A Arte Contemporânea 3 + 1 inaugura esta sexta (19.00) a exposição individual “Quase um Nada” da artista brasileira Maria Leat (até 11 Janeiro). Nesta que é a sua segunda exposição na galeria, a artista apresenta uma série de obras de diferentes suportes – livros, monotipia, escultura ou vídeo – unidas, tanto conceptualmente como visualmente, por gestos subtis, pelo minimalismo do quotidiano.
Se aos dias úteis a labuta lhe rouba o tempo para aproveitar a cidade, restam-lhe os fins-de-semana para o fazer – e, como sabe, não somos a favor de que os passe em casa. Está a chegar pela primeira vez a Lisboa um fim-de-semana dedicado às artes – é o Lisbon Art Weekend (LAW), que ocupa 19 espaços entre sexta e domingo com exposições, conversas e um concerto.
Já deixou marca noutras capitais europeias como Londres, Paris e Madrid, estreando-se agora em Lisboa para fortalecer o circuito de arte contemporânea que flui por cá, através da diversidade de projectos.
“Quando visitámos Lisboa e nos apercebemos que a arte contemporânea estava a crescer tanto tentámos perceber se havia algum evento do género, e não existia”, explica Merve Pakyürek, que juntamente com Marc Kean Paker fundaram a iniciativa Art Weekend. “Além da ARCO, que tem outra dimensão, o facto de não haver nada do género transformou esta necessidade numa oportunidade”.
As actividades são gratuitas e dão ao público uma oportunidade de conhecer a crescente cena urbana da arte contemporânea em Lisboa. “É engraçado que normalmente o percurso cultural das pessoas passam sempre pelos museus e nunca pelas galerias. É por isto que queremos mostrar o que as galerias guardam, mostrar que não é um local de elites”, diz Merve. “O facto de as galerias estarem muito associadas à compra de arte. Impõe-se muitas vezes uma barreira na hora de entrar, e as pessoas acabam por ignorar o facto de as galerias terem programação para todos, por exemplo”.
Ao longo de três dias, juntam-se artistas como Horácio Frutuoso, João Pedro Vale, Nuno Alexandre Ferreira, Carolina Caycedo, Cecilia Bengolea, Tobias Rehberger, Gonçalo Preto ou Wasted Rita. Tudo isto em 19 espaços: Balcony Gallery, Carlos Carvalho Contemporary Art, Carpintarias de São Lázaro, 3+1 Arte Contemporânea, AZAN, Bruno Múrias, Casa dell’Arte Lisbon, Galeria 111, Galeria Belo-Galsterer, Galeria Cristina Guerra, Galeria Foco, Galeria Francisco Fino, Galeria Graça Brandão, Galeria Vera Cortês, Galerias Municipais/Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria, Madragoa, MONITOR Lisbon, Pedro Cera, Underdogs Gallery. Damos-lhe alguns destaques da programação para que não se perca.
Recomendado: Galerias de arte em Lisboa: um roteiro alternativo