Humorista, Stand-up, Salvador Martinha
©Manuel MansoSalvador Martinha
©Manuel Manso

Lisboa em 11 passos, por Salvador Martinha

Salvador Martinha é o novo cronista da edição em papel da Time Out Lisboa. Este é o roteiro do humorista na cidade.

Publicidade

O sítio que lhe mostra como está o mundo, a vista que recupera memórias de infância, um jardim que sabe a feira popular, um clube onde rir é o melhor remédio, um bairro inteiro ou uma pista de dança. Antes de se estrear como o novo cronista da revista Time Out Lisboa, Salvador Martinha passou pela praxe e teve de escolher mais de duas mãos cheias de espaços na cidade. Dos locais que lhe trazem boas memórias a bairros e jardins onde se prefere demorar, descubra 11 pontos no mapa de Lisboa recomendados pelo humorista.

Recomendado: Salvador Martinha: "Uma piada é como uma tese: é bom que esteja bem sustentada"

1. Rua da Bica

Sempre gostei da Bica à noite, porque era um bairro, mas um bairro diferente. O Bairro Alto era mais confuso, mais trash, mais vikings. Ali havia artistas.

  • Atracções
  • Torres e miradouros
  • São Vicente 

Cheguei a morar na Graça e sempre gostei muito do miradouro. Estive lá numa fase infantil, a jogar à bola, e depois numa fase madura a apreciar o pôr do sol. Vais ficando com sensibilidade.

Publicidade

3. Alameda das Linhas de Torres

Ia a pé do Lumiar para a escola e quando chegava tinha a magia de ver o estádio de Alvalade. Chegava também ao meu clube.

4. Campo de Ourique

Gosto muito daquele bairrinho, é uma espécie de Monopólio, onde se pode fazer tudo. Já morei em Campo de Ourique várias vezes, agora moro perto.

Publicidade
  • Noite
  • São Vicente 

Sempre que penso no Lux os meus olhos arregalam. Tenho saudades.

6. Pastelaria Carrossel

Fica na Infante Santo e quando me sinto muito trabalho-casa, casa-trabalho, é lá que vou ver como é que está o mundo. Sento-me, peço uma água lisa com uma rodela de limão, e fico assim.

Publicidade
  • Atracções
  • Estrela/Lapa/Santos

É onde gosto de ir com os meus filhos. Para eles é a Feira Popular, porque ainda não sabem o que é Feira Popular. Mas na minha cabeça também é como se fosse.

Publicidade

9. Lisboa Comedy Club

Faz-me sentir orgulhoso por termos chegado até ali. Sinto que pertenci a esse grupo de obreiros que nos levou a ter um comedy club a sério.

10. Linha de Cascais

A linha do comboio marcou muito a minha vida. Morei em Oeiras e vinha até ao Cais do Sodré. E gostava muito daquela frase do Fernando Pessoa que é “Cheguei ao Cais do Sodré e a nenhuma conclusão”. Era assim que eu me sentia sempre.

Publicidade

Outros passos

  • Coisas para fazer

Bruno Nogueira foi o director convidado na semana em que fez história em Lisboa ao esgotar a Altice Arena em nome próprio e com um espectáculo de stand-up. Durante a sua passagem pela redacção, que virou a revista de pernas para o ar, deixou-nos um roteiro com oito paragens que o director temporário considera serem obrigatórias para quem vive esta Grande Alface. 

  • Arte
  • Arte urbana

Vhils não se faz rogado quando o assunto passa pela dimensão das obras que vai criando mundo fora. Sobram poucas pessoas a quem não soe uma campainha quando ouvem o nome Vhils. Alexandre Farto passou fronteiras há muito e mesmo assim continua por cá a deixar a sua marca em murais de pequena ou grande dimensão. O mais recente representa o lançamento da primeira pedra da 'Chelas é o Sítio', uma associação sem fins lucrativos que conta com Sam The Kid no leme. Fomos à procura, nesta margem ou do outro lado do rio, das paredes rebentadas artisticamente por Alexandre Farto e encontrámos também a icónica obra na calçada portuguesa. Recolhemos as melhores perfurações artísticas de Vhils para que siga o roteiro mais esburacado de Lisboa, veja com olhos de ver e fotografe, que é tudo instagramável.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade