Óscares 2022 - Melhor Filme
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Óscares 2022: conheça os nomeados para Melhor Filme

A cerimónia de entrega dos Óscares está a chegar. Mas antes de 28 de Março é preciso saber quem é quem – principalmente na categoria principal, a de melhor filme do ano.

Vera Moura
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A 94.ª cerimónia de entrega dos Óscares volta a ser dominada pelas plataformas de streaming, com a Netflix a partir em clara vantagem. Acontece a 28 de Março e as nomeações foram anunciadas a 8 de Fevereiro, numa emissão transmitida online conduzida a partir do Dolby Theatre, em Hollywood. 

O Poder do Cão, filme da cineasta neozelandesa Jane Campion, lidera a corrida com 12 nomeações, incluindo Melhor Realização, Melhor Actor, Melhor Fotografia e Melhor Filme, a categoria a que nos dedicamos nesta lista. Conheça este e os outros nove candidatos à estatueta dourada para melhor filme do ano.

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Óscares 2022 – Melhor Filme

  • Filmes
  • Drama

Passado em 1969 na cidade do título, onde o realizador Kenneth Branagh nasceu e viveu parte da infância, Belfast é feito de recordações. Um filme sobre a família e a sua força e importância, em tempos de paz como de conflito. No caso, a família do pequeno Buddy (Jude Hill), protestante e em minoria no bairro católico em que vive, e que antes do eclodir da violência é pintado por Branagh como um modelo de boa convivência.

  • Filmes

Desde os anos 80 que Steven Spielberg queria fazer um musical. Em 2014, decidiu-se a rodar uma nova versão de West Side Story – Amor Sem Barreiras, em grande parte por questões afectivas. O disco da produção original da Broadway foi o primeiro do género a ser ouvido em casa da família Spielberg nos anos 50, e deixou-lhe uma recordação inesquecível. Este novo West Side Story, com argumento de Tony Kushner, não é nem uma nova versão reverencialmente fiel ao filme de 1961 de Robert Wise e Jerome Robbins, nem uma releitura ou uma actualização deste para os nossos tempos. É, sim, segundo o próprio Spielberg, um filme que se refere directamente ao musical da Broadway original, estreado em 1957, conservando intactos todos os números musicais.

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  • Filmes
  • Ficção científica

Editado em 1965, Duna, de Frank Herbert, primeiro livro de uma saga de seis, é um daqueles clássicos absolutos da ficção científica ao qual, pela sua densidade narrativa e pormenorização na construção de um mundo futuro uno e internamente coerente, nenhum filme conseguirá alguma vez fazer inteira justiça. Esta segunda versão, depois da de David Lynch (1984), marca pontos na visualização do tal mundo futuro e dos planetas em que a acção decorre, sobretudo no desértico Arrakis em que a valiosa especiaria, que permite também as viagens espaciais, é recolhida. Mas também na representação da tecnologia – os magníficos ornitópteros com as hélices que imitam o bater das asas dos insectos “roubam” o filme neste departamento. 

  • Filmes

Apesar de já estar em exibição há bastante tempo na Netflix, o filme de Jane Campion nomeado para 12 Óscares estreou-se também nos cinemas. Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee interpretam este falso western rodado na Nova Zelândia, que passa pelo Montana dos anos 20 do século passado. Uma história de homossexualidade reprimida, masculinidade postiça e vingança.

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  • Filmes
  • Comédia

O filme de Paul Thomas Anderson parece que veio dos anos 70 numa máquina do tempo. Passado quase todo na zona do Vale de San Fernando, em Los Angeles, Licorice Pizza é uma sucessão de episódios na vida de Gary Valentine (Cooper Hoffman, filho de Philip Seymour Hoffman), um finalista do secundário, jovem actor e fura-vidas, e de Alana Kane (Alana Haim), uns anos mais velha do que ele e pela qual está apaixonado. Enquanto Gary tenta convencer Alana a ser mais do que uma grande amiga e a tornar-se na sua namorada, e ela lhe resiste, vivem ambos uma série de peripécias insólitas e hilariantes em plena crise do petróleo e da falta de combustível.

  • Filmes

Um professor de astronomia e uma sua doutoranda descobrem que há um cometa do tamanho do Evereste a caminho da Terra, e que o impacto se dará daqui a seis meses, provocando o fim do mundo. Só que ninguém, do governo dos EUA aos media, passando pela redes sociais, parece querer ouvi-los ou acreditar neles. Adam McKay (A Queda de Wall Street, Vice) dispõe de um elenco de platina nesta sátira apocalíptica (Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence nos astrónomos, Meryl Streep na Presidente dos EUA, Cate Blanchett numa jornalista da televisão, entre outros) que não poupa ninguém, entre cientistas, políticos, jornalistas e cidadãos comuns. 

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  • Filmes
  • Drama

Will Smith interpreta, neste filme inspirador de Reinaldo Marcus Green, Richard Williams, o pai das tenistas Serena e Venus Williams, mostrando como ele está por trás da transformação de ambas em campeãs da modalidade, usando métodos de treino pouco convencionais.

  • Filmes
  • Suspense

Stanton é um sujeito sem eira nem beira que arranja emprego numa feira itinerante manhosa, daquelas que percorriam os EUA com atracções várias, incluindo aberrações humanas reais ou falsas, carrosséis e números de mentalismo. Quando tem de fugir com Molly, uma jovem que fazia um número de mulher imune à electricidade, forma uma parceria com esta transformando-se num mentalista de renome, que trabalha nos melhores hotéis. Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas é o primeiro filme realizado por Guillermo del Toro em que não há elementos de fantástico, terror ou de ficção científica, embora paire sobre ele uma dimensão fantasmagórica que depois se revela ser falsa. O filme adapta um livro policial de William Lindsay Gresham, Nightmare Alley, escrito em 1946.

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Drive My Car

Quando, um dia, o actor e encenador Yusuke (Hidetoshi Nishijima), que ia viajar em trabalho, vê o seu voo ser cancelado por causa do mau tempo, volta para casa sem avisar, e surpreende a mulher com outro homem, um actor mais jovem do que ele. Em vez de fazer um escândalo, sai discretamente. E quando mais tarde se prepara para ter uma conversa com a mulher, ela morre com um AVC, deixando-o devastado. Dois anos mais tarde, reencontramo-lo ao volante do seu carro, um velho Saab Turbo 900 vermelho-vivo, rumo a Hiroshima, onde vai encenar uma grande produção. Lá chegado, a direcção do festival de teatro diz-lhe que, por razões contratuais e de segurança, ele não pode guiar o carro, e designam-lhe uma condutora, a jovem Misaki (Tôko Miura). Yusuke fica aborrecidíssimo porque costuma aproveitar as horas de condução para ensaiar as peças e não acredita que uma rapariga tão nova seja capaz de conduzir um carro como o seu. Mas ela mostra-lhe que sim e, a cada viagem de ida e volta, Yusuke e Misaki vão criando uma cumplicidade que será fundamental para ambos em termos pessoais, e para a resolução da história. 

Coda

CODA é a abreviatura para "child of deaf adults" (filho de pais surdos) e o nome desta comédia dramática que conta a história de Ruby Rossi (Emilia Jones), uma adolescente que ouve numa família de surdos e que sonha estudar música.

Histórias dos Óscares

  • Filmes

Foram muitos os actores e actrizes que, desde 1929, data da primeira cerimónia dos prémios, ganharam um Óscar. Pouco mais de 40 conseguiram levar para casa duas estatuetas da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ao longo da sua carreira. Mas mais do que isso? Quase nenhuns. Katharine Hepburn é a actriz mais premiada, tendo recebido quatro Óscares de Melhor Actriz entre 1934 (por Glória de Um Dia) e 1982 (por A Casa do Lago). Depois vêm Daniel Day-Lewis, Meryl Streep, Jack Nicholson, Ingrid Bergman e Walter Brennan – o único que nunca foi eleito melhor actor principal, vencendo apenas por papéis secundários.

  • Filmes

Numa cidade em que o estatuto de A List diz muito, Hollywood continua a ser implacável com algumas das caras mais conhecidas da indústria. Na cidade dos anjos contam-se histórias que traduzem amores e desamores da condição humana, histórias de força e superação, histórias de desastre e redenção, para que nos seja possível suportar a existência. Mas, no fim, há mais em jogo do que uma linha que nos estremece ou um monólogo que nos acompanha como bíblia para o resto dos dias. A estatueta dourada é a bitola que separa o que é bom do que é divino, mas nem sempre é consensual.

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  • Filmes
Erros que ficaram para a história na entrega dos Óscares
Erros que ficaram para a história na entrega dos Óscares

A história dos Óscares também é feita de erros. O mais recente, e sem dúvida o mais grave, foi a troca do envelope na entrega do prémio de Melhor Filme em 2017. Um lapso que, ainda por cima, demorou algum tempo a ser rectificado, e só quando a equipa de La La Land – A Melodia do Amor já estava em palco e os discursos de agradecimento iam a meio é que a produção explicou aos envolvidos que, afinal, Moonlight é que tinha vencido. Mas ao longo dos anos houve mais problemas e complicações. Recordamos outras gafes, entre trocas de nomes e homens nus.

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