Descemos ao -1 e abrem-se as portas do núcleo museológico ainda por terminar. O destaque vai para a recuperada muralha fernandina de 32 metros, mas há também dezenas de artefactos dos séculos XV e XVI que, em breve, serão colocados em vitrines expositivas. A ideia é que este pequeno pedaço de história fique disponível para exposições ao público.
Acima erguem-se cinco pisos despidos de excessos e vestidos de contrastes entre os tons claros de paredes e têxteis e as madeiras escuras e maciças. Cada um dos cinco pisos deste hotel é uma viagem pela história dos Descobrimentos portugueses, de África à Ásia, e cada andar tem ainda um aroma associado a cada região (imagine os corredores com cheirinho a café ou a canela). E atenção, a experiência sensorial não acaba aí. As casas de banho de todos os quartos estão equipadas com sistema de cromoterapia, uma especialidade terapêutica que usa as propriedades das cores para alcançar o equilíbrio entre corpo e mente. Melhor: cada luz tem uma melodia diferente associada. Fica dado o mote para a noite – só não desliga se não quiser (as camas ajudam).
Este hotel tem ainda um restaurante, de seu nome Porter. O nome homenageia uma cerveja inglesa fabricada no Largo do Corpo Santo no século XVIII, e o estabelecimento está a preparar uma cerveja exclusiva com o mesmo nome. A carta do restaurante não se alonga, para não dificultar a escolha, mas não deixe passar o risoto de espargos e cogumelos ou o bife de atum braseado, adoçando o bico com aquela que é talvez a melhor tarte de maçã da cidade – tudo pelas mãos do chef Artur Roldão, que já passou pelo Tivoli – Palácio de Seteais.
O pequeno-almoço, servido neste restaurante, é farto, com uma grande variedade de pães, croissants e bolinhos, sumos naturais e as opções saudáveis não passam despercebidas – ora o iogurte com granola, ora as grandes taças de fruta fresca. E depois há o pudim de chia, também a sorrir para os amantes desta modalidade gastronómica. O restaurante está aberto ao público entre as 07.00 e a 01.30.