centro de marvila, Praça David Leandro da Silva,
Fotografia: Manuel Manso
Fotografia: Manuel Manso

Roteiro perfeito para um dia em Marvila

Cafés, restaurantes, galerias e espaços culturais. As maravilhas de Marvila que precisa de conhecer.

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Até há pouco tempo era o ponto cardeal mais desprezado de Lisboa, mas, lentamente, começou a ganhar vida e pontos de interesse. Entre o Beato e a Matinha, junto ao rio, desenha-se um novo centro da cidade. Um novo bairro até, que se renova sem o turismo como alavanca. Marvila, hoje, é mais do que uma freguesia ou um espaço geográfico bem delimitado; é um conceito. Um lugar que fertiliza dezenas de novos projectos a partir dos antigos armazéns da zona – outrora altamente industrializada. Se foram as fábricas de cerveja que nos aliciaram inicialmente para aqui, agora há outros motivos para rumar ao bairro da moda e descobrir a maravilha que é Marvila, das galerias de arte aos restaurantes, passando pelas lojas e os centros culturais que marcam a agenda da cidade.

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Roteiro perfeito para um dia em Marvila

  • Português
  • Marvila
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Nada como começar um dia com calma. Rita Estanislau abriu o Café Com Calma na Marvila semideserta de 2015 para quem o visitar poder desfrutar com vagar, seja para um pequeno-almoço, almoço (servem refeições ligeiras e têm menu de almoço) ou lanche. A decoração é kitsch e confortável e a comida do mais caseiro que há.  

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  • Tatuagens e piercings
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Ele é realismo, ele é oriental (lá que está a Oriente, está), ele é tribal, ele até é aquelas lamechices que, volta e meia, alguém se lembra de tatuar, não fosse também um estúdio de tatuagens cheio de personalidade. Lá dentro, há vitrines que merecem ser vistas de perto – relíquias de tatuador, de um lado, uma colecção de máscaras do outro. Ah e este estúdio tem um extra logo à entrada. A Barbearia Oliveira encaixou aqui que nem uma luva e veio subir o nível à mudança de visual.

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Eis aquele lugar que existe, mas não quer ser divulgado nos meios de comunicação social. Ups. Escrevemos apenas o essencial. Trata-se de um armazém gigantesco em Marvila, decorado com muitas madeiras, peças antigas, panos pendurados no tecto, mesas, cadeiras e bancos todos diferentes. A ementa tem toques asiáticos e de outros cantos do mundo, como as pizzas mexicanas ou tailandesas, feitas em forno de lenha. O serviço é simpático e descontraído e é um daqueles restaurantes bons para jantar e seguir nos copos sem sair do lugar. 

  • Cervejaria artesanal
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Gosta de cerveja artesanal? Na tap room da cervejeira Dois Corvos pode provar a bebida e espreitar a fábrica onde ela é produzida. À sua disposição estão cervejas engarrafadas e várias à pressão, que vão mudando consoante a produção. Os indecisos podem pedir um tasting tray com cinco cervejas e fazer um pijaminha alcoólico.

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  • Coisas para fazer
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A associação cultural (que antes dava pelo nome de Anjos 70) saiu do bairro dos Anjos e instalou-se na zona oriental da cidade. O novo sítio, um antigo armazém com 980 metros quadrados, trouxe os ateliers e residências artísticas, mas também a agitada programação cultural do Núcleo A70, como as sessões de cinema, as jam sessions, os mercados e os habituais concertos e DJ sets. 

  • Cervejaria artesanal
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A Musa abriu o seu pousio ao público em 2017. Fica em Marvila, junta fábrica e bar, com muito bom aspecto e vista para os silos onde a cerveja se faz, e tem uma programação musical regular para acompanhar com os copos. Além das garrafas, fáceis de encontrar em vários restaurantes e lojas da cidade, há 12 bocas recheadas com as cervejas que se produzem ali mesmo, mais uma ou outra convidada.

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  • Arte
  • Arte contemporânea
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É dos primeiros nomes que nos vem à cabeça quando pensamos no circuito das galerias de arte da cidade. É um daqueles armazéns de sonho, branquinho até mais não. Pelo programa de exposições, passam sempre artistas internacionais de alto gabarito, sem falar nos nomes que a Galeria Filomena Soares representa: Ângela Ferreira, Helena Almeida, Pedro Barateiro e Rui Chafes andam nas bocas do mundo, mas a casa deles é aqui, na Rua da Manutenção.

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A galeria é um entra e sai de artistas e dá todos os anos à cidade exposições memoráveis. Maria Imaginário já encheu o armazém com balões, André da Loba deu largas ao que vai passando pela imaginação humana, Wasted Rita fez da galeria um parque de diversões da vida, enfim tudo coisas épicas. O foco está quase sempre na arte urbana e quando um artista pisa a Underdogs, é quase certo que vai levar a sua arte muito além da galeria.

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  • Arte, artesanato e passatempos
  • Marvila

Isabel Colher é uma das grandes especialistas portuguesas no restauro de azulejos tradicionais portugueses – e trata com a mesma dedicação um exemplar do século XVI e um do século XX. Para visitar a sua pequena oficina em Marvila, um espaço que partilha com o colega e amigo Loubet Simões, também técnico de restauro, é preciso fazer marcação.

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Apesar do nome, não espere formosura em nada, a não ser na comida. O bacalhau à Brás tem boa fama, tal como o bitoque de vaca, que ganhou o primeiro lugar num concurso da Coca-Cola, escolhido pelo chef Alexandre Silva.

Outros bairros lisboetas

  • Coisas para fazer

Por ocasião dos 50 anos da Time Out, os editores de todo o mundo elegeram os 50 bairros mais cool do momento. O Príncipe Real ficou em 5.º lugar. O que quer afinal dizer cool? É um anglicismo, uma daquelas palavras certeiras dos camones para a qual não temos equivalente imediato. Cool é o novo que nunca saiu de moda, que tem pinta e é supimpa. Cool é uma atitude sem pose, uma tendência que tende a não querer saber disso. Cool é uma unidade de medida relativamente rigorosa, vagamente objectiva, usada genericamente para avaliar o grau de estilo de alguma coisa. Ora, isto é tudo o que acontece no Príncipe Real, onde as novidades se sucedem, as referências se mantêm e as figuras convivem, onde o novo se alicerça no antigo e a cidade não se expulsa a si mesma. E isso é realmente cool.

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A melhor varanda para contemplar Lisboa está aqui e, provavelmente, a mais instragramada. Há cada vez mais tuk-tuks, é verdade, mas também há cada vez mais vida de bairro a acontecer, da tasca ao mini mercado. Não deixe esta colina entregue exclusivamente aos turistas, aliás que esteja longe de acontecer essa possibilidade. É um dos sítios para se desgraçar na cidade e beber copos até ser hora de rumar para outro lado, e onde pode petiscar antes num dos restaurantes da colina. Reclame para si o melhor das mesas, da cerveja artesanal e dos destinos nocturnos da Graça e siga o nosso roteiro recheado com o melhor que este bairro guarda.

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  • Coisas para fazer

Gelatarias, brunches, mercearias alternativas, bares, restaurantes ou galerias. Há muito para explorar nesta lista quase infindável de atracções em Santos e na vizinha Madragoa, o bairro que tem recebido cada vez mais inquilinos e onde tropeça todos os meses num negócio novo. Santos é, aliás, um autêntico Design District, com lojas de decoração e design aos pontapés. Já para não falar de ser um epicentro cultural de museus e galerias de arte contemporânea. E, se está a ficar com medo de se perder com tanta oferta, não se preocupe, porque fazemos questão de lhe traçar um roteiro pela zona.

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