granado e phebo
©Charlotte Valade
©Charlotte Valade

Pau-Brasil: as marcas que atravessaram o Atlântico

A Pau-Brasil abre no sábado, no Príncipe Real. Fomos espreitar as marcas brasileiras que acabam de aterrar em Lisboa

Mauro Gonçalves
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É a nova atracção do Príncipe Real e traz a Lisboa um Brasil diferente do que estamos habituados a ver. A Pau-Brasil abre as portas no sábado, no espaço anteriormente ocupado pelo Entre Tanto, com 17 marcas brasileiras pouco conhecidas por cá. O foco está no design de autor e, do mobiliário à moda, as opções são de perder a cabeça.

Lenny Niemeyer, Sergio Rodrigues, os irmãos Campana, Granado e a Chocolate Q são algumas das marcas que ocupam o primeiro andar do Palácio Castilho. Ao longo de 600 metros quadrados, Joana Astolfi foi a responsável por deixar salas e corredores com o mesmo ambiente. Candeeiros que são cocos, paredes verdes, apontamentos de mata atlântica e uma instalação que deixa o átrio a cheirar a café – é este o Brasil de Astolfi.

Por detrás do projecto está Rui Gomes Araújo, há vários anos representante de algumas das marcas em Portugal e na Europa. Mais do que uma simples loja, o espaço foi pensado como montra do que melhor se está a fazer no Brasil. A Pau-Brasil veio para ficar e, no dia da inauguração, convida os visitantes a experimentar produtos de cosmética e a provar iguarias exóticas. A Embaixada junta-se à festa com música ao vivo.

Rua da Escola Politécnica, 42. Seg-Sex 12.00-20.00, Sáb 10.00-20.00 e Dom 12.00-18.00.

O novo Brasil em dez marcas e designers

Sergio Rodrigues

A obra do designer chega a Lisboa e em grande estilo. Uma das salas anteriormente ocupadas pela Vintage Department, no Entre Tanto, enche-se com as peças de Sergio Rodrigues, um dos grande nomes do design brasileiro do século XX. Em destaque está a Poltrona Mole. A sua peça mais icónica faz 60 anos e há um exemplar logo à entrada a dar as boas-vindas aos visitantes.

Lenny Niemeyer

Eis a primeira loja própria de Lenny Niemeyer fora do Brasil. E que timing, agora que as lisboetas começam a ir a banhos. Estes são os fatos de banho e biquínis mais desejados do momento. Mantém linhas clássicas, mas surpreendem, colecção após colecção, nos estampados e pormenores. Quanto ao sobrenome (sabemos que sempre se perguntou), ganhou-o quando casou com um sobrinho do arquitecto.

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Hugo França

Nos anos 80, quando se mudou para Trancoso, na Bahia, Hugo França ganhou consciência dos desperdícios que resultam da extração e do uso da madeira. A partir daí, o trabalho do designer nunca mais foi o mesmo. O ar bruto das suas peças, não é só aparência. A chaise longue, uma das peças em destaque na Pau-Brasil, tem seis metros de comprimento e pesa uma tonelada.

Granado

Basta olhar para duas ou três embalagens da Granado para perceber que a marca não nasceu ontem. Foi fundada em 1870 pelo José António Coxito Granado e ficava na Rua Direita, no centro do Rio de Janeiro. Hoje, os cariocas conhecem-na como Rua Primeiro de Março, mas no Príncipe Real que a marca centenária acaba de pousar. A loja é das que mais salta à vista. Aos sabonetes, cremes e loções da Granado não falta história nem cor.

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Nina Write

Há luxos e luxos e, numa casa onde muitos preços chegam aos cinco dígitos, Nina White fica-se pelos mais modestos. A atenção aos detalhes é essencial no que toca estacionário de charme. Esta marca brasileira não foge à regra.

Jader Almeida

Simples na geometria e puro nas formas — Jader Almeida só veio confirmar o que já suspeitávamos: o design de mobiliário é mesmo o elemento central da Pau-Brasil. O estilo reconhece-se à distância e representa a estética de uma nova geração de designers brasileiros.

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Frescobol Carioca

Esta marca masculina é um verdadeiro refresco. Não só pela roupa, fresquinha e airosa, mas também pelos acessórios. As raquetes de praia têm fama internacional, os calções de banho têm uma variedade de estampados que nunca mais acaba. Para a Frescobol Carioca o Verão dura o ano inteiro e o azul predomina.

Chocolate Q

Tudo nestes chocolates é especial: os invólucros ilustrados, o cacau, proveniente de uma única fazenda na Bahia, e uma tablete desenhada por Oscar Niemeyer. Com 25 anos de história, a Chocolate Q põe o pé em Lisboa pela primeira vez, para mal da boa forma física de uma cidade inteira.

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Campana

O nome Campana está farto de correr mundo, tanto em exposições, como em projectos de interiores. O trabalho dos irmãos Fernando e Humberto é inconfundível e sim, algumas das peças mais loucas estão agora no Príncipe Real.

Maria Oiticica

Já ouviu falar em biojóias? Seja qual for a resposta, tem de conhecer o trabalho de Maria Oiticica. As matérias-primas (sementes, casca de árvores e escamas de peixe) crescem nas margens do Amazonas e a produção das peças tem o dedo de algumas comunidades indígenas.

O melhor do Príncipe Real

  • Compras
Não se assuste com o estrangeirismo. As concept stores são lojas com universos próprios, com espaço para moda, decoração, livros e até comida. E ninguém se chateia, nem as marcas, nem os designers, nem os artistas. Juntos, fazem destas 12 magníficas a elite do roteiro de compras de Lisboa. Fique a conhecer as melhores concept stores em Lisboa.
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É o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a família real de restaurantes do Príncipe Real.    Recomendado: Os melhores restaurantes na Avenida da Liberdade
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