★★★★☆
Tal como em ‘O Fantástico Senhor Raposo’, as curtas-metragens de Wes Anderson para a Netflix mostram que o realizador e Roald Dahl vão muito bem um com o outro.
★★★★☆
O sucesso de The Twilight Zone (1959-64) – que em Portugal se chamou As Fronteiras do Destino quando passou pela primeira vez na RTP, e No Limiar da Realidade na segunda –, e o culto que se gerou em seu redor, levou a que a série tivesse uma segunda vida nos anos 80, já que o criador, Rod Serling, havia vendido os seus direitos à estação em que se estreou, a CBS. Para fazer esta segunda The Twilight Zone (YouTube), os produtores deram continuidade à ideia de chamar autores consagrados da literatura de ficção científica, fantasia e terror para escreverem alguns dos argumentos, ou de adaptarem contos destes (entre eles, Harlan Ellison, Ray Bradbury, Richard Matheson, George R.R. Martin, Greg Bear, Stephen King ou Arthur C. Clarke), contratando também para os realizar nomes como Wes Craven, William Friedkin ou Walter Hill. Isto já sem falar na quantidade de actores de primeiro plano, veteranos ou estreantes que mais tarde atingiram o estrelato, que os interpretam, de Morgan Freeman, Helen Mirren e Elliott Gould a John Carradine, Martin Landau Janet Leigh e Frances McDormand, entre dezenas de outros.
Os cépticos que não acreditavam que esta segunda incarnação de The Twilight Zone (com um novo tema musical composto pelos Grateful Dead) conseguisse pelo menos não desmerecer, em qualidade, variedade e impacto dentro do género, da série original de Rod Serling, foram desmentidos por episódios que ficaram tão conhecidos como os mais famosos desta. Foi o caso logo do primeiro, “Shatterday”, escrito por Harlan Ellison e com um jovem Bruce Willis assombrado e gradualmente anulado pelo seu “duplo”: de “Nightcrawlers”, realizado por William Friedkin, sobre um veterano do Vietname que trouxe consigo algo sobrenatural da guerra; ou de “Paladin of the Lost Hour”, também da autoria de Ellison, e onde Danny Kaye interpreta um velhote reformado que é o guardião do relógio que anuncia o fim do mundo. E tal como na primeira série, esta cultivava também o humor negro, como por exemplo no delicioso episódio “The Children’s Zoo”, escrito pelo também actor Gerrit Graham, em que os maus pais recebem um castigo muito especial.
Apesar de alguns episódios menos conseguidos (também nem todos os da série original são uniformemente excelentes), esta segunda vida de The Twilight Zone marcou a televisão da década de 80 (durou de 1985 a 1989), e foi um dos maiores e mais expressivos momentos da ficção científica, da fantasia e do terror neste meio. E, graças ao YouTube, podemos passar para o outro lado da realidade e viajar nela do princípio ao fim.
★★★★☆
Tal como em ‘O Fantástico Senhor Raposo’, as curtas-metragens de Wes Anderson para a Netflix mostram que o realizador e Roald Dahl vão muito bem um com o outro.
★★★★☆
Uma série com altíssimo teor de arrepios e sobressaltos, para consumir sem moderação e de preferência à noite, enquanto a chuva e o frio rodam lá fora.
★★★☆☆
Depois de uma infelicíssima adaptação de ‘O Crime do Padre Amaro’, a RTP propõe uma série que adapta – e bem – cinco contos de Miguel Torga.
★☆☆☆☆
A série da Amazon Prime Video é muito menor, mais grosseira e mais atabalhoada do que os filmes de ‘John Wick’ de onde brotou.
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