silêncio
Fotografia: Ross Sneddon/ Unsplash
Fotografia: Ross Sneddon/ Unsplash

Silêncio: o nível 3 é só para jogadores avançados

O intuito do silêncio não é desligar o cérebro. Pelo contrário: é um estímulo.

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Neste nível, propomos actividades que exigem concentração, dedicação, capacidade de observação – e tempo. Há quanto tempo não escuta o tranquilizante som do despejar de milhares de peças de um puzzle em cima da mesa? E o prazer que é dizer (neste caso baixinho) xeque-mate ao parceiro de xadrez? Para isso vai ter de puxar pelas células cinzentas e o mesmo se aplica quando o assunto é criar uma horta em casa ou mesmo aprender a tirar fotografias sem pegar no telemóvel. Explicamos como tirar o melhor partido de cada um destes temas, para executar com calma. Pendure as pressas junto do ruído, a secar, e venha daí.

Recomendado: Entrevista a Tiago Sousa: “O silêncio é de onde emana tudo”

Silêncio: o nível 3 é só para jogadores avançados

  • Coisas para fazer
  • Jogos e passatempos

Não vá já buscar o tablet para fazer um puzzle digital. Calma. Sabemos que é mais prático, ambientalmente responsável e não cria problemas de arrumação. Mas agora é tempo de descansar os olhos. Vá buscar aquele puzzle de 1000 peças com O Grito, de Munch (não tem nenhum? A Clementoni, a Puzzles.pt ou a Centroxogo estão cá para si). O único barulho que vai ouvir é o de despejar as peças em cima da mesa. Tudo o resto é um exercício de concentração e paciência. Assim que terminar, pode ir subindo de nível e, quem sabe, meditar sobre um puzzle com mais de 40 mil peças até ao final do ano.

2. Limpe o pó ao tabuleiro de xadrez

O sucesso de Gambito de Dama fez disparar as vendas de tabuleiros de xadrez, um jogo de um tempo menos acelerado (ah, o século VI, saudades!). São fáceis de encontrar, alguns até de transportar, e há peças para todos os bolsos. Se viu a série da Netflix, sabe que tem de fazer uso da sua melhor lógica, e delinear bem a estratégia, até chegar à satisfação que é dizer xeque-mate. Precisa de um parceiro, mas o silêncio não fica comprometido. Se preferir algo para concluir a solo, dedique-se ao sudoku ou às palavras cruzadas. Dica: aproveite para apoiar a imprensa nacional e compre um jornal, a maioria inclui estes passatempos e ainda fica a par da actualidade – é verdade, fora da internet. É incrível.

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  • Coisas para fazer

Na verdade, tratar de plantas não é tarefa que se faça só de joelhos. Mas assim sempre parece que nos estamos a dedicar com mais amor e carinho à arte da sementeira e da poda. Adiante. O que importa é que, com um pouco de imaginação e bricolage, é fácil cultivar e cuidar de plantas em casa. E o melhor é que é terapêutico. Não só enche de cor as divisões domésticas como traz para dentro de portas um pouco da natureza que há lá fora. O nosso guia tem tudo o que precisa de saber sobre agricultura urbana. Se quiser a versão resumida, deixamos aqui o essencial:

Escolher o espaço: em jardins, terraços, varandas ou mesmo na cozinha de casa, de preferência através de soluções verticais – se o espaço for pouco, esta é a melhor opção. 

Escolher as sementes: o principal critério a ter em conta é o tamanho da raiz. Para simplificar, opte por ervas aromáticas, como orégãos, hortelã e salsa. Mas malaguetas e morangos também são perfeitas para cultivar numa horta vertical.

Reunir os materiais necessários: suporte (vasos, chávenas velhas ou floreiras verticais) e utensílios de jardinagem (tesoura e canivete de podar, luvas, regador, borrifador e restantes básicos que o senhor da loja recomendar).

Plantar e cuidar: há maneiras e maneiras de plantar. O melhor é não se pôr a inventar e perguntar a quem sabe: experimente o grupo de Facebook Horta Biológica em Casa.

4. Poder ao obturador

Poder ao obturador

Com a casa mais colorida, mais bonita, mais fotogénica, não é de admirar que dê por si a fotografar o resultado. Mas talvez esteja na hora de largar o telemóvel. Tem luz natural? Tem. Tem tempo de sobra? Tem. Então, passemos ao nível seguinte. A editora de fotografia da Time Out, Mariana Valle Lima, dá-lhe dicas essenciais para escolher uma câmara fotográfica de acordo com os seus objectivos, juntando duas palavrinhas mágicas: bom e barato.

Rápido, eficaz

Se as especificações técnicas complicam a escolha, simplifique. Só precisa de controlar três funções numa câmara: a abertura, a velocidade e a sensibilidade à luz (ISO). Se se interessa por fotografia, opte por uma câmara DSLR ou mirrorless, que lhe dá a possibilidade de evoluir à medida que fotografa. Se prefere uma coisa simples, a resposta é uma câmara compacta: uma point and shoot, pronta a disparar, leve e prática. Lembre-se: a câmara ideal não precisa de lhe custar o salário de dois meses. Há boas câmaras compactas da gama Sony Cyber-Shot ou Canon Powershot abaixo dos 500€. A Fujifilm FinePix XP140 é uma boa solução a bater nos 200€ (e à prova de água!). Se preferir uma mirrorless – que é mais leve do que uma Reflex e igualmente competente – encontra bons equipamentos abaixo dos 600€ de marcas como a Fujifilm, a Sony, a Panasonic, a Canon e a Olympus. Comparar câmaras também o ajudará a decidir – faça-o aqui.

Pronta a pendurar
A fotografia instantânea analógica tem outro encanto – as fotografias polaroid penduradas nos frigoríficos que o digam. Se gosta de resultados imediatos mas palpáveis, opte pela OneStep+, uma homenagem ao modelo clássico que a Polaroid lançou em 2018 com um toque moderno (até pode fazer uma dupla exposição através da app). A câmara fica abaixo dos 200€ e as cargas de filme rondam os 30€ (por 16 folhas). Mais barata e mais pequena é a Instax Mini.

A beleza também está na espera
Se gosta da ideia de ficar na expectativa pelo resultado da fotografia mas não herdou nenhuma câmara analógica, uma câmara reflex de lente fixa de 35 mm é o ideal para começar. Está bem entregue a qualquer modelo de uma das grandes marcas dos anos 70: Pentax, Canon, Olympus, Nikon ou Minolta. São câmaras robustas, não muito caras (os preços começam nos 100€) e fáceis de trabalhar. O filme 35 mm, encontra-o em qualquer loja que venda produtos fotográficos e as câmaras em segunda mão são fáceis de arranjar. Acredite: até a fruta madura lá de casa fica bem retratada. A Cano Amarelo, a Máquinas de Outros Tempos e a Vintage Dream Cameras são as lojas a visitar. 

Coisas para fazer em silêncio

  • Atracções
  • Parques e jardins

Sempre que tiver tempo para arejar as ideias, opte pelo ar puro e pelos espaços que pintam a cidade de verde. Com todos os cuidados que deve ter e mantendo a distância social recomendada pelas autoridades de saúde, faça o favor de apanhar um arzinho por aqui. Do jardim da Estrela ao pulmão verde de Lisboa – falamos do Monsanto, pois claro –, espaços verdes não faltam na cidade e mais além.

  • Compras
  • Livrarias

Das primeiras mulheres repórteres à pessoa mais jovem de sempre a receber o Nobel da Paz, são várias – e manifestamente diferentes – as mulheres reais que lutaram e lutam contra a opressão, o patriarcado e muitas outras problemáticas relacionadas com ser mulher e ser humano. Entre biografias, ensaios e banda desenhada, reunimos 15 livros com histórias que merecem ser lidas e nos mostram por que é que todos devemos ser feministas.

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  • Coisas para fazer

Todos temos aquelas listas infinitas de coisas que queremos fazer e que deixamos sempre para depois. Se é o seu caso, aproveite estes tempos em que temos de passar mais tempo em casa. Por exemplo, é uma boa altura para ouvir um destes 15 podcasts portugueses. Vai encontrar nesta lista um pouco de tudo, desde podcasts dedicados a política e história a outros de comediantes bem conhecidos.

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