Mas voltemos ao assunto que nos traz aqui. O nome Ramirez é imediatamente associado ao atum, sendo praticamente desconhecida a ligação do apelido ao sector da hotelaria. Em 1926 a família abria em Vila Real de Santo António o antigo Hotel Guadiana, um marco na oferta turística da cidade que entretanto, como tantos outros, perdeu a corrida para o alojamento fast-food sendo obrigado a encerrar definitivamente há cerca de dez anos. Os últimos cinco foram ocupados com a reabilitação do edifício Arte Nova plantado na zona ribeirinha e o hotel passou da mão da família para a de um grupo de investidores empenhado em recuperar a exclusividade de serviço que em tempos foi um dos grandes selos de qualidade do Algarve. Assim nasce o Grande House.
Em 1999, o anúncio televisivo do atum Ramirez mandava-nos para a cozinha para testar novas receitas para além de rissóis, saladas e sandes com “a carne do mar”. O século XXI entretanto tornou-se profícuo no desenrascanço culinário e os arrozes e massas tornaram-se o destino óbvio da conserva de atum. Com isto tudo perdemos o rumo deste texto e demos por nós no site da marca a vasculhar o separador de receitas só para percebermos que dá para fazer bacalhau no forno com as postas em conserva, batatas recheadas com sardinhas em azeite ou, o que mais nos impressionou, ervilhas estufadas com carpaccio de polvo – o de lata, entenda-se.
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