Pamplinas Maquinista
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Sete filmes imperdíveis passados em comboios

Aproveitando a estreia de ‘Bullet Train – Comboio Bala’, eis sete filmes ambientados em comboios a não perder.

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Há muitos e bons filmes cujas histórias decorrem dentro de comboios, desde o tempo do cinema mudo até agora. Na senda da estreia de Bullet Train – Comboio Bala, com Brad Pitt, fomos escolher sete deles, a começar na genial comédia muda Pamplinas Maquinista, de Buster Keaton e Clyde Bruckman, também interpretada por Keaton, até ao terror zombie de Train to Busan, do sul-coreano Yeon Sang-ho. E há também títulos de cineastas como Alfred Hitchcock, Sidney Lumet ou Andrei Konchalovsky, nesta selecção em que os comboios, além dos intérpretes de carne e osso, também são as grandes vedetas.

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Sete filmes imperdíveis passados em comboios

‘Pamplinas Maquinista’, de Buster Keaton e Clyde Bruckman (1926)

O melhor filme de Buster Keaton (ou Pamplinas, como era chamado em Portugal), e uma das maiores comédias da história do cinema, mudo ou falado. Keaton interpreta um maquinista Confederado que, durante a Guerra Civil americana, tem que recuperar a sua bem-amada locomotiva, e a sua bem-amada namorada, das mãos dos espiões nortistas que as levaram. O génio cómico de Keaton expressa-se atrás e à frente das câmaras, na concepção, execução física e filmagem dos gags, neste filme tão assombrosamente preciso como o melhor dos relógios suíços, e a recriação de época é também notável.

‘Desaparecida!’, de Alfred Hitchcock (1938)

Uma rica jovem inglesa e um musicólogo seu compatriota, que viajam num comboio através de um país europeu fictício e autoritário, dão pela falta de uma idosa, também inglesa, que seguia com eles, e envolvem-se numa intriga de espionagem. Rodado num enorme cenário nos Estúdios Gainsborough em Londres, Hitchcock faz maravilhas de suspense com o mecanismo do enredo e no espaço limitado do comboio. Com Margaret Lockwood, Michael Redgrave, May Whitty e o impagável duo formado por Naunton Wayne e Basil Radford, obcecados em chegarem a Inglaterra a tempo de verem um importante jogo de cricket.

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‘O Expresso de Von Ryan’, de Mark Robson (1965)

Eis um formidável filme de comboios, de guerra e de suspense, passado durante a II Guerra Mundial, e que tem também um dos melhores papéis de Frank Sinatra no cinema. Ele interpreta o Ryan do título, um piloto da Força Aérea dos EUA, abatido sobre a Itália, e que consegue apoderar-se de um comboio alemão que transporta prisioneiros de guerra aliados, com a intenção de o levar para a Suíça. Trevor Howard e Raffaella Carrà também estão no elenco desta empolgantíssima fita realizada por Mark Robson, que tem um final completamente inesperado.

‘Um Crime no Expresso do Oriente’, de Sidney Lumet (1974)

O mais lendário assassínio colectivo em huis clos ferroviário da história da literatura policial, congeminado por Agatha Christie, é aqui magnificamente adaptado por Sidney Lumet, com Albert Finney no papel de Hercule Poirot, e com a participação de uma vasta galeria de grandes actores, de Sean Connery a Sir John Gielgud, passando por Ingrid Bergman e Lauren Bacall – sem esquecer o luxuoso o romântico Expresso do Oriente (os interiores foram detalhadamente recriados no Estúdios de Elstree) em que se passa a acção, do crime à sua brilhante resolução.

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‘Comboio em Fuga’, de Andrei Konchalovsky (1985)

Este filme baseado em factos reais era um projecto de Akira Kurosawa, autor do argumento original, nos anos 60, que falhou e foi parar às mãos de Andrei Konchalovsky duas décadas mais tarde. Jon Voight e Eric Rogers são dois condenados que fogem de uma prisão no Alasca e roubam um comboio vazio. Mas o velho maquinista que o conduzia morre com um ataque cardíaco, e a dupla vê-se, ironicamente, presa num comboio lançado a grande velocidade, sem travões e apenas acompanhados por uma trabalhadora da companhia de caminhos de ferro (Rebecca de Mornay).

‘Antes do Amanhecer’, de Richard Linklater (1995)

Jesse, um turista americano (Ethan Hawke), e Celine, uma estudante francesa (Julie Delpy), encontram-se no comboio que vai de Budapeste a Viena, onde acabam por passar uma noite juntos, a passear e conversar. Será que se irão separar, ou ficar juntos? Este primeiro filme de uma trilogia assenta todo ele nos diálogos entre as duas personagens principais e nas interpretações de Hawke e Delpy, que tornam verosímil, realista e envolvente a relação amorosa que se vai desenhando entre Jesse e Celine à medida que o comboio avança. Linklater e a sua co-argumentista Kim Krizan basearam o filme em situações semelhantes que ambos viveram, ele nos EUA e ela na Europa.

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‘Train to Busan’, de Yeon Sang-ho (2016)

Um dos melhores filmes de zombies de sempre, passado num comboio de alta velocidade sul-coreano, que vai da capital, Seul, até Pusan, e onde viajam um homem e a sua filha pequena. Um vírus causa a eclosão de uma praga que transforma as pessoas em zombies, e também atingiu alguns dos passageiros do comboio, que não pode parar porque a epidemia se está a espalhar rapidamente pelo país. Os passageiros vão ter que lutar contra os mortos-vivos ávidos de carne humana e sedentos de sangue, que são cada vez mais no interior do comboio, e também entre eles. Yeon Sang-ho assina aqui um filme de terror apocalíptico fulgurante, frenético e positivamente taquicárdico

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