Os melhores sítios para comprar óculos em Lisboa

A semente original foi em Oeiras, em 1981, e mais de três décadas passadas a André Ópticas abre a sua sétima loja. A prata da casa é o ateliê no subsolo onde agora a marca fabrica os próprios modelos de óculos. É aqui que a magia acontece e que de uma placa de acetato nascem uns óculos. Uma longa bancada ocupa metade da sala onde estão dispostas todas as ferramentas, apetrechos e maquinaria pesada necessária ao ofício. O resultado final é, no fundo, o cliente sentir-se individual. Neste ateliê fazem-lhe a papinha toda – desde a leitura anatómica até à escolha da cor da armação. As possibilidades são infinitas e cada par é único. E se antes passaram mais de três décadas apenas a vender óculos, este é o momento da diferenciação, o momento em que começam a fabricá-los, sob a insígnia Family Affair – a marca criada e que imprime a nova aposta da André Ópticas nestes novos óculos que vão saindo do forno do número 12 da Rua Serpa Pinto. Sempre tudo em família.

A Vagabunds & Co. destaca-se na paisagem. Apesar dos toldos e da placa em ferro meio enferrujado, dá para perceber que é novinha em folha. Lá dentro, cheira a madeira, resultado das inspirações nórdico-urbano-minimais. Mas atenção: esta loja está bem guarnecida, junta bicicletas, óculos, roupa e relógios, tudo debaixo do mesmo tecto. E logo a seguir às bicicletas, os óculos de sol são a segunda especialidade da casa. É aqui que a Vagabunds se estreia como marca própria, e com 30€ já leva um par bem jeitoso. Os topos de gama da RetroSuperFuture estão logo ao lado.

A loja mantém a porta aberta na Lx Factory, mas em 2017 trocou os corredores das Amoreiras pelo passeio soalheiro do Príncipe Real. O entra e sai é constante e, neste caso, o melhor chamariz é o próprio produto. Há que reconhecer que os óculos e relógios feitos em madeira dão nas vistas. As peças vêm dos quatro cantos do mundo e as marcas também vão ficando mais moderninhas. Os relógios (em madeira) já se ligam com palmas, as carteiras da holandesa Secrid (em pele reciclada) praticamente deitam os cartões cá para fora, as colunas funcionam com o simples contacto com o telemóvel e há óculos com armações em acetato vegetal, feito a partir de fibras de algodão.

A luz de Lisboa é única. Mas pede sempre um belo par de óculos escuros. No Verão é vê-la reflectida na calçada e nas claras fachadas, fazendo ricochete em direcção às retinas de quem passa. E, já que os óculos são como os sapatos, é difícil de definir o limite aceitável da colecção. Os da Maria Mangerica não só funcionam como escudo protector, como protegem os olhos e são o principal motivo de romaria às lojas da marca (onde também encontra roupa, relógios, malas, sapatos ou bijuteria) de tão lindos que são. Os preços são apetecíveis e os modelos muito variados. Além da loja do Chiado, a Maria Mangerica também tem porta aberta no Centro Comercial Roma.

A Fora é portuguesa tem uma loja pleno Chiado, onde expõe todas as edições limitadas, dos acetatos raros às lentes planas. Tem paredes brancas, estantes em madeira desenhadas com uma esquadria perfeita, um pé direito que mete respeito e até um jardim vertical no saguão. A oficina própria: lentes personalizadas e graduações já não têm de ser recambiadas para a fábrica. A Fora tem a maquinaria no Chiado e trata de tudo aqui mesmo.