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Novidades literárias. Sete livros para levar para a praia este Verão

Ponha-se à sombra e aproveite para pôr a leitura em dia. Sugerimos sete novidades literárias para este Verão.

Raquel Dias da Silva
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Está na hora de pôr as leituras em dia ou aumentar o monte que se está a acumular algures entre a sala de estar e o quarto. Não, não vale a pena sentir-se mal: livros nunca são demais. E – com ou sem ilustrações, em prosa ou em verso – são várias as novidades literárias para este Verão. Basta pensar no que precisa que lhe receitem. Uma boa dose de romance, de suspense ou de vida real? Há, mas não só. Entre um livro de viagens, romances vários e uma colectânea de contos, a maior parte destes sete livros – perfeitos para ler enquanto se banha de sol – são de autores portugueses e escolher não será tarefa fácil. Espreite e comece a preparar a lista de compras.

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Livros para este Verão

À Descoberta das Ilhas Selvagens

Do mesmo escriba e com a mesma tripulação de Volta aos Açores em Quinze Dias, vencedor em 2023 do Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, À Descoberta das Ilhas Selvagens convida-nos a alcançar uma reserva natural que se situa muito mais próxima das Canárias do que da Madeira e que suscitou uma histórica disputa entre Portugal e Espanha.

À Descoberta das Ilhas Selvagens. Diário de bordo de uma viagem à Madeira a fugir das tempestades e das orcas, de José Pedro Castanheira (Tinta-da-Chinha. 168 pp. 14,90€)

As Melhoras da Morte

Dez anos depois, Rui Cardoso Martins regressa ao romance com As Melhores da Morte. O protagonista é Cruzeta, que nos leva até ao Alentejo a propósito da morte apoteótica de um amigo. Nessa terra, onde nos podemos matar, mas não de aborrecimento, e as pessoas são capazes dos mais fantásticos tipos de grandeza, somos confrontados com uma grande aventura interior, repleta de dor e alegrias, fantasmas e afectos.

As Melhoras da Morte, de Rui Cardoso Martins (Tinta-da-China. 256 pp. 18,90€)

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Notas de um filho da terra

Escrita nos anos de 1940 e 1950, a matéria-prima desta colecção de ensaios é a própria vida e um momento-chave da formação do escritor: o reconhecimento de que as suas raízes estavam em África e que nenhuma das referências culturais que o rodeavam – Shakespeare, Bach ou Rembrandt – podia oferecer-lhe um espelho onde observar e pensar a sua herança. Em Notas de um filho da terra, James Baldwin investiga as complexas circunstâncias de se ser homem negro, activista e homossexual.

Notas de um filho da terra, de James Baldwin (Alfaguara. 208 pp. 18,45€)

A Irmandade Invisível

O novo livro de Joana Barros de Leitão faz-nos recuar à euforia de um país saído da ditadura. Em A Irmandade Invisível, quem nos guia é Vera, uma fotógrafa que se move no mundo da comunicação e do marketing político, ao mesmo tempo que não pára de procurar a amiga Belém, que desapareceu numa noite de Verão, em Santiago do Cacém, no final da década de 90. Restam-lhe apenas as memórias e os laços com outras mulheres, que, tal como elas, frequentavam o Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa, nos tempos agitados do 25 de Abril e do PREC.

A Irmandade Invisível, de Joana Leitão de Barros (Oficina do Livro. 184 pp. 16,90€)

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Cenas Portuguesas

Como o título sugere, Cenas Portuguesas reúne um conjunto de cenas – são dez ao todo, numa prosa fluída e viva, ora sarcástica, ora nostálgica –, sobre uma certa forma de ser português. Entre os protagonistas, temos desde um tal Sr. Rato, ex-agente da PIDE e taxista nos anos 80 até uma Linda de Guadalupe, moça que nos anos 60 veio cantar para Lisboa e aí se perdeu.

Cenas Portuguesas, de António Carlos Cortez (Caminho. 272 pp. 17,90€)

Maravíkia

O primeiro lançamento do novo projecto editorial À/Parte, que quer prolongar o tempo de vida dos livros para lá da experiência de leitura, também marca o regresso de Carlos Canto Moniz à vida literária depois de Azul, em 2003, e Mil, em 2007. Com o amor, a liberdade e a morte a guiar a narrativa, a história de Maravíkia é a de um homem com pouco mais de 30 anos, que perde o pai na mesma altura em que está para casar com a mulher ideal. Em luto, começa a questionar o caminho que escolheu, e a pensar naquele que ainda está por escolher.

Maravíkia, de Carlos Canto Moniz (À/Parte. 432 pp. 16,90€)

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Niels Lyhne

Da infância bucólica e dos primeiros alvores da juventude na Dinamarca rural até à desolação existencial da maturidade em Copenhaga, o clássico Niels Lyhne (1880) é a história de um ateu e poeta desiludido com crenças e falsos consolos. Diz-se que ler sobre esta vida ficcional, na sua relação com as mulheres, as perdas trágicas e a angústia própria de um inconformista, foi capaz de marcar grandes nomes como Franz Kafka, James Joyce e Thomas Mann. 

Niesl Lyhne, de Jens Peter Jacobsen (Antígona. 280 pp. 17€)

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