Com um dos monstros mais famosos do cinema de regresso ao cardápio, este é um mês para voltar em força às salas de cinema. Um ano após o remake de David Lee Fisher do filme mudo Nosferatu (1922), é o realizador Robert Eggers que leva o famoso vampiro às telas, alterando um pouco a história original. Neste arranque do ano vamos também à China, com Chá Preto; a França, com Tudo Acontece em Paris, comédia negra com Monica Bellucci; ou ao Cambodja, com Encontro com Pol Pot. Marque na agenda estas e outras estreias de cinema de Janeiro.
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Robert Eggers (A Bruxa, O Homem do Norte) é o autor desta nova versão do clássico mudo de terror que F.W. Murnau realizou em 1922, e que teve já um remake, em 1979, da autoria de Werner Herzog. Bill Skarsgård interpreta o conde Orlok, o vampiro do título, acompanhado por Nicholas Hoult, Lily Rose-Depp, Willem Dafoe e Aaron Taylor-Johnson, e Eggers modifica alguns aspectos da história original.
Em 1978, três jornalistas franceses são convidados para visitar o Cambodja de Pol Pot, o ditador comunista genocida. Por essa altura, já dois milhões de cambodjanos foram assassinados pelo regime dos Khmer Vermelhos. Durante a estadia, a máscara da propaganda cai e a viagem torna-se num pesadelo. Rithy Pan continua a denunciar o horror totalitário que atingiu o seu país.
Marjane Satrapi, iraniana radicada em França e autora de filmes como Persépolis ou As Vozes, junta, em Paradis Paris, nomes como Monica Bellucci, André Dussolier, Rossy de Palma ou Roschdy Zem, e assina uma comédia negra e fantástica, sob a forma de um conjunto de histórias interligadas. Um punhado de parisienses vêem as suas vidas modificadas quando a morte lhes bate à porta.
Liam Neeson é o principal intérprete deste filme policial, no papel de um antigo pugilista que trabalha para um chefe do crime de Boston e descobre que tem uma doença degenerativa que lhe está afectar a memória. Tenta então rectificar os erros do passado e reencontrar a filha e o neto.
Filme do realizador mauritano Abderrahmane Sissako, sobre Joice, uma jovem da Costa do Marfim que vai trabalhar para a China, numa loja de chá de Guangzhou, após ter dito “não” ao noivo no altar.
Em 1800, num decrépito orfanato e conservatório perto de Veneza que espera a visita do Papa, uma rapariga muda e solitária encontra um piano-forte numa arrecadação. Realização de Margherita Vicario.
Fernando Trueba dirige Matt Dillon nesta fita passada numa deslumbrante ilha grega. Alex (Aida Folch), uma jovem empregada de mesa, apaixona-se por Max, o gerente do restaurante, um americano solitário que ali vive há décadas.
Um chinês que fugiu do seu país para os EUA durante a Revolução Cultural e se tornou num oftalmologista de renome mundial, tem que enfrentar os traumas do passado quando lhe é pedido para operar uma indiana órfã, cegada pela madrasta.
Recusando o formato convencional do documentário biográfico, este filme de Miri Navasky, Maeve O’Boyle e Karen O’Connor sobre a lendária cantora norte-americana Joan Baez acompanha-a na sua última digressão, ao mesmo tempo que anda entre o passado e o presente e explora o arquivo visual e fotográfico de Baez, recordando a sua vida nos palcos e fora deles. É uma viagem inédita e em profundidade pela existência e pela carreira da cantora, que conta a verdade sobre a forma como viveu, da infância até aos dias de hoje.
Estreia a 9 de Janeiro
Mais um filme biográfico sobre Maria Callas, agora interpretada por Angelina Jolie e assinado pelo chileno Pablo Larraín, que abre em Paris, em 1977. Callas deixou de cantar e vive ali em reclusão, com os seus criados e dois caniches. Recebe então um pedido para voltar a fazer uma digressão. Será que ela vai aceitar e regressar aos palcos em que se transformou na maior diva da ópera mundial? Também com Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Valeria Golino e Kodi Smit-McPhee.
Estreia a 16 de Janeiro
Vencedor do Prémio Especial do Júri no Festival de Cannes, este filme do iraniano Mohammad Rasoulof foi rodado clandestinamente. Iman, o chefe de uma família de Teerão e jurista, é nomeado juiz de instrução nesta cidade, em caos devido à agitação política. Quando a arma que guarda em casa desaparece, Iman começa a suspeitar da mulher e das duas filhas, e torna-se cada vez mais desconfiado e paranóico, acabando por criar uma atmosfera de repressão pouco menos que insuportável entre os seus.
Estreia a 30 de Janeiro
Robôs, cães, alienígenas, um caracol, uma preguiça, um novo panda, famílias fora de série, música e muita magia são alguns dos ingredientes espalhados pelas longas-metragens de animação que chegam às salas de cinema portuguesas ao longo do ano de 2025. De Janeiro até ao mês de Dezembro, já existe um calendário bastante bem preenchido de fitas animadas, que habitualmente conquistam várias gerações de cinéfilos e levam famílias inteiras às salas de cinema. Até ao final do ano, estas são as 15 longas-metragens animadas que vamos querer ver no grande ecrã.
A comédia é um género frequentemente ignorado pelos prémios e pela crítica. Mas produzir uma grande comédia, uma comédia intemporal, é uma das maiores conquistas no cinema. É uma forma de arte em grande parte dependente do contexto: aquilo que faz uma plateia chorar a rir em 2024 pode ser recebido mais tarde com olhares vazios – nem sequer é preciso passar meio século, como é muitas vezes o caso; bastam alguns anos de diferença.
Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista preenchida com 100 dos melhores filmes clássicos. Nela encontramos obras de alguns dos melhores realizadores da história do cinema, como Buster Keaton, Fritz Lang, Ingmar Bergman, John Ford, Howard Hawks, Federico Fellini, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Luchino Visconti ou Martin Scorsese, entre muitos, muitos outros. Pode ser o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD ou Blu-ray. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.
O potencial cinematográfico (e não só) da ficção científica é quase infinito. É nestes filmes que os nossos maiores pesadelos podem tornar-se realidade e os nossos sonhos concretizar-se, ao mesmo tempo que é dito e posto em causa algo sobre o nosso presente. E o género sempre fez as delícias do público, desde o tempo dos efeitos especiais básicos e rudimentares dos filmes mudos ao excesso digital dos blockbusters contemporâneos. Hoje, no entanto, é a própria crítica quem aplaude e celebra muitos destes filmes, tal como acontece com os super-heróis e o terror. A pensar nisso, elegemos os 100 melhores filmes de ficção científica de sempre.
Escolher os melhores filmes de terror de todos os tempos é assustador, a todos os níveis. Sobretudo tendo em conta a atenção que o género tem recebido em anos recentes, à custa de obras como Foge ou Hereditário. Parece que, depois de anos nas margens, o cinema de terror está a passar por um momento de adulação crítica.
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