Praia de São Torpes
Arlindo Camacho
Arlindo Camacho

O melhor de Sines

Areais imensos, restaurantes de levar a barriga ao céu e muito mais. Conheça o melhor de Sines e aproveite (à grande) a costa alentejana

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Ainda a tentar desenhar o roteiro da descida da costa? Ponha um pin em Sines e descubra a Costa Alentejana. Pela comida ou pelas praias, o que importa é ir. Pode até nem ser o local mais procurado da Costa Alentejana, mas não fica atrás do resto dos ícones. Perca-se pelas praias, mas principalmente pelos restaurantes de Sines para uma verdadeira epopeia gastronómica. Vá por nós e faça-se à estrada – até porque vale a pena passear no centro histórico de Sines, entre lojas de comércio tradicional, ruas estreitas e miradouros improvisados, perfeitos para uma fotografia de família.

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O melhor de Sines

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Sofre daquela síndrome de ser a primeira de uma série de praias, onde todos os banhistas sedentos de mergulhos estacionam quase de impulso (este ano, compreende-se) e, como tal, tem sempre bastante gente. É conhecida pelas escolas de surf – as ondinhas são óptimas para se iniciar na prática –, mas tem um longo areal, sempre com estacionamento nas costas.

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É a segunda praia de quem entra na estrada junto ao mar que liga Sines a Porto Covo, mas esconde uma outra praia – ao bom estilo de sequela, chamemos-lhe Praia de Morgável 2. Do lado sul, se atravessar as dunas na maré cheia ou as rochas na maré baixa, tem um enorme areal, bem vazio e abrigado do vento por uma rocha de tons laranja, perfeita para improvisar uma produção fotográfica ao final de dia.

Fica em frente à Praia de Morgável e, claro, cumpre a regra de servir sardinhas de Sines e peixe fresco da costa. A esse leque juntam-se outros pratos mais aprimorados, como os camarões na telha, as lulinhas recheadas com pezinhos de coentrada ou a açorda de ovas com camarão. E por encomenda fazem também uma belíssima sopa de lebre. 

À esquerda da porta principal do restaurante está outra porta que dá acesso a uma sala onde os peixes do dia estão em mostruário. É só entrar, apreciar os olhos brilhantes e a guelra viva, sentar-se à mesa e escolher. Sejam os exemplares do dia, escalados e servidos com batata e legumes, sejam as massas e os arrozes. Antes de tudo, porém, peça o queijo fresco de entrada.

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É um caso sério de sucesso na Doca de Sines. Tão sério que chegar lá ao meio-dia para almoçar é coisa para um millennial dizer “Lol”. Aqui come-se o peixe fresquíssimo, acabado de chegar do mar, feito na grelha, mas antes alinhado na montra com uma enorme precisão, para nenhum robalo, besugo ou imperador ficar de fora. Tudo começou com um fogareiro para assar sardinhas, mas ainda bem que a grelha cresceu.  

Um antigo armazém da CP foi transformado num restaurante-marisqueira assim a puxar para o chique, mas onde a comida tem a qualidade suficiente para justificar os preços praticados. O arroz de lingueirão com choco frito é a estrela da companhia, mas há outros pratos a provar, como o arroz de sapateira ou os bifinhos com gambas. Também pode lá ir na versão mariscada, que sai bem servido. 

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A moda das panquecas, das taças de iogurte com granola e dos sumos naturais chegou a Sines. E fê-lo em grande, numa das praças mais centrais da cidade, com uma esplanada abrigada do vento (yes!), perfeita para passar a qualquer hora do dia. A equipa da cozinha trabalha sem pausas e tem, além das panquecas, tostas, saladas, quiches e outros pratos do dia. À frente está um casal novo, apostado em servir bem pessoas de todas as idades.

- Vamos para o franguinho?, pergunta Edite, a dona da Adega de Sines, de trás do balcão.

- O que é que tem mais?, responde a jornalista.

- É o que está a sair mais depressa.

- Pode ser.

- Pode, pode. É franguinho e pronto.

Não há espaço, nem tempo para mudar de ideias. A senhora Edite manda, o marido, Luís, grelha, os comensais comem e não se queixam. Antes pelo contrário. Um franguinho assado como deve ser, regado a manteiga, com batatas fritas caseiras, numa adega com 140 anos de vida, perfeita para um jantar rápido e barato. 

Há poucas maneiras melhores de sujar as mãos do que com uma mariscada. Descascar uma gamba, comer três amêijoas, pegar numa torrada de manteiga e barrá-la em casca de sapateira, pegar no copo gelado e beber um golo de imperial e no fim, só quando o prato é uma montanha de restos de marisco, pedir um toalhete. Faça o seu ritual n’O Beicinho e não se vai arrepender. 

A Praia da Vieirinha pode passar despercebida a um condutor mais acelera que faça a estrada da costa entre Sines e Porto Covo sem dar pela tabuleta que indica Pedra da Casca. Vale a pena virar, parar e conhecer o restaurante com esplanada de Carla, mulher de pescador, que tem aquele menu infalível para o fim de dia: amêijoas, salada de polvo e choco frito, entre outros. Há também cataplanas, arrozes, raia de alhada e moreia frita.

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Está na Praia da Vieirinha e é uma das novidades do Verão de Sines, nas mãos de uma equipa que tem dois bares em Londres. “As pessoas podem vir aqui relaxar, beber um copo, comer”, conta Miguel Gomes, que está a tomar conta do espaço. Têm cervejas, gin tónicos, cocktails, para acompanhar com camarões fritos, mexilhões, tostas, pregos, bifanas, é escolher. Para já há música ambiente, mas em breve terão também música ao vivo. É passar, sobretudo à hora em que o sol se põe.

Mais na Costa Alentejana

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Duas horas. Não demorará muito mais a chegar a Vila Nova de Milfontes e uma coisa conseguimos garantir: demorará menos ainda a esquecer-se que há vida em Lisboa. Praias, restaurantes, lojas. Não se fala do melhor da Costa Alentejana sem mencionar Vila Nova de Milfontes, seja pela praia ou pelo rio, como pela gastronomia – e que bem que se come aqui. A verdade é que não faltam coisas para fazer em Vila Nova de Milfontes, mesmo que o sol teime em não aparecer. 

  • Viagens

A zona mais a sul da Costa Alentejana foi abençoada por areais paradisíacos. Mas há muito mais do que praias de águas cristalinas, areias soltas e formações rochosas imponentes na Zambujeira do Mar: há restaurantes para petiscar ou para comer até fartar, com peixe fresco e marisco ou uma boa carne, há um festival que todos os anos atrai milhares de pessoas e há coisas para fazer entre mergulhos e garfadas.

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  • Hotéis

Da Comporta à Zambujeira do Mar o que não faltam são motivos para ir e ficar, nem que seja só por uns dias. Turismos rurais, hotéis de charme e até um glamping no meio do nada mas perto de tudo. Sozinho ou acompanhado, com miúdos ou sem miúdos. Não foi tarefa fácil chegar a estas propostas do litoral alentejano, de tanto que merece ser descoberto e aproveitado. Daqui vai a certeza de que em qualquer um destes espaços o tempo corre devagar, independentemente da altura do ano.

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