A febre do padel pode não dar sinais de esfriamento, mas numa cidade onde sopram cada vez mais ventos de outras paragens, as pequenas raquetes surpreendem com novas possibilidades (novas como quem diz, que a modalidade em questão foi inventada nos anos 60 do século passado). Entre o padel, o badminton e o ténis de mesa, o pickleball vai conquistando aficcionados.
Também se joga a pares, o campo tem as mesmas medidas que um court de badminton (13,4 por 6,1 metros), enquanto as raquetes, quadradas com os cantos arredondados, também são feitas em fibra de carbono, como as de padel, embora mais pequenas e leves (ainda que maiores do que as usadas no pingue-pongue). A bola, essa sim, é inconfundível – verde ou amarela, oca e perfurada, como em nenhum outro desporto. No centro, junto à rede, existe uma área interdita. Nenhum dos jogadores poderá pisá-la, nem à linha, quando em contacto com a bola. O jogo arranca sempre com a bola servida abaixo da cintura e termina quando uma equipa chega aos 11 pontos.
A modalidade ganhou impulso em Portugal, em particular em Lisboa, com a chegada em força de estrangeiros. Os norte-americanos são os maiores fãs de pickleball, embora brasileiros e asiáticos também surjam entre os praticantes da modalidade. A vantagem parece ser a menor exigência física face ao ténis, que permite que os interessados se iniciem sem grandes entraves, razão pela qual é uma escolha recorrente de desportistas mais velhos ou em fraca forma física.
Apesar de estar na berra agora, o pickleball tem 60 anos. Foi inventado numa tarde de Verão, em 1965, em Bainbridge Island, no estado de Washington. Joel Pritchard e Bill Bell foram jogar golfe e, de regresso a casa, improvisaram um jogo para entreter as respectivas famílias – num campo de badminton e com raquetes de pingue-pongue. Barney McCallum, um terceiro amigo, juntou-se a eles no fim-de-semana seguinte. Juntos, começaram a definir as regras do jogo. Dois anos depois, nascia o primeiro campo fixo de pickleball.
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