Os mais recentes livros escritos por mulheres a não perder
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Ler no feminino: sete livros escritos por mulheres a não perder

De autoras consagradas a contemporâneas, estes são os novos lançamentos a ter debaixo de olho. Uma bela forma de celebrar o Dia da Mulher.

Beatriz Magalhães
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Celebramos sempre as mulheres, mas em Março há que celebrá-las ainda mais. Por isso, fomos à caça dos novos lançamentos de livros, escritos exclusivamente por mulheres, que não deve passar ao lado. Tanto de autoras consagradas, vencedoras de prémios internacionais e aclamadas pela crítica, como de autoras que estão agora a dar os primeiros passos na ficção. Nesta lista com os mais recentes livros a não perder, encontra um pouco de tudo: histórias distópicas ou que se passam fora deste mundo, histórias sobre o que é crescer ou sobre o amor e as relações que cultivamos. Boas leituras.

Recomendado: Livros com histórias de mulheres reais que tem de ler
 

Novos livros escritos por mulheres

Inventário de Sonhos

Chimamanda Ngozi Adichie é um dos nomes mais relevantes da literatura mundial contemporânea e este é talvez um dos lançamentos mais aguardados de 2025. O novo romance da autora de Americanah e Meio Sol Amarelo segue a vida de quatro mulheres – Chiamaka, Zikora, Omelogor e Kadiatou – que vivem nos EUA, enquanto se debatem com escolhas, questões e arrependimentos que parecem estar a ditar a sua vida. É, no fundo, uma história sobre amor e sobre a forma como cultivamos as relações uns com os outros. 

De Chimamanda Ngozi Adichie. Dom Quixote. 592 pp. 24,90€

Orbital

Em 2024, foi vencedor do InWords Literary Award, do Hawthornden Prize for Literature e do Booker Prize e é o primeiro livro de Samantha Harvey a ser traduzido para português. A autora inglesa fala-nos de seis astronautas que estão a bordo de uma nave espacial, a orbitar a Terra, para fins científicos. Contudo, ainda que estejam a muitos quilómetros do seu planeta, vão recebendo notícias sobre a família, o que os vai deixando com saudades de casa e a pensar no que seria a sua vida sem a Terra. 

De Samantha Harvey. Infinito Particular. 160 pp. 17,50€

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Eu Que não Conheci os Homens

Num universo distópico, as mulheres são aprisionadas numa cave, restando-lhes apenas alguns vestígios daquilo que viveram antes de chegarem aqui, bem como poucas memórias dos seus maridos ou filhos. Um dia, quando uma sirene toca, as celas são abertas e as mulheres saem ao mundo exterior, onde terão de reaprender a viver, já que este não é o mesmo mundo que elas deixaram antes de serem presas. Publicada em 1995, esta obra de Jacqueline Harpman é editada, pela primeira vez, em Portugal, na tradução de Maria de Fátima Carmo. 

De Jacqueline Harpman. Livros do Brasil. 208 pp. 17,75€

Humanos exemplares

Neste livro da escritora brasileira Juliana Leite, ficamos a conhecer Natalia, mulher de idade avançada, que não tem mais por que ansiar senão os telefonemas da filha, que vive fora do país. É através de Natalia que ficamos a conhecer pessoas que fizeram parte da sua vida, como o companheiro, a melhor amiga e um homem que ela conhecia e que vivia na sua rua. No silêncio e solidão que atravessam os dias desta mulher, as memórias e o amor trazem à tona pedaços destes familiares e amigos que já partiram, mas que continuam a fazer-se ouvir.

De Juliana Leite. Companhia das Letras. 272 pp. 16,45€

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A Convidada

Da mesma autora de As Raparigas, chega-nos A Convidada, descrito como “sedutor e envolvente” e de “uma originalidade captivante” pelo The Guardian. Emma Cline conta-nos um pouco da história de Alex que, sem dinheiro para pagar a renda, aceita passar o mês de Agosto em casa de Simon, homem mais velho com quem tem uma relação. Mas, depois de cometer um erro numa festa, Simon expulsa-a com um bilhete de comboio de volta a casa. Desesperada, Alex decide ficar durante mais uma semana e parece que uma onda de destruição a seguirá. O livro é traduzido por Alberto Gomes.

De Emma Cline. Porto Editora. 264 pp. 18,85€

Crescer à Sombra

Neste primeiro romance de Rita Redshoes, a cantautora vai buscar inspiração à sua infância para escrever sobre Marta, uma menina de 9 anos, que detesta a escola e que se sente feliz no campo. Nos seus sonhos e pensamentos, habitam personagens reais, na forma de adultos, e personagens criadas pela sua imaginação. É um livro que aborda as “dores de crescimento” e a jornada de Marta enquanto ela se vai descobrindo a si mesma. 

De Rita Redshoes. Suma de Letras. 152 pp. 15,95€

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Nem Todas as Árvores Morrem de Pé

E ainda no campeonato da música – na sua estreia no campo da ficção, Luísa Sobral decide contar-nos a história de duas mulheres que vivem na Alemanha. Uma delas, Emmi, nasce antes da ascensão de Hitler, a outra, M., nasce aquando a divisão do país. Depois de se erguer o Muro de Berlim, Emmi vê a sua família separada, na mesma altura em que entra numa depressão, e M., que cresce sem conhecer a Alemanha ocidental, ouve o testemunho de uma rapariga e apercebe-se que há mais sobre a sua vida para descobrir do que aquilo que ela sabe.

De Luísa Sobral. Dom Quixote. 224 pp. 17,70€

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