Angela Lansbury
DR Angela Lansbury, em ‘A Companhia dos Lobos’
DR

Nove papéis memoráveis de Angela Lansbury no cinema

Na morte de Dame Angela Lansbury, fomos buscar nove papéis inesquecíveis da sua longa carreira na grande tela.

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Dame Angela Lansbury, que morreu aos 96 anos, teve uma longuíssima carreira no cinema, no teatro (incluindo musicais) e na televisão, que não pode ser reduzida ao papel de Jessica Fletcher na série policial Crime, Disse Ela, por mais importante e popular que tinha sido. Fomos buscar nove das suas interpretações mais aplaudidas no cinema, onde foi por três vezes nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária, acabando por ganhar um Óscar honorário em 2014. Entre os filmes estão Meia Luz, O Retrato de Dorian Gray, O Enviado da Manchúria, Se a Minha Cama Voasse e A Bela e o Monstro.

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Os melhores filmes com Angela Lansbury

‘Meia Luz’, de George Cukor (1944)

A carreira de Angela Lansbury no cinema começou nos anos de ouro de Hollywood, e logo ao primeiro filme, tinha ela 17 anos, foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária por este filme de época, em que interpreta uma criada cockney que conspira com o patrão (Charles Boyer) para enlouquecer a mulher dele (Ingrid Bergman).

‘O Retrato de Dorian Gray’, de Albert Lewin (1945)

Angela Lansbury conseguiu a sua segunda nomeação para Óscar de Melhor Actriz Secundária nesta excelente transposição para cinema do clássico sobrenatural de Oscar Wilde, ainda hoje a de referência para o livro. Lansbury personifica Sibyl Vane, a cantora e actriz que Dorian (Hurd Hatfield) seduz e que depois se suicida quando ele a abandona.

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‘Sansão e Dalila’, de Cecil B. DeMille (1949)

Com o papel de Dalila reservado para Hedy Lamarr, Angela Lansbury ficou com o segundo papel feminino desta superprodução bíblica de Cecil B. DeMille, o de Semadar, uma filistina pela qual Sansão (Victor Mature) se apaixona mas que acaba por o trair. Lansbury está apropriadamente pérfida no filme.

‘O Enviado da Manchúria’, de John Frankenheimer (1962)

Será Eleanor Iselin, a personagem de Angela Lansbury neste thriller de espionagem de culto, a mãe mais monstruosa da história do cinema? Se não é, anda lá perto. Eleanor manipula friamente o filho (Laurence Harvey) numa conspiração comunista para matar o presidente dos EUA. Era o papel favorito da actriz e deu-lhe a terceira e última nomeação para a estatueta de Melhor Secundária.

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‘Se a Minha Cama Voasse’, de Robert Stevenson e Ward Kimball (1971)

Nesta deliciosa produção Disney que mistura actores e animação, passada durante a II Guerra Mundial em Inglaterra, Lansbury é uma aprendiz de feiticeira boa que acolhe em casa três crianças refugiadas dos bombardeamentos em Londres. Eles vão associar-se a um mago para procurar um feitiço que irá ajudar a defender o país dos alemães.

‘Morte no Nilo’, de John Guillermin (1978)

No estreia de Peter Ustinov na pele de Hercule Poirot, Angela Lansbury enche o filme de humor e de kitsch, na figura da espalhafatosa e atiradiça autora de (péssimos) “romances sensuais” Salome Otterbourne, que nunca consegue pronunciar correctamente o nome do detective de Agatha Christie e passa o tempo a envergonhar a sua tímida filha (Olivia Hussey).

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‘Espelho Quebrado’, de Guy Hamilton (1980)

Angela Lansbury interpretou apenas uma vez a Miss Marple de Agatha Christie, e pela amostra, é pena que nunca tenha feito mais filmes na pele dela (estiveram planeados mais dois, mas nunca foram para a frente). Em O Espelho Quebrado, ela não só compõe a idosa detective amadora certeiramente, como também pede meças a actrizes como Elizabeth Taylor e Kim Novak.

‘A Companhia dos Lobos’, de Neil Jordan (1984)

Quem mais, senão Angela Lansbury, podia personificar a preceito a avozinha do Capuchinho Vermelho nesta fantasia sobrenatural e onírica realizada por Neil Jordan, e baseada num conto de Angela Carter? O papel não é muito grande, mas a participação de Lansbury é inesquecível, entre lobos, lobisomens, sonhos e realidade.

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‘A Bela e o Monstro’, de Gary Trousdale e Kirk Wise (1991)

Angela Lansbury dá largas aos seus dotes vocais nesta animação da Disney que lhe permite não só cantar, como também usar apenas a voz para compor a personagem da Sra. Potts, uma serviçal do palácio do Monstro que foi transformada numa chaleira. E tornou-se numa das suas interpretações mais populares, contribuindo para o imenso sucesso da fita.

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Há quem lhe aponte a escolha de papéis como trunfo. O eclectismo, a elasticidade das personagens, o alcance. Mas há, também, quem acredite que este é um caso de sorte, que o talento não corresponde ao currículo e que a crítica tem sido simpática com a ausência de variedade nas interpretações. Seja como for, é um dos nomes mais conhecidos da indústria.

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