O caso da Avenida
Foi no Dia Nacional do Ar, assinalado a 12 de Abril, que a associação ambientalista ZERO divulgou uma boa nova no meio de tantas más notícias: a Avenida da Liberdade tem batido recordes na qualidade do ar, para melhor.
São vários os números destacados pela ZERO, todos relativos à concentração média de dióxido de azoto (NO2) saídos da estação de monitorização localizada na Avenida da Liberdade, uma das vias mais poluídas do país.
Segundo a associação, nos dias úteis entre 16 de Março e 9 de Abril verificou-se a menor concentração média de NO2 desde o início do século à escala mensal (25,9 mg/m3). Por outro lado, a mesma concentração, mas entre 6 e 9 de Abril foi a mais reduzida à escala semanal (20,5 mg/m3) desde que foi instituído o Estado de Emergência, a 18 de Março.
Para a ZERO, estes valores aparecem na sequência da redução do tráfego rodoviário na Avenida da Liberdade. “O dióxido de azoto medido é principalmente consequência directa dos processos de combustão que têm lugar nos veículos, com maior responsabilidade dos que utilizam o gasóleo como combustível que apresentam maiores emissões comparativamente com os veículos a gasolina”, acrescenta em comunicado.
No ano passado a concentração média anual de dióxido de azoto em foi de 54,6 mg/m3, bem acima do valor-limite permitido pela legislação, fixado em 40 mg/m3.