Truffaut e Hitchcock
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Uma dúzia de grandes realizadores que nunca ganharam um Óscar

Há grandes nomes da sétima arte que nunca receberam a distinção máxima como realizador. São os grandes cineastas que nunca venceram um Óscar.

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Já se sabe que nem sempre os melhores realizadores (e os melhores actores e os melhores filmes) são aqueles que ganham os Óscares, e já por muitas ocasiões as estatuetas de Hollywood foram parar às pessoas erradas, deixando de mãos a abanar quem as merecia. Neste aspecto, os Óscares de 2020 não hão-de ser excepção. Todavia, às vezes, estas injustiças acabam por ser corrigidas, com realizadores que não foram premiados pelas suas obras-primas a ganharem o Óscar anos mais tarde, ainda que por filmes menores. Noutros casos é tarde demais para corrigir o erro e, no máximo, pode atribuir-se um Óscar Honorário. Foi o que aconteceu a cineastas do gabarito como Howard Hawks, Ernst Lubitsch e outros figurões. Conheça a lista dos grandes realizadores que nunca ganharam o Óscar (de melhor realizador).

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1. Charlie Chaplin (1889-1977)

Charlot tinha três Óscares em casa, mas nenhum era de Melhor Realizador. Recebeu um Honorário por O Circo (1928), outro pela Melhor Banda Sonora de Luzes da Ribalta (1973), partilhado com os outros dois compositores da música do filme (que é de 1952, mas só se estreou em Los Angeles em 1972), e mais um Honorário (1972).

2. Ernst Lubitsch (1892-1947)

O homem que criou o “Lubitsch touch” foi nomeado para os Óscares por três vezes ao longo da sua carreira. Em 1930 (Parada do Amor e O Patriota, este um filme de 1928, ano em que não houve indicações oficiais) e 1944 (O Céu Pode Esperar), mas saiu sempre de mãos a abanar. Em 1947, ano da sua morte, lá lhe entregaram um Óscar Honorário.

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3. Buster Keaton (1895-1966)

Se é verdade que boa parte da carreira do genial actor e realizador decorreu antes da criação dos Óscares de Hollywood, também é verdade que só em 1960, já Buster Keaton tinha deixado de realizar há alguns anos e apenas aparecia como intérprete em filmes de colegas seus, é que a Academia decidiu atribuir-lhe um Óscar Honorário.

4. Howard Hawks (1896-1977)

Outro caso escandaloso na história da Academia de Hollywood. Não só Hawks apenas recebeu o inevitável Óscar Honorário (em 1975) como só foi nomeado para a estatueta de Melhor Realizador apenas uma vez, por Sargento York, em 1942. E se havia tanto filme para o ter nomeado, entre os muitos e magníficos que realizou, de comédias a westerns e policiais.

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5. Alfred Hitchcock (1899-1980)

Não foi por falta de ser indicado que o mestre do suspense nunca ganhou um Óscar. Foi-o por cinco vezes, em 1941 (Rebecca), 1945 (Um Barco e Quatro Destinos), 1946 (A Casa Encantada), 1955 (Janela Indiscreta) e 1961 (Psico). Em 1968, acabaram por dar-lhe o Prémio Irving Thalberg. Fraca compensação.

6. Akira Kurosawa (1910-1998)

O japonês Kurosawa, um dos nomes maiores da sétima arte, foi mais um caso de injustiça, tendo de se contentar com um Óscar honorário, em 1990. O que não compensa, de forma alguma, o facto de nunca ter sido nomeado para Melhor Realizador, tendo em conta argumentos como Os Sete Samurais, A Fortaleza Escondida ou Às Portas do Inferno.

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7. Orson Welles (1915-1985)

Orson Welles também tinha um Óscar em casa, o de Melhor Argumento, partilhado em 1942 por O Mundo a seus Pés com Herman J. Mankiewicz, e tendo aliás perdido os de Melhor Realizador e Actor para o mesmo filme. Welles, tal como Chaplin, também acabou por ter uma estatueta de consolação, o Óscar Honorário atribuído em 1971.

8. Sidney Lumet (1924-2011)

O realizador americano foi nomeado para cinco Óscares – quatro de Melhor Realizador, por Doze Homens em Fúria (1957), Serpico (1973), Um Dia de Cão (1975) e Network – Escândalo na TV (1976), e um de Melhor Argumento Adaptado para O Príncipe da Cidade (1981). Perdeu sempre. Em 2005 deram-lhe finalmente um Óscar Honorário.

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9. Stanley Kubrick (1928-1999)

Tal como Alfred Hitchcock, também Stanley Kubrick foi nomeado várias vezes para Melhor Realizador. Em 1965 (Doutor Estranhoamor), 1969 (2001: Odisseia no Espaço), 1972 (Laranja Mecânica) e 1976 (Barry Lyndon). Mas o único Óscar que ganhou foi o dos Efeitos Visuais, por 2001: Odisseia no Espaço. Não o foi receber.

10. Ridley Scott (1937-)

Quarenta nomeações, nove estatuetas. São estes os números do britânico Scott em território de Hollywood, numa carreira que se estende ao longo de mais de quatro décadas, sem nunca ter recebido a distinção de Melhor Realizador. E é difícil acreditar quando pensamos em obras como Alien – O 8.º Passageiro, Perigo Iminente, Thelma & Louise, Gladiador, Perdido Em Marte ou Cercados.

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11. David Fincher (1962-)

Não faltam filmes de peso na carreira do norte-americano Fincher para merecer a estatueta: Seven – Sete Pecados Mortais, Clube de CombateZodiac ou O Estranho Caso de Benjamin Button podiam tê-lo feito. Não aconteceu. Por agora, Fincher conta com trinta nomeações, apenas duas para Melhor Realizador, num total de sete Óscares arrecadados para filmes seus.

12. Quentin Tarantino (1963-)

São, ao todo, quatro nomeações para a estatueta dourada que Quentin Tarantino leva na sua carreira. Dessas, venceu duas, nenhuma delas para melhor realizador, ainda que em 1994 tivesse ficado perto, com Pulp Fiction. Por agora, o nome por detrás de obras como Sacanas Sem LeiDjango LibertadoCães Danados ou Jackie Brown vai a jogo com Era Uma Vez em Hollywood. Talvez seja este o ano.

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