Construído no século XIX como Real Observatório Astronómico da Ajuda, foi financiado pelo rei D. Pedro V, que quis replicar em Portugal o progresso material e cultural que tinha visto noutros países. A geografia privilegiada da capital para certas observações astronómicas foi, contudo, fundamental para o avanço da obra. Hoje, o Observatório promove a investigação científica e é a casa de um vasto acervo documental, bem como de património histórico da astronomia portuguesa. É possível marcar, com antecedência, sessões de observação astronómica nocturna para grupos com um mínimo de 15 pessoas. Às quartas, há visitas orientadas gratuitas ao espaço (não é necessário inscrição). Se a luz urbana atenua o brilho das estrelas? Sim, mas com a ajuda de telescópios é possível apreciar a beleza natural dos astros.
A olho nu, com uma câmara fotográfica ou através de um telescópio. A beleza celestial está disponível o ano inteiro, dando-nos a ver estrelas, planetas, galáxias e cometas. Apesar de discretos, os astroturistas estão a multiplicar-se em Portugal, sobretudo na região do Alqueva, que é certificada pela Fundação Starlight, responsável pela qualidade de observação do céu. Ainda assim, não é preciso marcar férias para poder ver a Via Láctea. Em Lisboa ou muito perto, é possível ver com um pouco mais de clareza o que a poluição, atmosférica ou luminosa, nos esconde. Basta encontrar o lugar e o instrumento certo.
A Atalaia, no Montijo, o Santuário da Peninha, em Sintra, ou – um pouco mais longe – o Cabo Espichel, são três das muitas sugestões dadas por quem conhece e anda há anos a tentar capturar o melhor das estrelas em diferentes épocas do ano. E ainda pode aproveitar para contar histórias à volta da fogueira. Eis os melhores sítios para ver as estrelas em Lisboa e arredores.
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