The Last of Us
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‘The Last of Us’: mais cenas do pós-apocalipse

A série da HBO Max está no seu melhor quando consegue escapar à origem e convencer-nos de que somos espectadores e não gamers.

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★★★☆☆

Afirmar que The Last of Us (HBO Max) é “a melhor adaptação de sempre de um jogo de vídeo ao cinema e à televisão” não significa nada, porque todas, até agora, e sem excepção, foram execráveis. Fará muito mais sentido dizer que é a primeira adaptação decente deste género. Apesar de algumas novidades (um fungo, e não uma epidemia, é a causa do apocalipse zombie, por exemplo), The Last of Us percorre território mais do que conhecido e recicla situações, temas, figuras e horrores habituais de filmes e séries da mesma família: é déjà vu, embora bastante mais bem executado do que o costume. Onde a série se destaca da rotina é, por um lado, na cuidada e coerente visualização do mundo pós-apocalíptico (Craig Mazin, um dos criadores, tem no currículo Chernobyl); e, pelo outro, no investimento emocional feito nas várias histórias humanas e nas personagens que lhes dão corpo (isto embora, e irritantemente, o ponto da agenda woke seja picado logo num dos primeiros episódios). Pedro Pascal e Bella Ramsey safam-se bem no duo protagonista, mesmo que estejam a lidar com personagens-tipo, e The Last of Us está no seu melhor quando consegue escapar à sua origem, fazer-nos esquecer que a sua pauta é um jogo de vídeo e convencer-nos de que somos espectadores e não gamers.

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