Queríamos muito fazer o check-in como se fôssemos Cristiano Ronaldo prestes a disparar um tomahawk. Mas a vergonha venceu a piadola e, ao invés de gritarmos golo, dissemos apenas o primeiro e último nome. Foi bem menos heróico, mas pronto, já se sabe, Ronaldo só há um.
Já hotéis Pestana CR7 há dois: este onde ficámos em plena baixa lisboeta a meros passos do Terreiro do Paço e outro no Funchal, na Madeira.
Uma vez dados os cartões de identificação e essa burocracia aborrecida, indicam-nos o caminho do elevador. Logo aí há um ecrã que vai passando imagens das conquistas do melhor jogador do mundo. Da infância no Andorinha, ainda na ilha, até aos dias de hoje. Chegados ao quarto emerge um sentimento dúbio. Se, por um lado, esperávamos algo com mais espaço, coincidente com a grandeza de Cristiano Ronaldo, por outro, sentimos o lado confortável da coisa: a cama ocupa grande parte do quarto, para nosso deleite.
Além disso, a varanda, sobre o comprido, com direito a mesa e bancos altos, atenua qualquer eventual sentimento de aperto. Até porque do lado esquerdo podemos vislumbrar a Sé de Lisboa e do lado direito o Arco da Rua Augusta, a Ponte 25 de Abril. Tudo perspectivas que nos desafogam, que até nos fazem querer berrar “SIIIIIII”, como se tivéssemos acabado de ganhar uma Bola de Ouro.