Caffè di Marzano
©Duarte Drago
©Duarte Drago

Conheça o Largo Rafael Bordalo Pinheiro à lupa

Se o Largo do Carmo ou o Chiado têm demasiado movimento turístico, experimente este largo pequeno mas com muito que se lhe diga

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Chiado ou Terraços do Carmo? A este dilema pondere juntar um terceiro argumento: o Largo Rafael Bordalo Pinheiro. A entrada mais nobre para o Teatro da Trindade não é só um sítio de passagem: come-se o que vem da Ásia (e come-se bem), o que vem do mar e o que vem de Itália agora também. Dá-se um olhinho nas tendências e ainda se desenha um "amor de mãe" no braço, se tiver coragem para isso. Ah, e este Largo perde para o Chiado em turistas por metro quadrado. 

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O Largo Rafael Bordalo Pinheiro à lupa

  • Italiano
  • Chiado

Onde antes morava o La Parisienne Bistrot, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, nasceu o restaurante Visconti, com alguns dos pratos italianos mais clássicos. Luchino Visconti é o realizador favorito de Guy-David Gharbi, dono do restaurante Legaaal, no Bairro Alto, do Bohemian Beach Club, na praia da Cabana do Pescador, na Costa da Caparica, e um dos sócios deste italiano. A coincidência, que até esta aventura começar o empresário não sabia, é que Visconti era também o apelido da maior paixão de Bordalo Pinheiro, Maria Visconti. Curiosidades à parte, tudo bate certo no Visconti, o restaurante que mantém as arcadas em pedra e os grandes janelões virados para o largo com o mesmo nome do pintor, e que aposta numa decoração confortável, com muitos sofás, recortes do jornal A Paródia e espelhos vistosos.

  • Asiático contemporâneo
  • Chiado
  • preço 2 de 4

O mais provável é ter de ficar cá fora à espera de uma mesa – é o habitual desde que este pan-asiático abriu. Mas ao menos espere com um dos cocktails na mão, servidos no bar da entrada. O ambiente está sempre animado, da esplanada ao pátio interior, passando pelo balcão ao pé dos cozinheiros. Peça os rolinhos primavera para começar a refeição, siga para o caril massaman de frango e coco e termino com os mochi japoneses.

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  • Chiado

Os donos da pizzaria Valdo Gatti abriram o Caffè di Marzano no Largo Rafael Bordalo Pinheiro. É um café, vinoteca e vermuteria, onde juntaram os pequenos-almoços nova-iorquinos às influências italianas para todo o dia. Uma espécie de pequena Little Italy, que vai mudando as propostas gastronómicas, e o próprio ambiente, ao longo do dia: de manhã encontra ovos Benedict, panquecas, paninis e uma selecção matinal de sumos prensados a frio. À noite o ambiente muda completamente e entram as tábuas de queijos, enchidos ou legumes e as pizzetas e pratos de massa fresca que se estreiam ao almoço, continuam até ao fecho, sempre bem regadas com vermutes e vinhos biológicos.

  • Compras
  • Chiado

Famosa por proteger todo o pé de Cinderela da chuva e das poças de água pela cidade, a Cubanas não falha na hora de inventar um novo modelo, cor ou textura para galochas. Mas a marca portuguesa não se fica por aqui, aventurou-se também noutros modelitos de sapatos, botas e ténis da moda, para dar respostas à clientela. Também há mochilas e carteiras para lavar as vistas e carregar a vida às costas.

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  • Hambúrgueres
  • Chiado

Quando em 2015 já toda a gente conhecia os hambúrgueres Honorato de trás para a frente, uma das hamburgerias mais conhecidas da cidade surpreendeu ao abrir no Chiado e ter lá dentro uma parede do Vhils, aka Alexandre Farto. Além de arte urbana da mais popular que pode haver, o espaço do Chiado tem um bar de gins e mais de 50 cervejas artesanais de vários pontos da Europa.

  • Coisas para fazer
  • Chiado

O sol entra pelas janelas, os tectos trabalhados dão outra riqueza ao espaço e os azulejos gritam tradição, neste edifício histórico de 1980 transformado num cowork modernaço. O Heden nasceu na Graça, expandiu-se para o Chiado e agora até já ocupa grande parte do Terminal de Cruzeiros. Este cowork vai além de um simples espaço de trabalho: tem selo da Coopérnico, a primeira cooperativa portuguesa de energia renovável, e aqui as mulheres têm 17,5% de desconto. Esta é uma medida de equidade: é essa a diferença salarial que existe em Portugal entre homens e mulheres. O melhor é estar atento à agenda, há eventos culturais a acontecer por lá.

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  • Cafés
  • Chiado

O Largo Rafael Bordalo Pinheiro teve nos últimos anos a atenção que há muito merecia. Com ela veio uma segunda esplanada para o Royale Café, vieram ainda mais clientes, mas o café – restaurante soube continuar a reinventar-se em novos pratos ou menus de brunch, por exemplo. Por outro lado, manteve na carta tudo aquilo que (pedimos agora a todos os leitores que façam figas) se espera que nunca desapareça: os scones, o salmão fumado em pão de espelta com ovo escalfado e o baba ganoush com iogurte grego e tahini.

  • Compras
  • Tatuagens e piercings
  • Chiado
  • preço 2 de 4

Como muitos outros tatuadores, Francisco Mascarenhas começou a tatuar amigos em casa. Estávamos em 1990 e um ano depois abria o El Diablo. Entretanto, correu a Europa, tatuou tudo e mais alguma coisa e fartou-se de marcar presença em convenções e festivais da arte. Actualmente, só o encontramos no estúdio lisboeta duas vezes por ano. O resto do tempo é passado na Noruega, onde vive e mantém uma segunda casa, o La Família El Diablo Tattoo Club. Felizmente, por cá, o estúdio continua de boa saúde e recomenda-se.

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  • Chiado

Exactamente, foi isso mesmo que aqui veio fazer: cheirar, ver, comer peixe. Ou marisco. Nada no nome impede de haver outros bichos à mesa que não os que vêm do mar, e portanto também se arranja uma picanha ou um bife do lombo à portuguesa. Fora isto é mar adentro: há cataplanas, grelhados, carabineiro à Miguel, bacalhau assado com batata a murro e cebola confitada. E não é alto mar, é à saída do Largo Rafael Bordalo Pinheiro.

  • Chiado

É japonês de fusão, classifica o Nood a sua própria comida. Neste espaço de boa vista para a rua servem-se teppans, ramens, combinados de sushi, pratos de arroz ou de massa. A experiência pode assemelhar-se à de estar num restaurante de fast food, com as mesas corridas e os individuais de papel a marcarem o lugar de cada um. 

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  • Compras
  • Chiado

O nome Gardenia chegou em 1988 ao Chiado e foi por ali que cresceu. Hoje tem marcas como a Cubanas, Fly London, Xuz ou Ugg e expõe tudo (ou quase, vá) na loja do Largo Rafael Bordalo Pinheiro, num espaço com uma identidade própria. 

 

  • Chiado

Como diz o slogan, é o sítio onde o vinho do Porto e a comida se encontram. A começar logo pelas tábuas de queijo ou mistas, naturalmente, e a continuar em direcção a outras mais originais, como as de rosbife e queijo São Jorge. Mas nem só de petisquinhos se acompanha um Porto e aqui há lombos de novilho, bacalhau assado e pregos – é só uma amostra do que pode comer dentro ou na esplanada deste restaurante que também está em Gaia e no Douro.

Descobrir Lisboa

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  • Coisas para fazer

Até há pouco tempo, era o ponto cardeal mais desprezado de Lisboa, mas, lentamente, começa a ganhar vida e pontos de interesse. Eis mais de 20 desculpas para rumar ao bairro da moda e descobrir Marvila.    Recomendado: Roteiro de arte urbana por Lisboa

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