Depois de Jose Ferrer e de Rita Moreno, Benicio del Toro é o terceiro actor porto-riquenho a ter ganho um Óscar (Melhor Secundário em Traffic – Ninguém Saio Ileso, em 2001). Após um princípio de carreira em que quase foi estereotipado em vilão latino, Benicio del Toro impôs-se como um actor de muitos recursos e capacidades dramáticas, que tanto é capaz de interpretar um criminoso sem piedade como um homem comum quebrado pela vida. Recuperamos neste artigo sete dos seus melhores papéis, sob a direcção de cineastas como Bryan Singer, Steven Soderbergh, Alejandro González Iñárritu ou Denis Villeneuve. Tanto pode fazer de assassino sem piedade como de homem sensível ou vergado pelas circunstâncias.
Benicio del Toro em sete interpretações memoráveis
‘Traffic – Ninguém Saio Ileso’, de Steven Soderbergh (2000)
O Óscar de Melhor Actor Secundário veio muito naturalmente parar às mãos de del Toro, pelo seu papel, neste filme “coral” de Steven Soderbergh, de um polícia na fronteira entre o México e os EUA, que procura manter-se honesto no meio do tráfico de drogas de um lado para o outro. O actor põe o espectador a “ler” no rosto da personagem a sua luta moral interior para se manter “limpo” no meio da ilegalidade e da corrupção. Del Toro conquistou ainda o prémio de Melhor Actor no Festival de Berlim.
‘21 Gramas’, de Alejandro González Iñárritu (2003)
Eis um daqueles casos em que os actores são melhores do que o filme, nomeadamente Benicio del Toro. O actor viu-se outra vez indicado ao Óscar de Melhor Secundário ao personificar um ex-presidiário que descobriu a religião e se agarra a ela para se libertar do vício das drogas e da bebida. O estilo de narração não-linear, “quebrado”, do mexicano Iñárritu, presta um mau serviço ao seu elenco, e Del Toro é um dos poucos que consegue safar-se.
‘Tudo o que Perdemos’, de Susanne Bier (2007)
‘Che-O Argentino’/’Che-Guerrilha’, de Steven Soderbergh (2008)
Este díptico biográfico de Soderbergh sobre Ernesto “Che” Guevara tem quatro horas e meia, e parece durar o dobro, e o retrato do guerrilheiro argentino está muito mais próximo do mito do que da realidade, redundando assim mais hagiográfico do que crítico. O melhor do filme é mesmo a interpretação concentrada e muito “física” de del Toro, vencedor do Prémio de Interpretação Masculina do Festival de Cannes.
‘Um Dia Perfeito’, de Fernando Léon de Aranoa (2015)
Esta co-produção europeia realizada por um espanhol e com um elenco internacional, passa-se nos Balcãs, na sequência do desaparecimento da Jugoslávia após a queda do Muro de Berlim, do fim do comunismo a Leste e da guerra naquela região. Benicio del Toro faz aqui de membro de uma organização humanitária que actua na zona, e é um belíssimo papel, tingido de melancolia e frustração, dando o tom a esta comédia dramática que merecia ter sido mais vista do que foi.
‘Sicário-Infiltrado’, de Denis Villeneuve (2015)
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