Tous – Ourivesaria Aliança
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Deixe-se encantar pelas lojas mais bonitas de Lisboa

Ir às compras é melhor quando o espaço nos deixa de queixo caído. E o Instagram agradece.

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"Lisboa é linda" é pregão em muitas bocas, mas afinal o que é que contribui para tanta beleza? Temos vistas incríveis de miradouros, fachadas de azulejos de fazer inveja, a calçada portuguesa, restaurantes de cá e do mundo – um pacote completo, embrulhado pela luz do sol, constante ao longo de quase todo o ano. Mas as lojas também entram na equação. Algumas parecem autênticos museus, com talhas douradas e tectos trabalhados, outras são mais modernas e com ar minimalista, mas todas valem a visita. Há muito por onde escolher. Lisboa é linda e estas lojas também.

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As lojas mais bonitas de Lisboa

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  • Decoração
  • Intendente
  • preço 2 de 4

Já toda a gente sabe desta história: Catarina Portas fez o milagre de ressuscitar marcas nacionais mortas há uma data de tempo. As lojas são o sonho de qualquer turista que não se contenta com um íman de frigorífico como recordação, mas também um lugar obrigatório para alfacinhas com saudades dos sabonetes Confiança e das conservas Minerva. No Intendente, a variedade é mais do que muita e vai dos brinquedos da era pré-electrónica aos estacionário que parou no tempo. Pelo caminho, há faianças, mantas, moda e iguarias diversas, tudo 100% português e com ares de outras épocas.

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  • Chiado

A semente original foi em Oeiras, em 1981, e mais de três décadas passadas a André Ópticas abriu a sua sétima loja, onde a prata da casa é o ateliê no subsolo onde agora a marca fabrica os próprios modelos. É aqui que a magia acontece e que de uma placa de acetato nascem uns óculos. Uma longa bancada ocupa metade da sala onde estão dispostas todas as ferramentas, apetrechos e maquinaria pesada necessária ao ofício. O resultado final é, no fundo, o cliente sentir-se individual. No piso térreo a sensação é a de que está num autêntico gabinete de curiosidades, com esqueletos, animais e lupas nas prateleiras a par dos óculos das marcas conhecidas que a André Ópticas se preza em vender. 

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  • Campo de Ourique

A arte, a arquitectura e o design entram num bar... perdão, numa loja. É a Banema. Se dantes só tinha coordenadas a norte do país, passa a tê-las agora também directamente de Campo de Ourique, onde abriu a sua mais recente concept store que quer ser um ponto de encontro entre o cliente e os artistas e artesãos. O espaço tem uma clara (e, ainda assim, harmoniosa) divisão entre a Banema Lab, que é uma autêntica biblioteca de materiais onde madeiras são expostas como obras de arte, e a Banema Studio, que se encarrega de formar família com marcas e artistas peculiares, capazes de produzir peças que transformam qualquer espaço onde vão parar. A Alguidar Knit, Apotheke Fragrance, Barbudo Aborrecido, Christian Haas, Davide Groppi, Design House Stockholm, Earl of East London, FG Edition, Fetch & Follow, Ferm Living, Gestalten, Haeckels, Hay, La Bruket, Papelote, Rival, The School of Life, Util, Vicara, Yuyu, Onno ou Kreafunk são alguns exemplos de marcas que pode encontrar na vasta amplitude desta loja. 

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  • Princípe Real

Depois da Rua dos Bacalhoeiros, a Benamôr sobe umas colinas para abrir portas no Príncipe Real. A segunda casa veste-se de rosa millennial, que nem casa de bonecas, e tem uma montra catita sempre com as novidades da marca. Na Benamôr segue-se à risca a tradição quase centenária naquilo a que gostam de chamar de “cozinha  de beleza”. O novo espaço serve uma homenagem ao produto mais vendido, aquele que alavancou a marca desde o início: o famoso creme de rosto, cuja fórmula se mantém desde 1925, agora sem parabenos. Em cima dos armários há posters emoldurados com anúncios do antigamente e, sem surpresa, o charme da art déco continua a ser um dos pilares da marca e da decoração das suas lojas, ambas com os mosaicos de chão inspirados no friso das bisnagas. No espaço do Príncipe Real o elemento especial é outro: em breve os clientes vão poder receber massagens faciais e de mãos. As referências douram as prateleiras, impecavelmente arrumadas, organizadas por gamas, da Alantoíne à Jacarandá, do Gordíssimo à Rose Amélie, estendendo os produtos ao gel de banho, óleos, bálsamos, manteigas de corpo ou até a mais recente água micelar. 

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  • Decoração
  • Cascais
  • preço 3 de 4

Um paraíso com curadoria de Gracinha Viterbo. Parte do encanto do espaço está na quantidade de pequenas salas. Ao percorrê-las, percebemos que formam uma espécie de país das maravilhas, onde podemos encontrar tudo e mais alguma coisa, mas sempre peças que não se encontram ao virar da esquina. Móveis, almofadas, candeeiros, quadros, tapetes, tudo muito em bom. Pelo meio deste Cabinet of Curiosities, há também moda e flores, sempre tudo pensado como um puzzle que encaixa na perfeição, peça a peça. 

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  • Moda
  • Avenida da Liberdade
  • preço 3 de 4

Lembra-se da antiga loja da Loewe no edifício do hotel Tivoli? Nada a ver. A marca espanhola reforçou a presença em Lisboa com a abertura de um novo espaço, muito maior e luminoso, e no qual apresenta uma atmosfera bem mais rica e diversa do que uma mera loja de roupa. Os interesses do director criativo, Jonathan Anderson, nos mundos das artes e do artesanato ditaram a escolha de obras assinadas por artistas de várias nacionalidades, de elementos das artes decorativos e de peças de design contemporâneo. Nos expositores, encontram-se as diferentes linhas da marca, incluindo marroquinaria, joalharia e fragrâncias para a casa. Tudo isto na Casa Loewe, um espaço onde arte e moda se fundem. 

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  • Decoração
  • Chiado

Esta oficina é tão velhinha, tão velhinha, que o nome sobreviveu a quase todos os acordos ortográficos. Anterior à chegada da electricidade a Lisboa, a loja vai na sexta geração de família Sá Pereira. De França, o fundador Domingos Sá Pereira trouxe a técnica de fabricar velas com cera de abelha, ainda hoje o ex-líbris da casa, perdão, caza. Para comprar, há velas para todos os gostos e orçamentos, mas nem só de cera vive o negócio. Aqui ainda se fazem pavios para lamparinas de azeite.

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  • Perfumarias
  • Chiado

Além dos sabonetes, esta marca portuguesa centenária especializou-se numa outra coisa: lojas encantadoras. A mais recente abriu em pleno Chiado (não muito longe da primeira, na Rua da Misericórdia) e ocupa um espaço já por si emblemático da cidade, a antiga Livraria Aillaud & Lellos. Por trás da fachada original, a Claus Porto criou um universo perfumado, onde os elementos de art déco e um imponente lavatório em mármore de Estremoz são os grandes protagonistas. Além, é claro, das fragrâncias da casa.

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  • Mercearias finas
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 2 de 4

Não estranhe se a Rua do Poço dos Negros for ficando cada vez mais aromatizada, à medida que se aproxima de São Bento. É tudo por causa da quantidade de potes de chá que esta casa tem lá dentro e das vezes que os abre para os clientes cheirarem. Atrás do balcão está Sebastián Filgueiras, um argentino que percebe da matéria e que achou que Lisboa estava com falta de chá.

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  • Santa Maria Maior

Atire-se à variedade conserveira desta loja que vive na Rua dos Bacalhoeiros há anos e está, ela própria, muito bem conservada (a piada impunha-se). As prateleiras de madeira forradas a coloridas latas de conservas convidam à compra das marcas exclusivas da casa, a Tricana, a Prata do Mar e a Minor, e há um banco de madeira que promove o convívio entre clientes e moradores. Na Conserveira de Lisboa vendem-se as latas a clientes, a grossistas escolhidos a dedo e a negócios mais pequenos, como mercearias e outras lojas, que permitem manter a qualidade dos produtos.

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  • Princípe Real

Uma concept store, ou galeria comercial, instalada no Palacete Ribeiro da Cunha, construção neo-árabe do século XIX. Em pleno Príncipe Real, salas e mais salas albergam design, moda, e exposições temporárias. Não é uma só loja, nem duas, nem três – são muitas as lojas obrigatórias dentro desta grande galeria. Muitos entram para comprar, outros entram só para ver as paredes pintadas com frescos e os tectos trabalhados. Por lá encontra lojas como a FV Concept, Isto, Latitid, Benedita Formosinho, HLC ou Organii.

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  • Acessórios
  • Chiado

Sempre foi e continua a ser a única loja em Lisboa especializada em luvas de pele. E não convém julgá-la pelo tamanho. Apesar de não caberem mais de três pessoas do lado de cá do balcão, é paragem obrigatória para quem procura um par de luvas com a qualidade de antigamente, para não falar nas mordomias do atendimento. Quem experimenta luvas, tem direito a uma almofadinha para apoiar o pulso. A casa abriu em 1925 e desde essa altura que mantém a produção própria. Aqui, cor não é problema: cor-de-laranja, amarelas, turquesa ou cor-de-rosa, há mesmo luvas de todas as cores.

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  • Moda
  • Avenida da Liberdade

Esta é uma loja única no mundo da marca do grupo Inditex, e não é por ter um atendimento personalizado com provadores inteligentes ou até um corner da editora alemã Taschen. É única porque o espaço é que ditou o que seria esta Massimo Dutti. O edifício, classificado como Monumento de Interesse Público desde 2012, foi recuperado com um projecto do arquitecto André Caiado (Contacto Atlântico). Já a decoração interior ficou a cargo do estúdio de Lázaro Rosa-Violán.  Aqui não há nada que destoe, cada peça, cada cor combina com a sala onde está. Dois exemplos: na Sala Flores, piso 0, talvez a mais pitoresca, estão as cores mais vivas, enquanto na Sala Noite, no piso 1, reinam os tons mais escuros. E há ainda um pequeno jardim nas traseiras do palacete, que por agora ficará fechado, mas a ideia é que seja aberto aos clientes. Percebeu agora porque precisa de tempo para vir a esta loja?

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  • Avenida da Liberdade
  • preço 3 de 4

A filha mais nova da Prada abriu portas depois da mãe e é menos elegante e clássica e mais espalhafatosa e colorida. Aqui brinca-se com padrões sem olhar a preços, rebola-se nos veludos do chão ao tecto e perde-se a cabeça logo à entrada, onde estão expostos os óculos de sol.

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  • Chiado

Podemos dizer que esta loja está para o Chiado como as pirâmides estão para o Egipto. A Paris em Lisboa é o reduto de um Chiado que já não existe, viveu ainda na era de sua majestade, assistiu às duas grandes guerras e à revolução, viu o fogo ao fundo da rua e foi-se moldando à passagem do tempo. No início, era loja e confecção, recheada das mais luxuosas importações parisienses, tinha 60 costureiras, uma modista francesa e uma freguesia que abarcava toda a nobreza da época, incluindo a própria rainha D. Amélia. A cidade e o país levaram uma reviravolta e a Paris em Lisboa especializou-se no tecido a metro até ao final dos anos 70, altura em que a chamada secção dos brancos passou para a linha da frente. Os lençóis e as toalhas mantêm-se até hoje. Os turistas são quem mais vibra da porta para dentro (afinal, todo o mobiliário da loja continua a ser o original), se bem que os lisboetas fiéis à casa continuam a aparecer.

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  • Alcântara

A loja histórica da Rua Garrett, por ali desde 1922, fez-se à estrada até Alcântara, levando o seu pequeno jardim até ao Lx Factory. Já há muito tempo que o Pequeno Jardim queria expandir as suas raízes para outra morada, e porque não uma morada com rodas? A Citroën vintage está estacionada junto à entrada principal, todos os dias da semana com rosas de todas as cores e feitios, alfazemas, azáleas, orquídeas, cravos e girassóis. Apenas alguns exemplos da flora que vai poder encontrar por lá.

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  • Joalharia
  • Chiado

A surpresa foi grande quando em finais de 2012 demos pela reabilitação feita pela espanhola Tous na antiga loja da Ourivesaria Aliança. As compras até sabem melhor quando olhamos para cada pormenor que foi preservado, desde a fachada, datada de 1914, aos frescos, passando pelas molduras e os móveis restaurados, o que faz com que entrar no número 50 da Rua Garrett seja um conto de fadas ainda mais perfeito. Além da beleza, a loja apresenta também um património histórico, com obras do pintor Artur Alves Cardoso (também autor das pinturas da sala de sessões da Assembleia da República). Por todo o espaço há vitrines com jóias e, na segunda sala, expositores com malas e carteiras que sobem até à galeria – uma visão a cor-de-rosa e dourado, com muitos ursinhos à mistura.

Lisboa é linda

  • Coisas para fazer

Eu instagramo, tu instagramas, nós instagramamos. A conjugação pode travar um pouco a língua mas não há mesmo volta a dar: o verbo instagramar entrou no léxico urbano e não é certo que o abandone em breve. 

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