Num país com uma extensão de costa destas e uma tradição marítima que se perde nos tempos, era praticamente criminoso imaginar que o peixe só tem lugar no prato. O mesmo se aplica à canção nacional, perfeitamente compatível com espaços tão inusitados como este grande aquário no Parque das Nações. No Oceanário de Lisboa, Rosa Fadista adere aos acordes de guitarra e às sardinhas aos molhos e canta para os miúdos até aos quatro anos. Como se o fado não fosse mágico o suficiente, como se o Oceanário precisasse de mais magia, juntam-se os dois numa explosão de sentidos que estimula a criatividade de todos.
Primeiro e terceiro domingos do mês, às 09.00. Preço: 35€/bebé e dois adultos (inclui visita livre à exposição permanente do Oceanário, após o concerto). Requer reserva prévia.
Na sua essência, o fado – símbolo identitário da cidade de Lisboa e do país – canta os encontros e desencontros da vida, tendo sido já considerado pela UNESCO, em 2011, como Património da Humanidade. A reaparecer, cada vez mais, nos bairros populares lisboetas, o fadista convida-se a si próprio, sem repertório estabelecido. Neste roteiro, reunimos finalmente paragens obrigatórias, como o Museu do Fado ou a casa em que Amália viveu, agora transformada em museu; mas também moradas menos conhecidas onde é possível conhecer a canção que é tão nossa. Ora leia em modo de silêncio.
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