★★★★☆
Tal como em ‘O Fantástico Senhor Raposo’, as curtas-metragens de Wes Anderson para a Netflix mostram que o realizador e Roald Dahl vão muito bem um com o outro.
★★☆☆☆
Nasceu Ignacio Jordà González na Catalunha faz em breve 50 anos, e sob o pseudónimo de Nacho Vidal foi, na década de 90, o mais famoso e prolífero intérprete de filmes pornográficos em Espanha, chamado “o John Holmes espanhol” pelo tamanho invulgar do seu pénis e pela suas proezas sexuais em palco e nas fitas. Foi levado para Hollywood em finais do século XX pelo seu colega e “padrinho” Rocco Siffredi, tornando-se depois produtor e realizador de filmes hardcore heterossexuais e gay.
A série Nacho (TVCine Edition. Qui 22.10) conta a sua história, desde a infância e juventude numa família de posses mas que perderia tudo e o levaria a ter que fazer pela vida, até à fama no mundo do cinema pornográfico. O essencial da existência de Nacho Vidal resume-se quase totalmente à sua ascensão e consagração no mundo do sexo (começou neste meio fazendo sexo ao vivo com uma namorada num clube nocturno de Barcelona). Pelo que Nacho, passados os tempos da adolescência do protagonista (interpretado por Martiño Rivas), pouco mais tem a oferecer do que o espectáculo deste a fornicar engates de ocasião, prostitutas, namoradas e parceiras de trabalho, incansavelmente e um pouco por toda a parte, de casas de banho de discotecas a apartamentos, palcos, festas e estúdios de filmagens, recordando-nos de vez em quando – e, pelo menos uma vez, mostrando explicitamente – a dimensão fora do normal do seu falo.
De passagem, visitamos os bastidores da indústria cinematográfica X e é-nos vagamente sugerido que Nacho é uma expressão das rápidas transformações socio-económicas, culturais e de costumes da Espanha pós-franquista. O resto, é um festival de demonstração da potência sexual da personagem principal, que depressa se torna repetitivo e entediante, apesar do frenesim espalhafatoso com que Nacho é realizado. Os autores da série são daqueles que estão sempre com medo de perder a atenção dos espectadores, e por isso não param de mexer a câmara e de praticar a montagem taquicárdica. A personagem de Tom Cruise em Magnolia, de Paul Thomas Anderson, berra: “Respect the cock!”. Mas isso não chega para fazer de Nacho uma boa série.
★★★★☆
Tal como em ‘O Fantástico Senhor Raposo’, as curtas-metragens de Wes Anderson para a Netflix mostram que o realizador e Roald Dahl vão muito bem um com o outro.
★★★★☆
Uma série com altíssimo teor de arrepios e sobressaltos, para consumir sem moderação e de preferência à noite, enquanto a chuva e o frio rodam lá fora.
★★★☆☆
Depois de uma infelicíssima adaptação de ‘O Crime do Padre Amaro’, a RTP propõe uma série que adapta – e bem – cinco contos de Miguel Torga.
★☆☆☆☆
A série da Amazon Prime Video é muito menor, mais grosseira e mais atabalhoada do que os filmes de ‘John Wick’ de onde brotou.
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