nome. Não fique “lost in translation” quando lá chegar: tem de entrar, dirigir-se ao balcão e apontar para os ingredientes que quer. Depois são levados para o wok e temperados, com alho, gengibre e pimentas. Há ainda sopas de noodles (entre os 5€ e os 8€), gyosas (5€) e crepes chineses (5€). Claro está que o preço da refeição pode subir se não resistir a provar vários dos petiscos da casa.

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  • Lisboa

Quando Rafael Anaruma idealizou o The Wall Burger, ainda em 2019, imaginou uma cadeia de restaurantes “todos iguais, mas diferentes”, recuperando o espírito dos diners americanos de meados do século passado. Mas aqui não há representações do passado. Nunca foi essa a ideia. “Se pensarmos no boom dos hambúrgueres nos Estados Unidos, nos anos 50, o que acontecia era que os hambúrgueres eram bons, frescos, rápidos e baratos. Há várias combinações, mas a mais básica, com um smash burger duplo, queijo cheddar e maionese caseira, custa 5,70€ – o menu com batata e bebida fica por 8,50€.

  • São Vicente 

Depois da fábrica em Campolide e dos quiosques nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, os argentinos Carolina Cifuentes e Gaston Costa levam as suas empanadas – uma receita com herança portuguesa – para a rua. As empanadas Mbq, uma sigla que se traduz em mi Buenos Aires querido, chegam agora à Graça para uma experiência argentina mais completa. De momento há opções de empanadas como a caprese, com mozzarella e tomate ou a tradicional empanada argentina, também com carne (2,5€ a unidade; 10€ um pack de cinco). 

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  • Chinês
  • Martim Moniz

O Dawanmian é a mais recente cantina chinesa do Martim Moniz e tem óptima comida. Aqui, a clientela procura noodles e petiscadas, a preços que já quase não se praticam em lado nenhum. Não se deixe enganar pela entrada pouco convidativa. O serviço não é muito simpático, mas o que interessa é o que está dentro das enormes taças de noodles. Há várias hipóteses de sopa de noodles, como a agri-picante ou a de marisco, mas a que mais sai é a de massa-fita caseira, tipo tagliatelle, com entrecosto assado no forno – todas boas, a 6,50€ cada.

  • Campo de Ourique

No Hummusbar, no Mercado de Campo de Ourique, todos os pratos que existem na carta (maioritariamente vegetariana e com opções vegan), têm hummus feito com grão de bico trazido do Egipto. Há sanduíches de pita bem recheadas, saladas, shakshuka e pratos de hummus, sempre acompanhados pelo pão pita fresco. O mais simples é o hummus com tahini (7,90€). Depois é consoante a fome e o tipo de refeição que quer fazer.

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  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 1 de 4

É, provavelmente, o balcão mais pequeno da cidade – quatro pessoas já é demais –, mas nem por isso o menos concorrido. À hora do almoço, a fila fala por si. Nada que assuste José Rodrigues, o homem que comanda a frigideira à janela, onde as finas fatias de carne de porco se envolvem num molho sem segredos: vinho branco, banha e alho. A arte está na facilidade com que tudo é feito, sempre a olho, sempre certeiro. Eis As Bifanas do Afonso, casa com quase 50 anos de história, na Rua da Madalena. As bifanas (2,70€) começam a sair logo cedo e não há hora que sossegue.

  • Padarias
  • Lisboa

É a meca dos bagels em Lisboa, já com duas moradas (em Campo de Ourique e na Estefânia). As receitas caseiras de bagels vêm da família de Raphael Schneider, o dono, e são sempre servidas com um acompanhamento (sopa, coleslaw, salada mista ou chips). O preço dos menus, que inclui ainda uma bebida, começa nos 6,90€ – dependendo do bagel que escolher. 

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  • Lisboa

Os nepaleses não estão sempre do outro lado do balcão, fechados em cozinhas, a servir-nos. Às vezes, também estão na sala, a comer e a celebrar – e, nas raras ocasiões em que o fazem, escolhem muitas vezes este Grill n’Chill. O restaurante começou como um snack bar, mas foi-se sofisticando e crescendo. Tomou o vizinho Chimarrão, agora extinto, na Praça do Chile, e multiplicou-se noutros dois espaços, um no Intendente e o outro em Almada. Comem-se os famosos raviolis nepaleses – os momos, feitos na cave, todos os dias –, espetadas de barriga de porco e de frango marinado em iogurte e especiarias, assadas no carvão, pani puris e chatpads, tudo com malagueta verde, para arrebitar. 

  • Português
  • Lisboa
  • preço 1 de 4

O Verde Minho, casa concorrida
de clientela autóctone mas estrategicamente escondida da transumância turística numa curva da Calçada de Santana, serve meias doses que são, na verdade, doses inteiras. Isto tudo por tuta e meia. A grelha a carvão, plantada 
à janela direita de quem entra, 
é a oficina da melhor parte de uma ementa que vai rodando em dias mais ou menos fixos. Uma excelente forma de fechar esta lista de restaurantes até 10€ em Lisboa.

Lisboa em modo poupança

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